quarta-feira, 17 de agosto de 2016

"Alemanha pode esperar. A sua hora vai chegar." Coro no Maracanã para a goleada do Brasil diante de Honduras. 6 a 0 e vaga na final da Olimpíada. A sede é de vingança dos 7 a 1...

"Alemanha pode esperar. A sua hora vai chegar." Coro no Maracanã para a goleada do Brasil diante de Honduras. 6 a 0 e vaga na final da Olimpíada. A sede é de vingança dos 7 a 1...




Rio de Janeiro. Maracanã... "Alemanha, pode esperar. Sua hora vai chegar"... Esse era o coro que dominava o Maracanã. O Brasil ganhou de Honduras por 6 a 0. E vai decidir a medalha de ouro no sábado. Foi a partida mais fácil de toda Olimpíada. A boa atuação do time de Rogério Micale teve como cúmplice a postura ingênua do adversário. Como direito ao gol mais rápido da história da Olimpíada e da Seleção. A goleada foi por 5 a 0. Mas poderia, facilmente, ser de oito, dez gols. Vergonhosa a atuação hondurenha. Incrível acreditar que essa equipe eliminou a Argentina. Era o reencontro da Seleção Brasileira com o Maracanã. A última vez que havia jogado no principal está do país havia sido na Copa das Confederações. Vitória contra a decadente Espanha. O 7 a 1 para a Alemanha no Mineirão travou a caminhada do time de Felipão. A CBF não deixou nas Eliminatórias. Gilmar Rinaldi e Dunga tinham medo da reação da torcida. Assim como temiam São Paulo e Porto Alegre. Mas na Olimpíada não houve como evitar. A semifinal marcava o confronto com Honduras. E a recepção foi a melhor possível. Mais de 60 mil torcedores enfrentaram os 31 graus de um jogo disputado no insano horário das 13 horas. Os hondurenhos sonhavam. Principalmente seu técnico, o colombiano Jorge Luis Pinto. Apesar de se declarar fã e grande conhecedor do futebol brasileiro, o homem que treinou a Costa Rica na Copa de 2014, delirou. Nem se o melhor amigo de Micale fosse o treinador de Honduras, colocaria o time assim tão a caráter para a Seleção Brasileira. Defesa em linha, apenas três jogadores na intermediária. E três no ataque. Parecia equipe de pebolim. Tudo isso montado com jogadores limitados.

Era um convite para a goleada. E ela veio em ritmo de coletivo, de treino. Sem emoção, diante da fragilidade e da postura inteiramente equivocada hondurenhas. Bastou o Brasil seguir na sua disposição tática. No 4-2-3-1. E marcar por pressão a péssima saída de bola rival. E foi assim que veio o primeiro gol. Simbólico. O mais rápido da história não só das Olimpíadas. Mas da própria Seleção Brasileira. Honduras trocava passes na defesa. Palacios dominou a bola. Demorou a perceber a chegada de Neymar. E chutou a bola na coxa do brasileiro. Neymar divide a bola com o goleiro Lopez e ela vai mansa, para as redes. 1 a 0, aos 14 segundos. Começava a humilhação. Honduras teve uma atuação patética. O Brasil correu muito mais riscos contra a África do Sul e Iraque na primeira fase do que diante deste vergonhoso semifinalista da Olimpíada. A Seleção tinha cinco jogadores nas intermediárias. Contra três de Honduras. Era o anúncio de um massacre. Neymar deixou Luan livre por trás da zaga. Mas ele titubeou e Lopez conseguiu salvar. O Brasil se divertia com enfiadas de bola nas costas dos zagueiros. A jogada parecia um velho LP riscado. Repetida inúmeras vezes. E Pinto, profundo conhecedor do futebol brasileiro, assistia calado. Não fazia nada para tentar salvar seu time. Foi assim que Luan lançou Gabriel Jesus. Livre, o novo jogador do Manchester City não teve coragem de errar. Com um toque, marcou 2 a 0, aos 25 minutos. "O campeão voltou", gritavam os empolgados torcedores. Até os pipoqueiros do Maracanã sabiam que a goleada viria. Haveria mais gols. Pelo simples fato de que Honduras seguia estática. Querendo passar vergonha. Sem sobra. Algo inadmissível para um treinador inexperiente. Inacreditável para alguém tão rodado como Pinto. O terceiro gol veio da mesma previsível maneira. Neymar descobriu Gabriel Jesus livre. Estufou as redes de Lopez, sem dó. 3 a 0, aos 34 minutos. O jogo estava mais do que decidido. A torcida passou a se divertir fazendo ola. A tensão normal em uma partida de futebol estava morta. O time mais frágil se ofereceu para ser espancado. E não havia a mínima força para reagir. Outra situação inexplicável foi a liberdade que Neymar teve para jogar. Recebia a bola na intermediária e partia com ela para os dribles, lançamentos, chutes para o gol. Nem batendo bola no jardim da casa de Justin Bieber ele tinha tanto espaço. Mesmo sob o sol inclemente, escaldante, Micale trocou seu principal jogador. Era inexplicável a permanência de Neymar no segundo tempo. Afinal, é a principal arma para a tentativa da busca do ouro olímpico. Ele havia sofrido dez faltas dos hondurenhos. Que eram ingênuos taticamente, mas poderiam machucar o camisa 10, capitão e senhor de todas as faltas, escanteios e pênaltis da Seleção. Mas ele estava se divertindo. Daí, Micale não quis incomodar. A segunda etapa foi monótona. Porque os jogadores se cansaram. Finalmente, Pinto fechou a sua intermediária, colocando dois marcadores. Depois que o portão estava arrombado. Realmente, ele só pode ser fã do Brasil. A Seleção se mostrava satisfeita, sem querer o desgaste. Procurar guardar fôlego para a final olímpica, marcada para sábado. Mas foi obrigada a marcar 4 a 0. Depois de escanteio cobrado por Neymar, a bola caiu nos pés de Marquinhos, livre. O zagueiro errou o primeiro chute. Mas teve tempo o suficiente para chutar novamente, sem chegar ninguém para incomodá-lo. 4 a 0, aos cinco minutos.

Era uma festa. Micale tirou Rodrigo Caio, Gabriel Jesus e Renato Augusto. Eles foram aplaudidos de pé pela feliz torcida brasileira. Neymar? Seguia em campo, normalmente. Desgaste mais do que desnecessário. A pobre Honduras ainda tomaria mais um gol. Felipe Anderson desceu livre e cruzou para Luan, solto, empurrar a bola para os 5 a 0, aos 33 minutos. Havia espaço para mais. Aos 45 minutos, pênalti de Palacios em Luan. Neymar cobrou e acabou com a farra. 6 a 0. Ainda teve a coragem de trocar a camisa com Palacios. Deveria dá-la como retribuição ao gentil zagueiro. Sábado, a chance desta geração ganhar o ouro. A torcida brasileira sonha com a Alemanha na decisão. Como se fosse a revanche da Copa do Mundo. Os germânicos enfrentam a Nigéria daqui a pouco. Resta esperar se a tarde será perfeita. Honduras fez sua parte...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 17 Aug 2016 14:58:40

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