quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Para desviar o foco das criticas da desorganização, do caos dos Jogos do Rio, Pelé vira favorito para acender a pira olímpica. Por pressão também dos patrocinadores do bilionário evento...

Para desviar o foco das criticas da desorganização, do caos dos Jogos do Rio, Pelé vira favorito para acender a pira olímpica. Por pressão também dos patrocinadores do bilionário evento...




1936: Fritz Schilgen (atletismo)
1948: John Mark (atletismo)
1952: Paavo Nurmi e Hannes Kolehmainen (ambos do atletismo)
1956: Ron Clarke (atletismo)
1960: Giancarlo Peris (atletismo)
1964: Yoshinori Sakai (estudante nascido no dia da explosão da bomba atômica em Hiroshima, e atleta amador de atletismo)
1968: Enriqueta Basilio (atletismo)
1972: Günther Zahn (atletismo)
1976: Sandra Henderson e Stéphane Préfontaine (jovens simbolizando as duas comunidades do Canadá)
1980: Sergei Belov (basquete)
1984: Rafer Johnson (atletismo)
1988: Chong Son-Man, Kim Won-Tak e Son Mi-Jong (cidadãos sul-coreanos)
1992: Antonio Rebolo (tiro com arco)
1996: Muhammad Ali (boxe)
2000: Cathy Freeman (atletismo)
2004: Nikolaos Kaklamanakis (vela)
2008: Li Ning (ginástica artística)
2012: Callum Airlie, Jordan Duckitt, Desiree Henry, Katie Kirk, Cameron MacRitchie, Aidan Reynolds e Adelle Tracey (jovens atletas britânicos) O simbólico ato de acender a pira olímpica marca o início da maior competição esportiva do planeta. É uma honraria significativa. E apenas em 1996, em Los Angeles, houve uma figura realmente popular, midiática. O legendário boxeador Muhammad Ali enfrentou com coragem o Parkinson e tremendo acendeu a pira. A cena foi uma das mais marcantes e representativas na história das Olimpíadas. Agora chegou a vez de o Brasil indicar a pessoa que irá dar o início oficial à competição. A primeira Olimpíada na América Latina. E a já mais criticada em todos os tempos.

O país já passa vergonha com obras superfaturadas. A Vila Olímpica entregue aos atletas não terminadas, apesar dos sete anos que o país teve para se preparar. A baia da Guanabara poluída, nojenta, para as competições de vela. O trânsito caótico no Rio de Janeiro com obras não entregues e demarcações em cima da hora. O medo da zika dengue e chikungunya. O pavor da violência de uma cidade dominada pelo tráfico. O Brasil já passa pelo vexame até na passagem da tocha olímpica pelo país. Com o país mergulhado na recessão e em uma crise política sem precedentes, com sua presidente afastada, a cerimônia já foi manchada por tentativas de protestos. Dinheiro falso foi atirado em direção da tocha. Baldes de água, extintores de incêndio tentaram apagar o fogo olímpico. Pessoas já foram presas tentando pegar a tocha. A incompetência dos organizadores foi responsável pela morte de uma onça em Manaus. A Coca Cola está fazendo sua propaganda patrocinando o passeio da tocha olímpica pelo Brasil. Muitos dos homenageados não mostraram o menor constrangimento. E mal fizeram seu percurso de 200 metros, compraram sua tocha. E a colocaram para ser vendida na Internet.

Para tentar atrair a atenção do país do futebol, artistas como Luan Santana, Sabrina Sato, Zezé de Camargo e Luciano, Daniel carregaram a tocha. Assim como a ex-BBB Ana Paula Renault. Esta popularização forçada se explica pelos milhões de ingressos encalhados. O medo afastou milhares de turistas que viriam ao Rio. Houve inúmeros cancelamentos por conta da violência, doenças e ameaças de atentados terroristas. A crise econômica nacional e a falta de tradição em esportes olímpicos obrigaram os organizadores a fazerem várias promoções para tentar se livrar dos ingressos encalhados. Há a certeza que estudantes serão convidados à última hora para preencher lugares vazios, em disputas que não houve procura. A Olimpíada já custou aos brasileiros, oficialmente, R$ 36,7 bilhões. Não houve o retorno sonhando em 2009, com o turismo. A imagem do país nunca esteve pior. O Brasil é ridicularizado em todo o planeta pela desorganização, violência e poluição. Preço de trazer os holofotes com a competição.

Dentro desse cenário deplorável, que conseguiu ser pior do que a Copa do Mundo, há a mais representativa cerimônia. Acender a pira olímpica, que fica queimando enquanto os Jogos acontecem. Como o Comitê Olímpico Brasileiro e o Comitê Olímpico Internacional tirariam o foco da desorganização, da incompetência, do superfaturamento? Pelo menos por alguns instantes? Escolhendo o personagem mais representativo do esporte brasileiro. Depois de filtrar os nomes, sobraram três nomes para Carlos Arthur Nuzman e Thomas Bach. Torben Grael, Guga e Pelé. Um ex-iatista supercampeão olímpico descendente de dinamarqueses. O maior tenistas brasileiro, bisneto de alemães. Ambos brilharam nos anos 90 e começo dos 2000.
E há Pelé. O maior jogador de futebol de todos os tempos. Não só o esportista, mas o brasileiro mais conhecido no mundo. Aos 75 anos ainda é reverenciado por onde vá. E faz questão de cobrar muito alto por isso. Tanto que a empresa inglesa que administra sua imagem, a Legends 10, continua faturando em eventos que levam o seu nome. Comprou esse direito até 2040. A presença de Pelé vale dinheiro. Há inúmeros produtos licenciados pelo mundo. A Legends 10 não poupa nada e ninguém por dinheiro. Tanto que já processou o Santos, clube onde nasceu o jogador, pelo uso de sua imagem. Seu patrimônio é um segredo. Mas passa dos R$ 200 milhões. Recebe cerca de R$ 50 milhões anuais com contratos e propagandas usando sua imagem. Se ofereceu para ser o representante da Copa do Catar em 2022. Mas ele tem o sonho de, como Ali, acender a pira olímpica. Ele está debilitado, por conta de sua segunda operação nos quadris. Precisa de uma bengala para andar. Tanto que não carregou a tocha olímpica, apenas a exibiu para fotos. Nuzman, Bach e o responsável pela cerimônia de abertura da Olimpíada, o cenógrafo Abel Gomes já tiveram contato com Pelé. A abertura da Olimpíada será amanhã. Pelé já deixou claro que a Nuzman e Bach que teria de viajar para cumprir contratos assinados com Legends 10. Deveria estar em Gana, amanhã. Por isso precisaria da confirmação. Na verdade, parentes e amigos já disseram que ele quer muito esta homenagem.

Pessoas próximas a Nuzman garantem que o nome sonhado era o de Vanderlei Cordeiro de Lima, corredor que foi impedido de vencer a Maratona de Atenas por um lunático. Pouco importa ao COI e ao COB que a rejeição popular a Pelé por conta de complicações na sua vida pessoal. A rejeição à sua filha falecida Sandra. Os problemas na justiça, com direito a prisão, do filho Edinho. O processo que o obrigou a pagar pensão aos netos, filhos de Sandra. Seu envolvimento com os militares que governaram o Brasil. Tudo isso é desconhecido pelo restante do planeta. Diante do caos que cerca a Olimpíada do Rio, o mais provável é que Nuzman e Bach acabem cedendo. Até porque a pressão dos patrocinadores do bilionário evento pesa. E eles preferem Pelé. Por ter mais popularidade. São eles: Coca Cola, Panasonic, P&G, Omega, Bridgestone, GE, Dow, Samsung, Visa e McDonald"s. Também não faria nada mal à Legends 10 ter seu contratado na abertura. Muito pelo contrário. Seria excelente. A definição será amanhã. Pelé tem a certeza que é o escolhido. Será o sucessor de Ali...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 03 Aug 2016 06:55:33

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