quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Juventus, Inter de Milão, Paris Saint-Germain. Alguns dos interessados em Gabriel. O jogador que roubou a cena. Ninguém está aproveitando melhor do que ele os holofotes da Olimpíada...

Juventus, Inter de Milão, Paris Saint-Germain. Alguns dos interessados em Gabriel. O jogador que roubou a cena. Ninguém está aproveitando melhor do que ele os holofotes da Olimpíada...




Salvador... Malemolente nos treinamentos em Teresópolis. Acompanhou Gabriel Jesus ficar com o que restava de protagonismo de Neymar. Seu companheiro estava envolvido em uma batalha de gigantes europeus na sua contratação. Até que acertou com o Manchester City, seduzido por Guardiola. Nestes primeiros dias, o garoto de R$ 117 milhões estava empolgado, mostrando futebol de primeiro nível nos treinos. Mas bastaram chegar os jogos e tudo mudou. Gabriel mostrou tudo o que escondera no início de trabalho de Micale. Na ponta direita, com seu pé esquerdo, foi se impondo. Inclusive desobedecendo a ordem do técnico. Nada de ficar fixo como pebolim, aberto pela ponta. Não. Muitas vezes deu arrancadas do meio, da esquerda. Foi brigar pelo meio, como um pivô. Teve a coragem de mudar o enredo. E quanto à bola nas redes, a especialidade é sua. Contra o Japão, no único amistoso que o Brasil fez antes das Olimpíadas, marcou o seu. E, ontem, diante da Dinamarca, mais dois. "Tudo o que o Brasil precisava era o primeiro gol nas Olimpíadas. Eu tinha certeza de que, depois que ele viesse, nosso time iria mostrar o seu potencial. E essa sensação ficou mais forte na hora que marquei o gol", diz, orgulhoso. E por isso mesmo Gabriel decidiu quebrar o protocolo. Enfrentou os seguranças da Olimpíada na Fonte Nova. E foi comemorar o gol com os torcedores. Algo completamente inusitado. "Eu senti que precisava retribuir todo o apoio que recebemos do povo baiano. A torcida foi maravilhosa. Nos apoiou o tempo todo. Deu o carinho que a Seleção precisava. Não pensei duas vezes quando marquei", revela.

Gabriel é assim mesmo. Faz o que tem vontade. Ele marcou dois gols. Quebrou o jejum de 205 minutos sem gols da Seleção na Olimpíada. Abraçou seus companheiros, Micale. Mas teve um gesto que poucos perceberam, aqui em Salvador. Quando Gabriel Jesus estufou as redes da Dinamarca, ele deixou todos os outros jogadores abraçaram o jogador que roubou seu protagonismo. Não ficou na bagunça. Mas quando ela acabou, longe das câmeras que já fitavam a bola. Ele deu um longo abraço em Gabriel Jesus. "Eu sabia o quanto ele queria e precisava do gol. Nós ficamos muito próximos. Fiquei feliz demais por ele. Tinha de comemorar. Sei muito bem o quanto estava sendo cobrado." Gabriel também estava irritado com a pressão, com as críticas da imprensa. Com as vaias em Brasília. "A gente sabia que a gente poderia jogar melhor, como fizemos hoje. A gente vinha de dois grandes jogos, mas a bola não entrava. Hoje a bola entrou e foi um placar elástico. A gente está muito calmo, muito tranquilo. Foi uma bela vitória. É difícil falar. Nosso time jogou muito bem nos dois últimos jogos. Às vezes as pessoas só veem o resultado e não os números do jogo. Estávamos bem, mesmo antes dessa goleada." Fã de rappers, tatuagens, sobrancelhas desenhadas, Gabriel é o jogador que está melhor aproveitando a Olimpíada. Se valorizando. Sua situação é instigante. E as chances de ser vendido logo após a competição são imensas. Sua situação é extremamente favorável. Quando levou Neymar, o Barcelona pagou para ter a prioridade do jogador. Mas o clube catalão não parece disposto a levá-lo. O que abre um leque enorme de opções. Porque, por cláusula, basta alguma equipe se dispor a pagar 18 milhões de euros, cerca de R$ 62,9 milhões. O que é pouco mais do que a metade do que o Manchester City vai gastar com Gabriel Jesus. A multa de 50 milhões de euros, R$ 174 milhões, imposta pelo Santos não tem valor graças a uma exigência do jogador na sua renovação.

E empresários europeus sabem que ele vale bem mais do que a metade de Gabriel Jesus. E querem aproveitar a chance desta cláusula para levar o atacante à Europa, por esta"pechincha". Assim como Gabriel Jesus quer escolher o time onde jogará. Wagner Ribeiro e Stephanie Figer estão envolvidos na transação. O atacante cumpre a promessa feita aos dois. Não discutirá sua transferência em público. Para não perder o foco da Olimpíada. Juventus, Paris Saint-Germain, Inter de Milão estão interessados.

A diretoria santista não tem nada a fazer. A não ser torcer que agosto acabe logo. A janela europeia feche. E o atacante de 19 anos fique até dezembro. Mas até mesmo Dorival Júnior acredita ser impossível. Os clubes interessados no jogador já são poderosos. Se seguir atuando tão bem... Mudando o enredo do time de Micale, não haverá jeito. Gabriel vai embora. Ninguém está aproveitando melhor a Olimpíada do que ele...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 11 Aug 2016 18:26:27

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