sábado, 25 de julho de 2015

Com o sorteio das Eliminatórias, CBF mais desesperada, e menos esperançosa, para tentar livrar Neymar. A estreia é assustadora. Chile, campeão da Copa América, em Santiago...

Com o sorteio das Eliminatórias, CBF mais desesperada, e menos esperançosa, para tentar livrar Neymar. A estreia é assustadora. Chile, campeão da Copa América, em Santiago...




Chile em Santiago. Venezuela no Brasil. As duas partidas Argentina em Buenos Aires. Peru no Brasil. Estes serão os confrontos em 2015. O sorteio das Eliminatórias Sul-Americanas não foram exatamente carinhoso com o time de Dunga. A Seleção tem tudo para ter um início de competição difícil, muito pressionada. E com a obrigação de fazer valer a sua tradição. Foi a única seleção a ter disputado todas as Copas do Mundo até agora. Hoje ninguém pode garantir que a rotina será mantida. Muito pelo contrário. Nunca houve tanta tensão. A CBF conseguiu com a AFA e Fifa um acordo antes do sorteio. A pedido dos dois países, o confronto entre brasileiros e argentinos só aconteceria na terceira rodada. O que foi bom para ambos, evitando o jogo entre os selecionados mais tradicionais, com sete títulos Mundiais, logo na primeira partida. O caminho inteiro brasileiro no primeiro turno será este. Brasil x Chile (fora), Brasil x Venezuela (casa), Brasil x Argentina (fora), Brasil x Peru (casa), Brasil x Uruguai (casa), Brasil x Paraguai (fora), Brasil x Equador (fora), Brasil x Colômbia (casa), Brasil x Bolívia (casa). Depois, no returno, a ordem estará mantida. Só com o mando invertido. O coordenador da Seleção, Gilmar Rinaldi, havia avisado que o Brasil fará tudo para ter uma arrancada em 2015. Para que a sequência das eliminatórias fosse mais tranquila, sem pressão. Só que o desejo não se realizou. Logo de cara, o campeão da América e equipe que mais se desenvolveu no continente. A equipe do argentino Jorge Sampaoli hoje está à frente do Brasil. E sua população está entusiasmada pela primeira conquista internacional de relevância. É favorita a vencer a primeira partida. O time de Dunga escapar sem perder do estádio Olímpico será uma façanha.

Ainda mais sem Neymar. Daí o desespero da CBF, o braço direito de Marco Polo del Nero. O presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro de Bastos, viajou para a Suíça e Rússia. É ele quem tenta articular politicamente o perdão ao jogador. Ele está suspenso dos dois primeiros jogos das Eliminatórias. A expulsão e as ofensas ao juiz chileno Enrique Osses, depois da derrota para a Colômbia, custaram quatro partidas. Ele cumpriu duas. O Brasil não recorreu e poderia diminuir, ainda na competição sul-americana, em jogo. E o brasileiro só estaria fora na estreia. A CBF entendia que a punição de dois jogos valeria só para a Copa América de 2016. Quando descobriu que valia para as Eliminatórias, era tarde. Pediu primeiramente a reconsideração à Fifa da suspensão. Foi negada. Agora só existe o último recurso, o Comitê de Apelação da Fifa. Mas as chances são quase nulas. Tanto que Reinaldo conseguiu o acordo para enfrentar a Argentina na terceira rodada, já considerado o principal jogador brasileiro fora dos dois primeiros jogos. Mas a terrível estreia do Brasil contra os chilenos fará com que a CBF se mobilize ainda mais tentando a liberação. A caminhada da Seleção não será fácil. E apresenta vários momentos preocupantes, levando em conta o atual nível técnico. Depois do Chile, a Venezuela em casa. Contra o time mais fraco do continente, a obrigação de vitória. O Brasil deverá ainda definir suas duas sedes. O Rio com o Maracanã é uma unanimidade. A outra pende para Fortaleza ou Recife.

Depois, o confronto contra os argentinos em Buenos Aires. Jogo imprevisível. Com leve favoritismo para os rivais. A quarta partida e última do ano, os peruanos do argentino Gareca e Guerrero pela frente. Pela configuração dos quatro jogos, a Seleção de Dunga tem grande chance de ter de vencer, de qualquer maneira, suas partidas em casa. Não há certeza que consiga sequer um ponto nos dois jogos fora. Depois, em 2016, a sequência. Uruguai em casa. Provavelmente em uma sede quente, para incomodar os rivais. Depois, o Paraguai em Assunção. O time do argentino Ramon Diaz que tirou o país da Copa América. Aí, equatorianos na altitude de Quito. Depois os dois último adversários do primeiro turno em território nacional. A emergente Colômbia e os bolivianos, que fora da altitude de La Paz, não devem preocupar. No segundo turno, tudo se inverte. Se na primeira parte da competição o Brasil fez cinco partidas em casa, fará apenas quatro. O clima na CBF já era de grande preocupação, o sorteio aumentou a tensão. Não haverá paz desde o início dos 18 jogos. Nas Eliminatórias para a Copa de 2010, o Brasil também tinha Dunga no comando. A campanha foi fácil. O Brasil conseguiu 34 pontos. Venceu 9 partidas, empatou sete e perdeu duas. Foi a primeira colocada geral. Depois, vieram Chile, Paraguai e Argentina. O quinto colocado foi o Uruguai, que se classificou na repescagem.

Já com a Seleção classificada como anfitriã, as eliminatória para 2014 foram interessantes. Já apontavam uma mudança geográfica do futebol por aqui. A Argentina foi a primeira. Nove vitórias, cinco empates e duas derrotas. Colômbia, Chile e Equador se classificaram em seguida. E os uruguaios buscaram sua vaga em outra repescagem. O equilíbrio de forças no território sul-americano e a decadência do futebol brasileiro assustam. A luta por uma das quatro vagas contra argentinos, chilenos, colombianos, uruguaios e paraguaios será séria. Tanto que a CBF foi uma das mais empenhadas na permanência da possibilidade de uma quinta vaga na repescagem. A influência da América do Sul impediu a Oceania de ter um time direto. O melhor de lá precisa disputar um mata mata para chegar à Rússia. E o destino foi irônico. O confronto será com um time sul-americano. A tensão de Dunga no sorteio era evidente. A transmissão da Fifa insistiu em mostrar a fisionomia do treinador brasileiro. Ele tem sim motivo para se preocupar. O caminho da instável Seleção Brasileira é espinhoso. A pressão será imensa. Desde a estreia. Dunga sabe disso. Assim como Marco Polo, que não viajou para a Suíça e Rússia com medo de extradição. Por isso, o Brasil que esnobou a apelação por Neymar na Copa América, agora vai implorar por ele na Fifa. Mas os sinais enviados pela tabela das Eliminatórias são claros. Dunga que comece a trabalhar sério sem o principal jogador deste país. Isso se tem o sonho de voltar com algum ponto de Santiago em outubro...





Fonte: Esportes R7
Categoria: formula-1
Autor: cosmermoli
Publicado em: 25 Jul 2015 14:54:52

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