sábado, 6 de junho de 2015

Os sul-americanos Messi, Neymar e Suárez já fizeram história juntos no Barcelona. A esforçada Juventus não foi rival. Vitória por 3 a 1 do time da Catalunha, em Berlim, e quinta Champions League conquistada...

Os sul-americanos Messi, Neymar e Suárez já fizeram história juntos no Barcelona. A esforçada Juventus não foi rival. Vitória por 3 a 1 do time da Catalunha, em Berlim, e quinta Champions League conquistada...




Não houve ou haverá partida mais importante em 2015. Foi um espetáculo para os olhos, neurônios e coração. De dar vontade de sentar na sarjeta e chorar de inveja em todo amante de futebol na América do Sul. Barcelona e Juventus fizeram uma espetacular decisão da Champions League em Berlim. O talento venceu a estratégia. Os catalães venceram por 3 a 1. Messi encontrou seus dois melhores companheiros: Neymar e Suárez. Em 60 partidas que atuaram juntos foram responsáveis por 123 gols e a conquista do título espanhol, da Copa do Rey e hoje, a sonha Champions, a quinta de sua história. Neymar se transformou no quinto jogador brasileiro da história a conseguir vencer a Libertadores e a Champions League. Só Dida, Roque Júnior, Cafu e Ronaldinho Gaúcho tiveram esse privilégio na história. E marcar gols nas duas finais continentais, só o jovem atacante e o argentino Crespo. "Estou muito feliz por fazer parte da história, agora não tem mais o que falarem de mim e está aí a história que estamos fazendo. Não quero ficar por aí. Hoje é o maior momento da minha carreira e esse dia vai ficar para a história. Agora, não tem mais o que falarem de mim.", desabafava Neymar, cansado de duvidarem do seu talento na Europa. Mais de 200 países acompanharam ao vivo a maravilhosa decisão na Alemanha. Um show antes, durante e depois do jogo. Organização melhor do que a da Copa do Mundo. A partida foi transmitida para mais de 200 países. E mais de 400 milhões de torcedores se deliciaram com o excelente jogo. Foram 15 trocas de passes do Barcelona. 31 segundos de posse de bola. Nos três decisivos, Neymar se infiltra na área e serve para Iniesta. O toque genial para o inesperado croata Rakitic mudar o destino da decisão da Champions League de 2015. Berlin assistiu o herói improvável concretizar o favoritismo do Barcelona. Bastaram três minutos para os catalães marcar, fazer 1 a 0 contra a heroica Juventus.

O gol precoce arrebentava a estratégia de Allegri. Ele havia seguido a cartilha dos treinadores que conseguiram se sair bem contra o Barcelona: marcar sob pressão a saída de bola espanhola. Mostrava coragem para evitar que a bola chegasse limpa para Messi, Neymar, Suárez. Com a vantagem, Luis Henrique passou a respirar mais tranquilo. A vantagem diminuía a pressão. Busquets, Raktic e Iniesta passaram a ter alforria. Espaço para levantar a cabeça. Porque os italianos sentiram o gol. E trataram de se recompor emocionalmente. E não abrir espaço para terminar o primeiro tempo perdendo por 2 ou 3 a 0. O domínio do Barcelona foi total no primeiro tempo. A Juventus não teve personalidade e nem técnica para segurar a investida espanhola. Como nos bons tempos de Guardiola, o time chegou a se exibir, com 68% de posse bola contra a Juventus. Os italianos tentavam apenas o contragolpe, com Tevez e Morata na frente. Vidal e Marchisio se preocupavam apenas em fechar a intermediária. Lichtsteiner e Evra estavam quase que proibidos de passar pela linha do meio de campo. Tinham de marcar. Cuidar de Neymar pela esquerda e Messi, na direita. O plano tático do surpreendente time italiano era enervar os catalães, com uma marcação alta. Os irritar, prolongando o 0 a 0 durante o máximo que conseguirem. Para o talentoso Pirlo encontrar espaço entre a instável zaga espanhola. Mas tudo ruiu com o gol do Barcelona aos três minutos. Daí a inteligente estratégia marcar e guardar forças para o segundo tempo. O mérito de Allegri foi marcar Messi por setor. Ninguém ficou correndo atrás do sensacional argentino. A Juventus apostava na compactação. Na cobertura, em oito jogadores atrás da linha da bola. A sorte evitou que a Juventus tomasse mais gols nos primeiros 45 minutos. Neymar obrigou Buffon a excelente defesa. E o péssimo árbitro turco Cüneyt Çakir, que não marcou porque não quis um pênalti para o Barcelona. Neymar cruzou e o suíço Lichtsteiner cortou a bola com a mão. Lance claro. Mas que não foi marcado.

O segundo tempo começou com o mesmo panorama. Com os espanhóis confiantes que o título já estava conquistado. Buscariam apenas o segundo gol para sacramentar a conquista. Acontece que os italianos foram afiados em uma raríssima chance de marcar. E foi, surpreendentemente, o que se passou. Lichtsteiner descobriu Tévez livre, ele girou e chutou com força, Ter Stegen rebateu e Morata completou para as redes. 1 a 1, aos nove minutos. Surpresa. O lado psicológico todo passou para a Juventus. O Barcelona começou a temer a zebra. Instintivamente, os catalães recuaram. E os italianos acreditaram no impossível. Outra vez voltaram a adiantar marcação e passaram a criar chances. Tevez teve até a chance da virada, mas se precipitou chutando fora. Foi quando o talento individual do Barcelona se fez presente. A equipe italiana não tinha mais fôlego, força física para atacar e marcar. Foi quando a bola caiu com Messi livre na intermediária, ele a colou no pé esquerdo e da entrada da área deu um chute fortíssimo. Buffon largou a bola nos pés de Suárez. Suicídio. 2 a 1 Barcelona aos 23 minutos. Colocou fim a 13 minutos de desespero catalão. Com a vantagem, o Barcelona teve ainda mais espaço. A Juventus tentava o empate no coração, já que não tinha técnica parecida com o rival. Foi quando Neymar passou a aparecer. Principal opção nos contragolpes velozes espanhóis. Ele se impunha no talento, na técnica. O brasileiro merecia um gol. E ele veio. Aos 51 minutos, no último lance do jogo. Puxou um contragolpe e tocou para Pedro. O atacante esperou a zaga chegar perto dele e devolveu a Neymar. Ele bateu cruzado, sem chances para Buffon. 3 a 1 e o sonhado e, merecido título para o Barcelona.

Fica a lição para o continente, para o mundo. Vale a pena apostar no talento. Em quem sabe fazer gols, jogar futebol. O trio sul-americano Messi, Neymar e Suárez entra para a história. Acaba de dar a Tríplice Coroa para a Catalunha. E é franco favorito ainda para conquistar o Mundial. Esse time não tem limites. Para deixar a festa ainda mais fantástica, só o choro de Pirlo com a derrota. O veterano e talentoso italiano sabia que a Juventus teve 13 minutos para estragar a festa. Não conseguiu. Só restou aplaudir a vitória do mais talentoso rival do planeta. O sensacional sul-americano Barcelona...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 06 Jun 2015 17:50:03

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