segunda-feira, 8 de agosto de 2016

'Marta, Marta, Marta, Marta, Marta." Pediam os torcedores desiludidos. O Brasil deu outro vexame histórico. 0 a 0 contra o Iraque. Vergonha...

'Marta, Marta, Marta, Marta, Marta." Pediam os torcedores desiludidos. O Brasil deu outro vexame histórico. 0 a 0 contra o Iraque. Vergonha...




Brasília... "Marta, Marta, Marta, Marta, Marta", cantavam os torcedores. Rendiam homenagem ao time que verdadeiramente representa o Brasil com a bola nos pés. Fora aqueles que vaiavam, inconformados. Outra vez, o Brasil deu vexame. Apenas empatou em 0 a 0 com o Iraque, em Brasília. Já são 180 minutos sem gols. Micale se mostra completamente sem repertório. Inexperiente demais para o cargo. O estádio mais superfaturado da Copa estava outra vez lotado. O 0 a 0 contra a África do Sul não espantou o torcedor. Mais de 60 mil pessoas outra vez. A expectativa geral era a de uma sonora goleada. O adversário era o Iraque. Micale quis dar uma demonstração de firmeza. E que acreditava nas suas convicções, independente do resultado não ter sido nada animador contra os sul-africanos. Mesmo time, como o blog havia antecipado. Repetiu os jogadores, mas decidiu que Renato Augusto atuaria mais à frente. Deixaria de ser o segundo volante. Assumiria seu lugar de meia. Thiago Maia e Felipe Anderson deveriam se desdobrar. Marcar, recompor, cobrir as laterais. Gabriel Jesus não ficaria mais enclausurado entre os zagueiros e volantes adversários. Postura que acabou com a carreira de Fred com a camisa amarela. Micale permitiu que ele e Gabriel Jesus se alternariam entre a ponta direita e o comando de ataque. Micale também percebeu o óbvio. Vários jogadores do seu time não têm condição para a marcação alta por muito tempo. Falta fôlego. Principalmente de Neymar. Visivelmente sem ritmo, vindo de férias e baladas. O Brasil passaria a marcar mais atrás, na intermediária iraquiana. Nada de sufoco. Essa decisão trouxe consequências. O jogo ficou mais lento. Abdul Al Ghazali tratou de montar seu time no 4-1-4-1. Repetiu as duas linhas de quatro que tanto ajudaram a seleção sul-africana a conseguir o 0 a 0. Só que os iraquianos mostravam algo diferente. Eles eram muito mais atrevidos. Não respeitavam os brasileiros. Pelo contrário. Provocavam, irritavam, catimbavam o jogo. Faziam cera. Era um recurso que o fraco árbitro romeno Ovidiu Hategan permitia. Na verdade, não sabia lidar. Os jogadores brasileiros repetiam a mesma dificuldade pela teimosia de Micale. Com apenas três jogadores no meio de campo, o Brasil atuava com várias lacunas, buracos entre as intermediárias. O confronto outra vez era contra uma equipe com mais jogadores no setor, porque sem a bola, era cinco, seis, diante de três jogadores. O Brasil não conseguia criar. Gabriel Jesus estava desesperado para marcar um gol. Compensar o fácil que desperdiçou contra a África do Sul, quando acertou a trave. E os companheiros também queriam a sua recuperação. Além dele estar absolutamente egoísta, seus companheiros preferiam procurá-lo a chutar a gol. E foi perdendo lances bobos, forçando jogadas, mesmo marcado. Gabriel Jesus atrapalhou demais o Brasil. Era impressionante a postura de Micale. Ele agia como se fosse mais importante recuperar o atacante do Manchester City do que o Brasil vencer.

Não bastasse o Brasil estar mal na frente, atrás, um enorme susto. Ismail cobrou lateral, Weverton saiu pessimamente. Abdul-Raheem se antecipou e cabeceou na trave esquerda. O estádio ficou gelado. O lance perturbou a Seleção. Os brasileiros passaram a dar entradas fortes. Thiago Maia tomou o cartão amarelo depois de vários pontapés. E está suspenso, não enfrenta a Dinamarca, em Salvador. A vibração da torcida brasiliense logo se tornou raiva, irritação. O Brasil também colaborava. Não tinha penetração. O meio de campo não nutria os atacantes. Neymar não tinha energia para fazer nada demais. A única chance real de gol no primeiro tempo foi aos 43 minutos. Quando Neymar bateu falta, a bola sobrou para o jogador mais marcado pela torcida. Renato Augusto. Ele chutou forte, no travessão. Além do fraco futebol do Brasil, havia o problema disciplinar. Os brasileiros caíram na armadilha e discutiam, empurravam os iraquianos. Neymar, o capitão, que deveria acalmar a todos era quem mais brigava, discutia. No intervalo, a expectativa era o que Micale faria no intervalo. Sua troca foi absurda. O Brasil já estava perdendo o meio de campo. E ele ainda tirou Felipe Anderson. Colocou no seu lugar Luan. Uma loucura. O time passaria a jogar como nos anos 70, 4-2-4. Com o pendurado Thiago Maia e Renato Augusto apenas na intermediária. Insanidade. Ficou tão evidente o absurdo, com os iraquianos trocando passes à vontade, que Micale teve de consertar seu erro. E tirou Gabriel Jesus, colocando Rafinha. 4-3-3. Menos mal. A saída de campo de Gabriel Jesus foi constrangedora. Com direito a muitas vaias, palavrões. Acabou a lua de mel com a torcida. Definitivamente. O Brasil seguia com seu toque de bola modorrento. Time que vivia às custas de chutões. Lançamentos longos. E que encontravam a zaga iraquiana de frente para a bola. O jogo ficou monótono. Marcando bem uma equipe que procurava apenas se defender contra outra, jogando em casa, com melhores jogadores tecnicamente, mas completamente sem esquema tático. Perdida. Sem imaginação. Não por acaso, o estádio todo começou a gritar um nome conhecido. "Marta, Marta, Marta, Marta, Marta"... Mais do que uma homenagem era provocação. A certeza de que o Brasil verdadeiro estava jogando no Engenhão. E não no Mané Garrincha. Micale sentado no banco de reservas, inerte, era a imagem da falta de rumo. De repertório. A torcida seguia vaiando muito. Decepcionada com o time. Outra vez Brasília não via gols. 180 minutos de 0 a 0. 34 deles, com um jogador a mais, diante dos africanos. O Brasil está pagando com juros a preparação amadora. A improvisação. Apenas 15 treinos. Por isso parece um amontoado e nunca uma equipe. O torneio olímpico é fraquíssimo. O Brasil tem individualidades para ganhá-lo. Mas repete o que já fazia com Dunga. Time de esquema tático atrasado. Preparação improvisada. Com o agravante de um treinador inexperiente, sem soluções. E um jogador marcado pela torcida. Renato Augusto. Aos 47 minutos, teve coragem de perder gol sem goleiro. A partir daí, só vaias. Pedidos por Marta. Coro pelo Iraque. Neymar chegou a seis jogos sem marcar. Vexame histórico. Inesquecível...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 08 Aug 2016 00:01:31

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