quinta-feira, 18 de junho de 2015

Descontrole de Neymar sabota a Seleção. Custou sua expulsão depois do jogo. Foi o fim da invencibilidade de Dunga. O Brasil perdeu para a Colômbia. E pode até ser eliminado da Copa América...

Descontrole de Neymar sabota a Seleção. Custou sua expulsão depois do jogo. Foi o fim da invencibilidade de Dunga. O Brasil perdeu para a Colômbia. E pode até ser eliminado da Copa América...




Vexame durante e após o jogo. O descontrole emocional de Neymar sabotou não só seu futebol. Mas como a Seleção Brasileira como um todo. O time de Dunga é assumidamente dependente do atacante do Barcelona. Perdeu para a Colômbia por 1 a 0. O mais talentoso jogador brasileiro tomou o segundo amarelo. E já não enfrentaria a Venezuela. Mas após o final da partida, Neymar continuou descontrolado. Deu uma bolada em Armero. Tentou acertar uma cabeçada em Murillo. Bacca tomou as dores do companheiro e empurrou violentamente o brasileiro. Houve confusão generalizada. Neymar e Bacca foram expulsos depois de a partida ter terminado. Como o capitão da Seleção já não enfrentaria a Venezuela, também não poderá atuar se o Brasil se classificar para as quartas de final. E até pior. Será julgado. Sua pena por ter começado a troca de agressões, poderá até ficar de fora do resto da competição. "Tem que usar as regras contra mim. O cara limpou a espuma e não tomou amarelo, eu tomo. A bola pegou na minha mão, tomei amarelo. Coloca juiz fraco pra apitar, acontece isso. Não me tirou do sério, não. Só fico puto com os árbitros que não apitam direito." Neymar teve a coragem de justificar dessa maneira a sua expulsão: "juiz fraco". O camisa 10, capitão da Seleção e protegido de Dunga, está completamente transtornado, fora de si. Muita gente no Chile credencia o transtorno emocional de Neymar à justiça espanhola. Ficou definido hoje que ele e seu pai terão de explicar a sua complicada ida para o Barcelona. Jornalistas que estão acompanhando a Copa América garantem que ele teria ficado nervoso o dia todo. Caberia a Dunga ter atitude. E perceber se o jogador tinha condição psicológica para atuar. Mas como tirar o único atleta com potencial acima dos demais? Contra o Peru já havia sido um sufoco incrível. O treinador não quis arriscar. Deu no que deu.

Tudo já começou muito mal. Foram os piores 45 minutos desde a volta de Dunga. O Brasil foi engolido pela Colômbia no primeiro tempo. O treinador brasileiro foi muito infeliz na nova armação tática. Ele resolveu tirar Diego Tardelli e colocar Roberto Firmino. Acabou deixando apenas a Neymar a responsabilidade de armar, finalizar e ser o grande líder da equipe. Na verdade, Dunga queria o Brasil no contragolpe. Tinha a certeza que os colombianos atacariam. Não tinham outra coisa a fazer. Afinal, perderam para a Venezuela na maior surpresa até agora da Copa América. Os comandados do argentino Peckerman sabiam. Precisavam desesperadamente dos três pontos. E compraram a briga. Se aproveitaram que mais de 80% dos torcedores no estádio do Colo Colo eram colombianos. O ultrapassado estádio virou um caldeirão contra o time de Dunga. Tanto apoio foi fundamental para o esquema corajoso. A determinação de Peckerman era marcar a saída de bola na intermediária brasileira. Como se enfrentasse um time pequeno. E o Brasil estava mesmo apequenado. Não esperava tanta ousadia. Fernandinho, Elias e Fred estavam muito presos. Só tratavam de marcar. Daniel Alves e Filipe Luís recuados em demasia. Willian completamente perdido. Firmino abandonado na frente. E Neymar sozinho, acossado sempre por dois ou três rivais. Só que outra vez, como contra o Peru, Neymar se mostrava descontrolado psicologicamente. Irritado. Reclamava a todo instante do juiz Enrique Osses. Descontava a sobrecarga de funções discutindo com o árbitro. Dunga, no banco, outra vez omisso. Está claro que Neymar pode fazer o que quiser. O treinador sabe o quanto depende do seu talento. Na defesa, Dunga fez a troca obrigatória. David Luiz, em péssima fase, perdeu a posição para Thiago Silva. Ele seria o companheiro de Miranda. Jefferson respiraria mais aliviado. Só que a Colômbia atacava em bloco. Tinha presença de área, muita disposição, vontade. Cuadrado roubava a cena, o protagonismo de James Rodrigues. Murillo era muito versátil. A única sorte de Dunga era que Falcão Garcia continua em péssima fase. Fosse nos bons tempos, teria feito pelo menos dois gols no primeiro tempo. Os colombianos pressionavam, roubavam com facilidade a bola dos inseguros brasileiros. Os erros de passe nas intermediárias eram irritantes. Dunga continuava de uma omissão incrível. Parecia que esperava o Brasil tomar o gol. Seu desejo foi atendido. Aos 35 minutos, mais uma das inúmeras faltas nas laterais do campo para a Colômbia cobrar. Cuadrado bateu, Daniel Alves falhou, Murillo foi mais esperto e bateu. A bola passou debaixo das pernas de Thiago Silva. E entrou, indefensável para Jefferson. 1 a 0, com toda a justiça, para o time que buscava o gol. Por ironia, o Brasil teve uma chance incrível para empatar. Em jogada ensaiada no Barcelona, e que já havia dado certo contra o Peru. Daniel Alves desceu e cruzou na segunda trave para Neymar, livre. A cabeçada foi fraca e o Ospina conseguiu rebater. Na volta, a bola voltou e Neymar acertou com a mão na bola. Osses considerou o toque intencional e deu cartão amarelo ao capitão brasileiro. Como já havia tomado na estréia, Neymar está suspenso, não enfrenta a Venezuela no domingo, na partida que decidirá a vida da Seleção na Copa América. Mas quem viu o jogo sabe. O Brasil teve muita sorte. Deveria ter perdido o primeiro tempo por pelo menos dois gols de desvantagem. Dunga no intervalo tratou de colocar mais um meia armador. Philippe Coutinho entrou na vaga de Fred. E adiantou o posicionamento brasileiro. Só que havia um problema grave. Neymar estava muito mal. Errava lances fáceis. Só que ninguém tinha moral para cobrar nada do camisa 10. Thiago Silva e Daniel Alves tentaram. Ele virou as costas aos dois. Dunga seguia impassível no banco. O jogador caía em todas as provocações colombianas, como se fosse um juvenil.

O plano de Peckeman para o segundo tempo era óbvio. Recuar sua equipe, com duas linhas de quatro, a partir da intermediária. Apostar no nervosismo dos brasileiros para tentar marcar o segundo gol. Ou, na pior das hipóteses, segurar o 1 a 0. Neymar foi o grande cúmplice dos colombianos. Como não conseguia acertar uma jogada, a sua tensão foi passando para o dependente time brasileiro. Atletas sem personalidade que esperavam pelo momento genial do camisa 10. Fingiam não perceber que ele estava fora de si. Provavelmente pelo processo na justiça espanhola. Willian demorou para sair. Improdutivo, só deixou o campo aos 22 minutos. Douglas Costa entrou no seu lugar. Assim como Tardelli substituiria Elias. Não adiantou. Os três que Dunga colocou em campo foram muito mal. Sem Neymar, o Brasil seguiu até o final da partida vivendo de bolas alçadas na área. Pobreza. Tanto tática como técnica. As 12 vitória seguidas de Dunga se mostraram enganosas. Foram 11 amistosos. E logo na primeira partida valendo pontos, contra o Peru, foi um sufoco absurdo. Tudo de ruim voltou à tona hoje. E veio a justa segunda derrota. Os colombianos não venciam os brasileiros desde 1991. A derrota já era um vexame. Mas Neymar conseguiu transformar o pós-jogo em vexame maior. A partida já havia acabado quando acertou uma bolada em Armero. Murillo foi tirar satisfação. Neymar tentou acertar uma cabeçada no colombiano. Bacca viu e empurrou o brasileiro. Os jogadores das duas seleções começaram a se xingar, ameaçar, empurrar. Robinho rasgou a camisa de Bacca. Quase acontece uma briga generalizada. Tudo que já era ruim ficou muito pior. O árbitro chileno Enrique Osses expulsou Neymar e Bacca. O Brasil não terá seu principal jogador contra a Venezuela. E também nas quartas-de-final, caso se classifique. Mas o capitão brasileiro será julgado. E pode até ficar fora do restante da Copa América. Esse é o problema quando uma seleção é dependente de um jovem jogador. Não há ninguém com coragem para conter seus abusos. Não os companheiros limitados e omissos que têm. E muito menos o dependente Dunga. A situação do Brasil está muito complicada na Copa América de 2015...



Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 17 Jun 2015 23:14:54

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