terça-feira, 9 de agosto de 2016

Mesmo ajudado pelo árbitro, o Corinthians não consegue vencer o Cruzeiro. Empate em 1 a 1. Em vez de tomar a liderança do Palmeiras, a queda para a terceira colocação. E vaias na volta ao Pacaembu...

Mesmo ajudado pelo árbitro, o Corinthians não consegue vencer o Cruzeiro. Empate em 1 a 1. Em vez de tomar a liderança do Palmeiras, a queda para a terceira colocação. E vaias na volta ao Pacaembu...




Lançamento perfeito de Ariel. Ábila desce sozinho, cara a cara com Cássio, dá um toque leve na bola. Tira o goleiro da jogada. Mas não pode correr para a bola e empurrá-la para as redes. Cássio o acerta com o pé esquerdo na sua coxa. Pênalti claro, indiscutível. Mas Dewson Fernando Freitas, árbitro que representa o Brasil na Fifa, não marca. Age como se nada tivesse acontecido. Ábila mostra as marcas da chuteira do corintiano na sua coxa, que sangra. Dewson resolve agir. Dá cartão amarelo ao cruzeirense. "Fui tentar pegar a bola. Acho que sim (peguei), foi muito rápido, não sei se peguei direto no cara ou se peguei a bola junto. Estou sendo bem honesto", dizia Cássio. Lance capital e que poderia transformar deixar a noite corintiana muito pior. Com o auxílio de Dewson, o time de Cristóvão Borges apenas empatou com o Cruzeiro em 1 a 1. Foi o segundo pênalti que cometeu da mesma maneira. Contra o Figueirense, no Itaquerão, quando derrubou Dodô. Desta vez, foi o árbitro Marielson Alves Silva quem colaborou, não marcando a penalidade. O resultado de hoje foi muito ruim. Para quem sonhava em tomar a liderança do Brasileiro do Palmeiras. E jogou com tanto apoio. O Corinthians teria de vencer por três gols de vantagem. Empatou merecendo perder. Com pênalti não para o Cruzeiro, tomando bola no travessão. Com direito aos mais de 33 mil torcedores chamando Cristóvão de "burro". A decepção dominou o Pacaembu. As vaias marcaram o encerramento do jogo. Afinal, o Corinthians não só não passou o Palmeiras, mas acabou ultrapassado pelo Atlético Mineiro, que venceu a Chapecoense por 3 a 1. E sua sexta vitória seguida levou o time de Marcelo Oliveira a roubar a vice liderança do Corinthians, que terminou o primeiro turno na terceira colocação.

Já o Cruzeiro encerra sua péssima campanha no Brasileiro, na zona do rebaixamento, na antepenúltima colocação. A partida marcou o reencontro do Corinthians com o Pacaembu que, por tanto tempo, foi sua casa. Desde 2014, a equipe não voltava ao estádio municipal. E só o clube do Parque São Jorge para levar novamente mais de 30 mil torcedores. Neste dois anos, são paulinos, palmeirenses e santistas atuaram por lá e não chegaram a esse número. A identificação com o Pacaembu segue impressionante. Além do estádio, os torcedores reencontraram outra figura conhecida. Mano Menezes. O treinador que Roberto de Andrade não quis de volta. Ele estava no Cruzeiro. E mesmo assim foi saudado pelos torcedores. Animado, retribuiu. "É muito especial enfrentar o Corinthians", avisou, o técnico desprezado. Se houvesse o convite, ele teria aceito. Pelos anos que passou no Parque São Jorge, Mano sabia exatamente o que fazer enfrentando seu ex-clube no Pacaembu. Tratou de montar seu time no 4-1-4-1 para ter vantagem no meio de campo. Travar o 4-2-3-1 de Cristóvão. Mas não houve nem tempo para mostrar que sua escolha estava certa. A exatos 61 segundos, o Corinthians saía na frente. Marquinhos Gabriel cruzou, a bola sobrou para Giovanni Augusto, livre, chutar forte, a bola desviar em Edmar e deslocar o jovem goleiro Lucas França, que atuou no lugar de Fábio, suspenso. 1 a 0.

A torcida corintiana se assanhou. Sonhou com uma goleada. O time de Cristóvão também se empolgou. E passou a marcar forte a saída de bola cruzeirense. Mas abria espaços importantes atrás, nos contragolpes. E foi em um dos primeiros deles que Ábila sofreu o pênalti, não marcado, de Cássio. O Cruzeiro já não só reequilibrava o jogo, como passava a jogar melhor. Quando perdeu, por contusão, Arrascaeta. Rafinha entrou no seu lugar. O time de Mano perdia em criatividade. O primeiro tempo segue sendo muito brigado nas intermediárias, sem chances agudas a nenhum dos dois clubes. O placar deveria ter terminado empatado. E poderia, se o pênalti fosse marcado. "Estamos jogando bem, controlando bem, estamos tendo algumas chegadas, talvez acertar o último passe e jogar contra o juiz também, porque ele está de palhaçada hoje", desabafou Rafael Sóbis. Na etapa final se esperava o Corinthians mais agressivo. Para tentar uma vitória importante, empurrado por sua torcida. Só que antes de a partida recomeçar, torcedores de organizadas acenderam sinalizadores e podem, outra vez, prejudicar o próprio clube. Uma estupidez. Mas foi o Cruzeiro que voltou muito melhor. Mano adiantou seu time. A movimentação da equipe mineira se tornou envolvente. Com as linhas atuando juntas e objetivas. Sem dúvida, o time é bem diferente do que fracassou nas mãos de Paulo Bento. O Corinthians não conseguia reagir. Tinha desvantagem numérica no meio de campo. Os mineiros tanto fustigaram que conseguiram o empate. Excelente cruzamento de Rafael Sóbis. E chute seco de Ábila, livre, para as redes. 1 a 1, aos 20 minutos. Os mineiros seguiam melhor. Quando Cristóvão resolveu colocar Marlone no time. A torcida esperava a saída de André, outra vez péssimo. Mas o treinador optou, de maneira equivocada, por Romero. Teve de ouvir o coro de "burro, burro, burro". O Cruzeiro quase virou. Willian conseguiu encobrir Cássio, mal colocado. A bola beijou o travessão. No final, o empate foi injusto para o time mineiro, que foi melhor. Isso sem precisar lembrar do pênalti. Um lance indecente a favor dos mineiros. Os juízes brasileiros seguem sendo péssimos. O resultado foi ótimo para o Palmeiras. Ruim para o terceiro colocado Corinthians. E também para o Cruzeiro, antepenúltimo. A decepcionada torcida corintiana deixou o Pacaembu vaiando...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 08 Aug 2016 23:08:07

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