domingo, 18 de outubro de 2015

O Corinthians mostrou autoridade de campeão. Goleou o Atlético Paranaense em plena Arena da Baixada. 4 a 1 foi até pouco. Renato Augusto esteve excepcional. Restam só sete jogos...

O Corinthians mostrou autoridade de campeão. Goleou o Atlético Paranaense em plena Arena da Baixada. 4 a 1 foi até pouco. Renato Augusto esteve excepcional. Restam só sete jogos...




O líder do Brasileiro foi cruel. O Corinthians explorou todas as falhas do desarticulado Atlético de Cristóvão. De nada adiantou o emocionante apoio dos torcedores paranaenses. O Corinthians deu uma aula de organização, personalidade, futebol moderno, intenso. Venceu impiedosamente por 4 a 1. Com direito a uma exibição de gala de Renato Augusto. Ele esteve excepcional. E ainda houve a recuperação de Vagner Love, autor de dois dois. Um em impedimento, é verdade. Mas a equipe paulista já vencia por 3 a 1. Com a goleada de hoje, restam apenas sete partidas para o fim do Brasileiro. O Corinthians tem o melhor ataque, a melhor defesa. Acumula 67 pontos em 31 partidas. 20 vitórias, sete empates e quatro derrotas. Segue mantendo distância segura do Atlético Mineiro, seu único perseguidor real. Mas o que impressiona além da organização tática é a confiança dos jogadores. A noção da realidade. "Temos de continuar humildes e trabalhando duro para tentar ser campeão lá na frente. Não pensamos no Atlético-MG, se fizermos nossa parte até o final do campeonato, seremos felizes lá na frente", resumia, Elias, após a goleada. A partida que Renato Augusto fez foi excelente. Elias e Jadson também foram ótimo escudeiros, na movimentação, na articulação, nas infiltrações, nas inversões. Jadson, por exemplo, chegou a 23 assistências. Neurônios e ótimo preparo físico no meio de campo corintiano. No futebol é importantíssimo saber detalhes do adversário. Tite é um dos treinadores mais estudiosos do país. Ele sempre detestou ir para a Arena da Baixada com o Atlético empolgado, confiante, bem organizado. Definitivamente não é o caso deste time montado por Mário Celso Petraglia. O dirigente que age como dono do clube paranaense se precipitou. Não quis seguir com Milton Mendes, treinador que fazia o Atlético sonhar com a Libertadores. Até mesmo fez o clube ter uma fugaz passagem pela liderança. O time jogava de maneira moderna, compacta, com bom trabalho de recomposição. Sabia preencher os espaços. Tinha velocidade. Mas o elenco oferecido por por Petraglia é limitado. E a expectativa foi exagerada. Assim como a frustração, que custou o emprego do técnico. O presidente atleticano também aproveitou o fato dele falar demais com a imprensa.

O dirigente não tolera jornalistas desde 1997, quando chegou a ser eliminado do futebol, acusado de ajudar financeiramente a campanha política do então presidente do Comitê de Arbitragem, Ivens Mendes. Gravações mostravam o pedido de R$ 25 mil de Ivens para Petraglia, na sua campanha para tentar ser deputado federal. Veio banimento do dirigente e depois o perdão. Ele voltou à presidência atleticana em 2011. Desde então faz o que quer. Como demitir Milton Mendes, técnico que conseguia tirar tudo do elenco limitado. E era adorado pelos jogadores. A chegada de Cristóvão só mostrou o erro. O time despenca na tabela. Tite sabia muito bem o que teria pela frente. Quando analisou a escalação atleticana, com o meio de campo adiantado, foi calculista. Com jogadores tecnicamente fracos com Deivid, Hernani, Marcos Guilherme e Bruno Mota, não haveria susto. Ralf, Elias e Jadson fechavam a intermediária para que Renato Augusto atuasse como o articulador, por trás dos volantes em linha de Cristóvão. Deu até pena. O meia livre desequilibrou a partida. Nos primeiros 45 minutos, Renato Augusto já havia marcado dois gols e dado excepcional assistência para Vagner Love marcar. O Corinthians vencia por 3 a 0. Os três pontos estavam garantidos. O primeiro gol nasceu na bola parada corintiana. Treinada à exaustão. Jadson procurou Gil. O zagueiro desviou para Renato Augusto, livre, tocar no contrapé de Weverton. Aos 18 minutos, os líderes do Brasileiro na frente. O que havia de ânimo nos paranaenses foi para o ralo. A equipe de Cristóvão se abateu. Passou a errar passes e facilitar ainda mais o trabalho corintiano. Psicologicamente, a vitória estava mais do que desenhada. O que chamou a atenção era a ineficiência, falta de visão dos donos da casa para ao menos tentar explorar o ponto fraco defensivo corintiano. A lateral direita, com Edílson, razoável no ataque e fraquíssimo na marcação. Nem isso o Atlético tentou fazer. Era irritante ver o seu mais talentoso jogador outra vez obeso. Walter seguia sem conseguir se movimentar, presa fácil para Gil e Felipe.

Perdendo e pressionado de forma desesperada por sua torcida, o Atlético se adiantou ainda mais. E só evidenciou como sua proposta de jogo era inadequada. Coragem é bem diferente de irresponsabilidade tática. Renato Augusto livre, por trás dos volantes, deixou Vagner Love livre. O atacante desta vez não teve coragem de perder o gol. Bateu forte na saída de Weverton. 2 a 0, aos 28 minutos. A sensação de partida definida dominava a todos. A dinâmica não mudou. E outro lance previsível. Elias tomou a bola de Vilches na intermediária. Parecia um adulto diante de um menino. O volante tocou para Renato Augusto, ele o deixou livre diante de Weverton. Mas correu para a área. Elias bateu cruzado. A zaga atleticana salvaria o gol, mas Renato Augusto, em excelente estado físico, não deixou. 3 a 0, aos 45 minutos. A torcida paranaense chamava seu time de "sem vergonha". E xingava todas as gerações de Petraglia. Sabia o quanto o "dono" do Atlético havia sabotado a equipe com a troca de treinador. Era só esperar o segundo tempo acabar para confirmar mais três importantes pontos. Tite segurou seus jogadores. A ordem era diminuir o ritmo, evitar a correria. A vitória estava conquistada. O Atlético Paranaense descontou. Eduardo ganhou de Renato Augusto, que ajudava Guilherme Arana. O lateral cruzou para a entrada de Bruno Mota, que chegou antes de Gil. 3 a 1, aos 10 minutos. Apesar de os atleticanos passarem a correr desesperados, a partida seguia sob controle. Até que o Corinthians foi ajudado pela péssima arbitragem neste Brasil. Jadson cobrou falta, Ralf desviou e Vagner Love, impedido, empurrou a bola para as redes 4 a 1. O gol irregular aos 16 minutos acabou de vez com qualquer emoção no partida. A aula de Tite sobre Cristóvão estava acabada. O líder do Brasileiro poupou forças para enfrentar o Flamengo, domingo, em casa. O título brasileiro se torna cada vez mais real. E os atleticanos sabiam que teriam de conviver com mais essa derrota. E tentar juntar forças para ficar livre da zona do rebaixamento. É o que resta. Graças a Petraglia...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 18 Oct 2015 16:54:25

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