terça-feira, 16 de agosto de 2016

"Camisetas não assustam mais. Meu time vai entrar no Maracanã para fazer história. O Brasil já perdeu por 7 a 1 para a Alemanha. É possível vencer". Jorge Luis Pinto, técnico de Honduras...

"Camisetas não assustam mais. Meu time vai entrar no Maracanã para fazer história. O Brasil já perdeu por 7 a 1 para a Alemanha. É possível vencer". Jorge Luis Pinto, técnico de Honduras...




Rio de Janeiro... "Sou um torcedor do futebol brasileiro. O acompanho de perto. E vejo que precisa mudar. Valorizar os conceitos táticos. Só futebol bonito não dá para conquistar nada. É preciso estratégia. Camisetas não assustam mais. "Ninguém esperava que o Brasil fosse perder por 7 a 1 para a Alemanha. A derrota para o Uruguai no Maracanazo, em 1950. "O controle emocional será mais importante do que as pernas nesta decisão. "Neymar é fundamental para o Brasil. O Pirlo também era para a Itália. Mas consegui montar um sistema de marcação que o fez jogar "de perfil". Impedi que atuasse de "frente" para o jogo. E a Costa Rica venceu o jogo pela Copa. "Os jogadores hondurenhos sabem que está a chance de fazer história. Na vida há oportunidades que não se repetem. Quarta-feira será um desses dias. Jogar com o Maracanã lotado, com 80 mil pessoas. Vamos aproveitar essa chance. Há que respeitar, mas não temer o Brasil." O colombiano Jorge Luis Pinto sabe o que está falando. Ele é, de verdade, um técnico ligado ao futebol brasileiro. Foi espião de Oswaldo Brandão, observou detalhes da Ponte Preta na decisão do Campeonato Paulista de 1977, que acabou com o jejum de 23 anos do Corinthians. Pinto estudou na Universidade de São Paulo, na USP. Especialização em técnicas desportivas de futebol de 1977 a 1978. Depois virou um nômade. Trabalhou nos maiores clubes da Colômbia, Peru, Equador. Dirigiu o selecionado do seu país, a Costa Rica, sensação da Copa do Mundo de 2014 e agora Honduras. A seleção olímpica e principal.

São 32 anos como treinador. Ele tem nas mãos uma equipe jovem, sem experiência internacional e que a grande mídia mundial acredita já ter conseguido um feito ao estar entre as quatro melhores da Olimpíada. É exatamente isso que deseja cultuar, espalhar. Principalmente fazer o técnico Micale acreditar que a partida de quarta-feira não deve ser levada em consideração. Será apenas jogo obrigatório antes da final. Diz que Brasil e Argentina tem perdido jogos importantes porque se sentem obrigados a serem protagonistas. E deixam espaço nas costas para contragolpes. Exatamente a melhor característica de sua equipe. "Sei que o Brasil vai correr muito. Mas nós iremos correr mais do que eles. Esse será o caminho." Deixa antever a velocidade que espera impor nos contragolpes. Princi Juan Pinto fala perfeitamente português. E sabe da dependência do time de Micale de Neymar. Não só a Seleção Olímpica, mas a principal. "Ele é um jogador brilhante. O analisei com calma. Estou escolhendo a melhor maneira de controlá-lo. Ele realmente me preocupa. Mas não vou fazer uma marcação individual, não."

O treinador é adepto do esquema 4-5-1. Com muita marcação na intermediária. Foi assim que venceu a Argélia, perdeu para Portugal por 2 a 1 e e empatou com a Argentina em 1 a 1. E eliminou a Coréia do Sul, vencendo por 1 a 0. A classificação de Honduras entre os quatro melhores da Olimpíada é uma enorme façanha. Ele acompanhou o Brasil eliminando a Colômbia. E acredita que o grande erro do seu país foi não tentar jogar. Buscar apenas o contato físico, a catimba. Ele deixa claro que vai se defender, mas vai tentar jogar. Até porque tem um grande desejo. Trabalhar no futebol brasileiro. Teve convite para assumir o Vitória no ano passado. Mas não aceitou porque assumiria em pleno campeonato nacional. "Eu gostaria de trabalhar sim no Brasil. Mas assumindo uma equipe no início da temporada. Mas para formar essa equipe." O atalho seria fazer história amanhã, eliminar a Seleção em pleno Maracanã. "Me perguntam se eu sou um construtor de sonhos. E seria mesmo um sonho chegar à final desta Olimpíada. Jogando no Maracanã. Na vida é necessário enfrentar os desafios. Este é o maior da minha carreira. E Honduras estará preparada. Repito. No futebol moderno, não há mais porque temer camisetas..."





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 15 Aug 2016 20:20:38

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