domingo, 12 de julho de 2015

Corinthians ganhou a partida de hoje, no Maracanã, em maio. Quando garantiu que Guerrero e Emerson não jogariam. 3 a 0 foi até pouco contra o pobre Flamengo, sem organização ou alma....

Corinthians ganhou a partida de hoje, no Maracanã, em maio. Quando garantiu que Guerrero e Emerson não jogariam. 3 a 0 foi até pouco contra o pobre Flamengo, sem organização ou alma....




O Corinthians ganhou o jogo contra o Flamengo no dia 25 de maio. Foi a data quando acertou a liberação de Guerrero para a Gávea. E exigiu que o peruano e Sheik não entrasse em campo hoje no Maracanã. Pronto. Ficou claro o quanto o elenco de Cristóvão Borges é fraco. Bastou Tite armar seu time para os contragolpes e veio a goleada. 3 a 0 no Maracanã foi até pouco. Irritada, a torcida flamenguista xingava e gritava olé, quando os paulistas tocavam a bola. Vexame. O Corinthians voltou a vencer no Maracanã depois de oito anos. E chegou à terceira colocação na classificação geral do Brasileiro. Cristóvão foi vaiado o segundo tempo inteiro, quando seus jogadores pareciam um grupo de amigos que se encontrou em Copacabana, desarrumado. Um bando, não um time. O técnico pode ser demitido. Mas a culpa pelo fracasso constrangedor de hoje foi toda de Eduardo Bandeira de Mello. Ele deveria ter sido muito mais firme, pago mais dinheiro ao Corinthians. Mas o Flamengo não poderia ter entrado em campo sem sua alma, representada por Guerrero e Emerson. A decepção foi imensa do lado carioca. Os flamenguistas sentiram toda a empolgação de ter o melhor atacante no território brasileiro. Contra o Internacional, em Porto Alegre, Guerrero mostrou o que pode fazer. Além de marcar um gol, dar assistência para o outro, na vitória por 2 a 1. Teve uma excelente atuação, escudado por Sheik. A sequência seria fantástica. O Corinthians pela frente no Maracanã. Mas o acordo entre os clubes tirou Guerrero e Sheik do jogo. Bandeira de Mello foi submisso demais. Deveria ao menos tentar reverter a situação. Cruzou os braços por causa da aliança dentre os times mais populares do Brasil. E que precisam estar unidos já que os demais clubes querem que a Globo não pague tanto a mais aos dois nos Brasileiros até 2018. Se conseguisse reverter a situação, o presidente flamenguista garantiria o Maracanã lotado. Mas ele preferiu a omissão. Sem seus dois principais jogadores, o Flamengo foi uma presa fácil. Com um time fraquíssimo, de nada adiantou atuar em casa, diante de seus torcedores. Foi até pior. Cristóvão Borges sabia o quanto estava pressionado. A vitória contra o Internacional foi toda repassada a Guerrero. O treinador já seguia seriamente pressionado antes do jogo de Porto Alegre. De repente, tudo piorou. Ele tinha de mostrar que não poderia depender apenas do atacante peruano. E fez exatamente o que Tite desejava, abriu sua equipe tentando vencer. Era o que o Corinthians mais desejava. O fraco Flamengo aberto. Com três atacantes: Marcelo Cirino, Everton e Gabriel. E apenas três jogadores no meio de campo: Cáceres, Jonas e Canteros. Com os fracos Ayrton e Jorge abertos, adiantados. Foi cruel. O Corinthians foi armado para explorar o desespero de Cristóvão. Ter um time fraco tentando vencer o jogo, pressionado pela torcida e imprensa de seu estado, faz Tite vibrar. Ele tratou de congestionar o meio de campo. E buscar contragolpes em velocidades, com muita troca de bola e movimentação dos seus meio campistas e atacantes. Cada roubada de bola na intermediária flamenguista, os corintianos pareciam que disparavam para um prova de cem metros. Quatro ou até cinco jogadores coordenados, atacavam ao mesmo tempo. O contragolpe veloz e com inúmeras opções de jogadas, que Tite decorou vendo o Real Madrid, quando pertencia a Ancelotti. Tivesse o Corinthians um atacante artilheiro de verdade e não Vagner Love, o resultado poderia ser histórico. 5 ou 6 a 0. Inacreditável a péssima atuação do jogador. Por mais que ele seja flamenguista, seu péssimo futebol tem muito mais a ver com insegurança, falta de qualidade nos arremates, nas tabelas. Foi insuportável ver Love atrapalhar vários contragolpes que deveriam ser mortais.

Elias e Jadson tiveram atuações excelentes. Por sinal, dois jogadores que quase foram contratados pelo Flamengo neste ano. Foram dos seus pés que saíram as principais jogadas de ataque do Corinthians. Como no primeiro gol. Depois de péssima tentativa de virada de jogo, Everton colocou a bola nos pés de Jadson. Ele tocou para Elias. O volante deixou Vagner Love cara a cara com César. O chute foi ridículo, o goleiro defendeu com os pés. Mas a bola voltou e encontrou o volante corintiano. Elias encobriu o goleiro flamenguista, marcando um golaço. Não comemorou em respeito ao time que foi campeão da Copa do Brasil de 2013. O gol aos 25 minutos destruiu psicologicamente o Flamengo. No subconsciente coletivo dos jogadores cariocas, ele perceberam que estavam perdidos. Não tinham técnica para superar o adversário superior. Atacar seria suicídio. Mas não havia nada o que fazer. Foi o que treinaram com Cristóvão. Foi constrangedor. Tite continuou com seu maléfico plano. Recuava seu meio de campo. Atraía o fraco adversário. E dá-lhe contragolpes. Foi uma lição de como explorar as deficiências adversárias. As laterais eram passarelas abertas. Fagner e, principalmente, Uendel desfrutavam à vontade. Não eram acompanhados quanto faziam triangulações com Jadson e Renato Augusto, como tanto gostam. Até os vendedores de picolé flamenguista no Maracanã sabiam que o time carioca seria goleado. O único senão foi Cássio. O goleiro tinha muitas dores nas coxas e também se sentiu mal pelo calor do Rio de Janeiro. Mas Tite o deixou em campo por dez minutos, com problemas. Decisão incompreensível, que demonstrou total falta de confiança em Walter. No intervalo fez a óbvia substituição. Mas aí o Corinthians já vencia por 2 a 0. Uendel tabelou como quis com Renato Augusto. E, livre de marcação, ampliou a vantagem, aos 46 minutos do primeiro tempo. A segunda etapa foi só a confirmação do time paulista. Antes houve um único susto, quando Marcelo Cirino chutou e Walter espalmou a bola que bateu no travessão. O troco veio rápido. O Corinthians se recompôs e nove minutos. Renato Augusto deixou Malcom livre. O chute foi forte, na trave. Cinco minutos depois, a confirmação da goleada. Elias tomou a bola de Jonas. Ele serviu Jadson. O meia não teve dificuldades e, frio, marcou 3 a 0. Com a vitória garantida, Tite fez trocas para preservar jogadores fundamentais para o próximo jogo, contra o líder do Brasileiro, o Atlético Mineiro. Tirou Jadson e Renato Augusto. E comemorou muito os três pontos. Já o Flamengo tem os mesmos 13 pontos do Santos, que está na zona do rebaixamento. Terá de aproveitar ao máximo a liberação definitiva de Guerreiro e Sheik. Mas antes de seguir na batalha para neste Brasileiro, deverá definir se fica ou não com o desgastado Cristóvão. A pressão está perto do insuportável...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 12 Jul 2015 17:58:16

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