domingo, 7 de agosto de 2016

Palmeiras arranca vitória no coração. E dorme 'campeão' do primeiro turno do Brasileiro. Era o golpe de confiança que Cuca tanto precisava...

Palmeiras arranca vitória no coração. E dorme 'campeão' do primeiro turno do Brasileiro. Era o golpe de confiança que Cuca tanto precisava...




Mesmo que o Corinthians vença o Cruzeiro amanhã por três gols e seja "oficialmente" o campeão do primeiro turno, Cuca precisava destes suados três pontos contra o Vitória. Ter seu time vibrando, recuperar a confiança depois de três rodadas de decepções. O fantasma da dependência de Gabriel Jesus ficava cada vez mais forte. E ainda a traumática troca de Vagner por Jaílson. A aposta de fazer Dudu capitão. Por isso os gols de Lucas Barrios e Cleiton Xavier foram tão comemorados. O 2 a 1 arrancado a fórceps trouxe de novo, mesmo que seja por 24 horas, as palavras liderança e Palmeiras na mesma frase. "A gente, como comandante, tem de tomar decisões. Às vezes não agrada, se você for agir com o coração não anda. Tem de agir com a razão, e foi o que fizemos no caso do Vagner e do Jailson. "Era um jogo propício para o Barrios. O que o jogo pedia era o pivô, que não é a característica do Leandro, que é velocista, de sair para os lados. O Leandro tentou fazer o pivô e não conseguiu. Não gosto de tirar o jogador na primeira etapa, mas a troca já estava na minha cabeça para o intervalo.

"Quando o Barrios entrou, tivemos chance clara, fizemos o gol. O Barrios foi muito importante nesse jogo, tinha a necessidade da característica dele. Se a gente soubesse que o jogo seria assim, eu teria utilizado já na primeira etapa. "Conversei com o Dudu ontem, uma conversa bem franca, de homem para homem, sobre a importância dele, do quanto o time precisa dele. Hoje ele respondeu, jogou muito bem, foi competitivo, criativo, decisivo. Esse é o Dudu que a gente quer." Cuca definiu com felicidade os três traumas que o Palmeiras arrastava para esse jogo contra o Vitória. O primeiro era a difícil troca de Vagner. Ele é muito querido, protegido do grupo. Mas suas falhas estavam travando o Palmeiras no Brasileiro. Foi preciso firmeza para dar a chance a Jailson. Os jogadores sentiram o abatimento do até então reserva absoluto de Fernando Prass. Mas não havia o que fazer. "Eu sabia que iria jogar desde o jogo contra a Chapecoense, disse o novo titular. E Vagner também sabia que estava fora. Só não houve a revelação para não tumultuar a relação com a imprensa. O goleiro mostrou potencial. Foi firme. Fez boas defesas, depois que o Vitória estava perdendo por 2 a 0, Mancini mandou seu time atacar. E Jailson só foi traído pelo gol contra de Thiago Martins. O Palmeiras começou a partida pressionado. A torcida lotava novamente a arena, dando apoio ao time que desperdiçou três rodadas. E Cuca quis aproveitar o clima de caldeirão. Fez sua equipe marcar alto. Não deixar os baianos respirarem. Mas também não seria necessário esforço. Mancini colocou seu time na retranca, sonhando com que um contragolpe encaixasse. Teoria pobre demais. O Vitória não conseguia fazer a bola chegar em Kieza e Marinho. Não havia como. O volume de jogo era intenso. Só que faltava capricho nas conclusões. Fernando Miguel também estava inspirado. Erik, Dudu e Leandro Pereira corriam. Faltava objetividade, no entanto. Foi quando Leandro Pereira se machucou. E Cuca foi obrigado a colocar Lucas Barrios. O argentino naturalizado paraguaio que a Crefisa comprometeu R$ 40 milhões para colocá-lo no Palmeiras. E o resultado vem sendo decepcionante. Sem habilidade ou velocidade suficente para auxiliar o ataque. E que parecia ter esquecido seu faro de gols, havia se tornado um peso para Cuca. Tanto que ainda há sim a possibilidade de ser negociado. Enquanto a janela da Europa estiver aberta, ele pode ir embora. Cuca o colocou para atuar na frente como pivô. Segurando dois zagueiros. Abrindo espaço para Cleiton Xavier, Dudu e Erik.

A mudança foi ótima para o Palmeiras. As chances passaram a ser mais reais. Aos 30 minutos, o time paulista se aproveitou da desarrumação da defesa baiana. E Cleiton Xavier foi seguro por Kanu. Pênalti que Jean cobrou e Jorge Miguel se adiantou, quase imprensou a bola com o palmeirense, que bateu mal, é verdade. Mas a cobrança deveria ter sido repetida. Mas o Palmeiras seguiu pressionando. E a estrela de Lucas Barrios brilhou. Em um gol típico de artilheiro. Feio, brigado, suado. Jean cruzou, Vitor Hugo furou e Moisés desviou de letra e o paraguaio entrou firme, com vontade. Gol do Palmeiras, aos 36 minutos. Alívio na arena palmeirense e no coração de Cuca. "Eu estava precisando fazer um gol. A verdade é que foi importante para o time, não estávamos conseguindo fazer, erramos um pênalti. Eu sempre falei que quando o time precisar de mim, vou estar preparado. O que estou fazendo é treinar bem e ficar à disposição do treinador. Quero agradecer à minha família e aos meus companheiros, que me abraçaram num momento tão difícil", desabafou Barrios. Nenhuma palavra de agradecimento a Cuca. E nem teria. Sabe que, se dependesse apenas do treinador, estaria longe do Palestra Itália. Os números de finalizações explica o que se passou. O Palmeiras chutou dez bolas a gol. E o Vitória, apenas uma. O Palmeiras conseguiu realizar o desejo de Cuca. Seguiu pressionando e logo de cara marcou 2 a 0. Com particip

ação de Barrios. Ele tocou para Dudu que cruzou e Cleiton Xavier entrou sozinho para fazer 2 a 0. Em seguida, Barrios teve uma contusão e teve de sair. Entrou no seu lugar Rafael Marques.O Palmeiras continuou atacando, mas de maneira mais consciente, confiante. O bom trabalho de Cleiton Xavier, Moisés e do versátil Tchê Tchê deu sustentação ao time. O Vitória descontou. Euller desceu livre e cruzou para a área. E Thiago Martins desviou para as próprias redes, aos 29 minutos. Os baianos se adiantaram. E deixaram espaço aos contragolpes palmeirenses. Dudu, capitão, jogou focado, sério. Muito mais produtivo. O Palmeiras perdeu a chance de marcar mais gols. Só que o mais importante foram os três pontos. A recuperação da confiança, do bom ambiente. Os times de Cuca precisam disso para conquistar título. E por 24 horas, ele já tem o seu. Extraoficial. É campeão do primeiro turno do Brasileiro. Primeiro passo para quem prometeu o título nacional. E o fim do jejum de 22 anos palmeirense...
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Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 07 Aug 2016 18:21:45

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