domingo, 14 de agosto de 2016

O Brasil venceu os pontapés e no futebol, a perigosa Colômbia. Neymar desencantou. Mostrou talento, coragem, vibração. E a Seleção está na semifinal da Olimpíada. Pela frente, Honduras no Maracanã...

O Brasil venceu os pontapés e no futebol, a perigosa Colômbia. Neymar desencantou. Mostrou talento, coragem, vibração. E a Seleção está na semifinal da Olimpíada. Pela frente, Honduras no Maracanã...





São Paulo... O público paulista foi excelente cúmplice. Ajudou na guerra. E na hora que a Colômbia decidiu jogar futebol. A Seleção foi superior e se impôs. Vitória no primeira partida eliminatória da Olimpíada. Venceu por 2 a 0, com direito a gol e grande atuação de Neymar. Que não se intimidou com os pontapés. Foi o capitão que o Brasil precisava. Micale resolveu repetir o time que goleou a Dinamarca. Wallace deu mais efetividade ao meio de campo. Marcou mais forte do que Thiago Maia e ainda proporcionou a Renato Augusto jogar onde rende mais, no lado esquerdo. Luan proporcionou maior movimentação no ataque e na recomposição. Felipe Anderson se tornou reserva. Contra a perigosa Colômbia, muito forte do meio para a frente, o Brasil entrou para tentar ganhar a partida com marcação alta. Muita velocidade. Triangulações pelas laterais, principalmente pela esquerda. Do meio para a trás, os colombianos mostravam um pecado. A lentidão na recomposição. O plano brasileiro foi traçado esperando uma briga técnica. Porém que se viu logo nos primeiros minutos foi algo bem diferente. Não seria futebol. Mas guerra. Carlos Restrepo instruiu seus jogadores para provocarem os brasileiros. Tirá-los do sério. Deixar o corpo nas divididas, dar pontapés. Usar a violência não para machucar. Pelo menos a princípio. A intenção era irritar. Catimbar. Fazer com que os brasileiros esquecessem de jogar e participassem dessa disputa de pontapés. Mostrar quem tinha mais testosterona. Velho truque utilizado na Libertadores. Micale e seus jogadores não esperavam essa postura. Porque a equipe tem potencial para tentar derrotar o Brasil jogando futebol. Não é preciso nem citar que o jogador mais perseguido era Neymar. Houve o conhecido rodízio de pancadas e provocações no mais talentoso brasileiro. E pagariam caro pelo escolha. Aos 10 minutos, Palacios fez falta dura em Neymar. O próprio camisa 10 foi para a cobrança de falta, na intermediária. Bonilla arrumou de maneira displicente a barreira. Apenas com três jogadores. Neymar percebeu. Teve toda a tranquilidade para enxergar onde queria colocar a bola. E bateu forte. Sem defesa para Bonilla. Brasil 1 a 0, aos 11 minutos de jogo. Era o gol que tanto Micale queria. O do capitão e líder do grupo finalmente desencantava. Neymar estava irritado, tenso. Sentia que precisava. Os companheiros também percebiam isso. Já eram sete jogos pela Seleção Brasileira sem Neymar marcar. E ele acabou com o jejum. O gol deu confiança à Seleção Olímpica. E irritou profundamente os colombianos. A troca de bola brasileira era truncada com divididas maldosas e pontapés. O árbitro turco Cakir Cunet se mostrava totalmente inadequado. Acabou perdido no confronto sul-americano. Foi enganado em vários lances. Não sabia diferenciar o que era realmente pontapés de simulações. Porque, principalmente Neymar, tomou muitos chutes. Mas também saltou, ludibriou o árbitro. Por certo tempo, o camisa 10 se controlou. E até pediu calma aos companheiros. Mas aos 40 minutos, mostrou quase coloca tudo a perder. A Colômbia deveria devolver a bola ao Brasil em um lance de fair play. Só que os jogadores se recusaram. O capitão de Micale ficou ensandecido. E saiu correndo atrás do jogador que estava com a bola. Roa e deu um pontapé digno de cartão vermelho. Houve uma confusão generalizada. E o árbitro turco se acovardou. Não quis expulsar o capitão brasileiro. Preferiu dar o cartão amarelo.

Os colombianos tomaram quatro cartões amarelos nos primeiros 45 minutos. A sensação clara é que no segundo tempo haveria expulsões. No intervalo, Restrepo trocou Barrios e Preciado, que estavam com amarelos. E apostou em Borja e Perez. A Colômbia tentaria jogar futebol. O plano era adiantar a marcação. E tentar em bloco explorar a intermediária brasileira. Usar o talento de seus jogadores para chutar forte, da entrada da área. Micale voltou com a mesma proposta ofensiva. Ele também acreditava que haveria menos pontapés, mais futebol. Seu meio de campo seguia bem. Renato Augusto e Wallace conseguiam dar equilíbrio ao time. Neymar já tocava a bola de primeira, evitando os contatos, as faltas. Luan tinha ótimo desempenho, recompondo e tentando abrir espaço na frente. Gabriel Jesus e Gabriel faziam péssima partida. Aos oito minutos, um lance polêmico. Luan chutou forte e Balanta cortou com o braço. Pênalti não marcado pelo juiz turco. Os colombianos adiantando sua marcação conseguiram. Weverton foi obrigado a trabalhar em chutes fortes de Pabón e Borja. Micale percebeu que deveria acertar sua marcação no meio de campo. E tratou de trocar um atacante por um volante. Tirou Gabriel. Entrou Thiago Maia. A intermediária passaria a ter três jogadores de marcação. A Colômbia seguia em cima. Tinha mais a posse de bola. Tentava atacar em bloco. A Seleção havia optado pelos contragolpes. Mas o meio de campo tinha uma função defensiva. Tinha dificuldade para encontrar os atacantes. Foi quando, aos 38 minutos, Neymar recebeu a bola na intermediária. Fez excelente inversão. Descobriu Luan livre, com a defesa colombiana desarrumada. Ele dominou a bola e teve tempo para olhar Bonilla. Viu que estava adiantado. O chute do gremista foi perfeito, com curva. 2 a 0. Vaga garantida para as semifinais da Libertadores. Quando a Colômbia quis guerra teve guerra. Quando quis jogar futebol, teve futebol. Nos dois, o Brasil foi superior. Agora, Honduras, no Maracanã. Um gol, uma assistência, coragem. É esse Neymar que o Brasil precisa...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 13 Aug 2016 23:58:51

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