segunda-feira, 22 de junho de 2015

Sem Neymar, medo de Dunga faz o Brasil ser sufocado pela Venezuela. No final, vitória suando sangue por 2 a 1. E quartas de final contra o Paraguai...

Sem Neymar, medo de Dunga faz o Brasil ser sufocado pela Venezuela. No final, vitória suando sangue por 2 a 1. E quartas de final contra o Paraguai...




O Brasil trocou o estrelismo de Neymar pelo coletivo. Fazia sua melhor partida na Copa América. Vencia a Venezuela por 2 a 0. Quando Dunga resolveu retrancar o time. Tirou os atacantes Roberto Firmino e Robinho. Colocou os zagueiros David Luiz e Marquinhos. Tomou um gol. Foi pressionado nos últimos 15 minutos. Parecia uma equipe pequena e não a Seleção Brasileira. E suou sangue para segurar a vitória por 2 a 1. Pressão inacreditável. O Paraguai será o adversário brasileiro nas quartas de final da Copa América, no sábado. Dunga havia prometido um time de homens contra a Venezuela. Uma referência clara às molecagens de Neymar. E que o tiraram da Copa América. O treinador brasileiro não tinha outra saída. Precisava cobrar publicamente o time. Havia a responsabilidade de garantir uma vaga às quartas de final. Contra a descredenciada Venezuela. O treinador resolveu apostar em Robinho. Deixou o pandeiro e tratou de compor com Willian e Philippe Coutinho o trio sem posição fixa na intermediária ofensiva. Eles precisavam abrir espaço e trabalhar para Roberto Firmino. Dunga deixava bem claro que não haveria ninguém tentando preencher a lacuna de Neymar. O Brasil mudava sua maneira de jogar. Ninguém teria privilégio para tentar ficar forçando dribles desnecessários. E muito menos estaria livre de marcar. O Brasil jogou sério. Assumia o seu favoritismo. Assumindo não ter em campo nenhum jogador genial. Mas pelo menos havia um conjunto responsável. O esquema, simples. 4-2-3-1. Muita aplicação na marcação. Fernandinho e Elias eram obrigados a ficar fechando a intermediária. E só. Dos laterais, apenas Daniel Alves tinha a liberdade para atacar. Desde que muito bem coberto. Em compensação, Robinho, Willian e Philippe Coutinho não tinham posição fixa. Pelo contrário. Se mexiam muito. Confundindo os venezuelanos, que entraram em campo muito respeitosos. Se a houvesse o 0 a 0, a Venezuela avançaria de fase. Por isso, o esquema acovardado de Noel Sanvicente: 4-5-1. Ele queria preencher os espaços. Travar o habilidoso meio de campo ofensivo brasileiro. E depender de uma bola parada aérea para o atacante fixo Rondon. Mas foi justamente uma bola parada, um escanteio, que trouxe paz de espírito para a Seleção Brasileira. Robinho cobrou escanteio e Thiago Silva entra como um centroavante, batendo fortíssimo da marca de pênalti. Brasil 1 a 0, aos oito minutos. A comemoração vale ser destacada.

Primeiro, Thiago Silva desabafou. Para as câmeras. Xingou sem as mãos cobrindo a boca. Ele queria que seus palavrões mostrassem a revolta da Seleção. Não aceitava o questionamento, as críticas depois da derrota contra a Colômbia. Depois, ainda sabendo que as câmeras o acompanhavam, O zagueiro fez questão de dedicar o gol a Neymar nas tribunas. O jogador retribui o gesto do companheiro. Enquanto os jogadores que fracassaram na Copa de 2014 trocavam afagos, Dunga respirava tranquilo. Tudo o que ele queria era sair na frente. O Brasil já tinha tomado o primeiro gol contra o Peru e a Colômbia. Com o compacto e ágil time que vestia a camisa amarela, haveria espaço para contragolpe. Os venezuelanos precisavam atacar. A derrota os eliminaria da Copa América. Mas Sanvicente tinha consciência da fragilidade técnica do seu time. E esperou. Continuou com seu time mais defensivo. Não iria dar o que Dunga tanto queria: espaço. Dunga percebeu. E tratou de fazer o Brasil tocar a bola. Com calma, sem desespero. Não haveria porque se abrir. Estava vencendo o jogo. E ditando o ritmo da partida. Se houvesse um pouco mais de ousadia, poderia ter sido mais efetivo. Criado mais chances de gol. Estava claro que terminar o primeiro tempo vencendo por 1 a 0 estava ótimo. Os jogadores sabiam disso. Controlaram os primeiros 45 minutos. No intervalo, Sanvicente chegou à conclusão que não haveria o que fazer. Era obrigado a abrir seu time, buscar uma virada contra os brasileiros. Era tudo o que o Brasil precisava. E com espaço para os contragolpes, o jogo ficou franco, aberto. Melhor para quem tem mais talento. Willian desceu pela esquerda em velocidade, contra a defesa da Venezuela aberta. E cruzou de três dedos. A bola chegou com efeito para Roberto Firmino empurrar para as redes. 2 a 0, ao seis minutos do segundo tempo.

O parecia estar decidido. Mas Dunga colocou tudo a perder. O treinador brasileiro resolveu recuar demasiadamente o Brasil. Tirou o atacante Roberto Firmino e colocou o zagueiro David Luiz para atuar como terceiro volante. Não contente, em um acesso puro de covardia tática, fez entrar outro zagueiro, Marquinhos. No lugar de Robinho. Uma aberração. O Brasil ficou com três zagueiros e três volantes contra a Venezuela. E encolhido como se fosse o Madureira enfrentando o Flamengo de Zico no Maracanã. Lógico que viria a punição. Aos 38 minutos, Arango cobrou falta. Jefferson fez ótima defesa, mas a bola tocou na trave e Miku descontou de cabeça. A partir daí foi um sufoco inacreditável. Os venezuelanos perderam qualquer respeito que um dia tiveram pelo Brasil. E atacaram com seis, sete jogadores, buscando o empate que os classificaria. O Brasil terminou a partida com todo o time marcando na intermediária. Um vexame. Quando o jogo acabou, os jogadores, aliviados, ainda tiveram coragem de comemorar. Os venezuelanos saíram do estádio chileno aplaudidos. Com a cumplicidade de Dunga, fizeram os brasileiros suar sangue, acovardados na defesa. Neymar estava nas tribunas, acompanhou a partida falando ao celular. O recurso do Brasil para diminuir de quatro para três partidas será julgado na terça-feira. Se for liberado, ele poderá jogar se a Seleção chegar à final. O que não é muito animador. Se o time precisa se acovardar contra a Venezuela, o futuro não pode trazer confiança...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 21 Jun 2015 20:31:25

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