domingo, 5 de julho de 2015

Valdivia consegue de novo. Seu ego foi o ponto negativo da linda festa chilena pela conquista da Copa América. A ingratidão com Jorge Sampaoli é imperdoável...

Valdivia consegue de novo. Seu ego foi o ponto negativo da linda festa chilena pela conquista da Copa América. A ingratidão com Jorge Sampaoli é imperdoável...




Diante de uma multidão cercando o ônibus chileno, eufórica pela conquista do título da Copa América, Valdivia sabe o que fazer. Depois dos cantos das arquibancadas e agradecimentos dos jogadores pelo apoio da torcida, chegou a sua vez de falar. Teatral, encara os seus emocionados compatriotas e surpreende. "Um minuto de silêncio pela Argentina, que agora está morta." Os chilenos foram ao delírio. Valdivia é sabe como tirar proveito de uma situação. E tentar consertar o que seu gênio, sua personalidade egocêntrica, mimada consegue estragar. O chileno fazia excelente Copa América. Era o cérebro do time tático de Sampaoli. O único capaz de fugir à obviedade, com dribles e toques surpreendentes, abrir defesas adversárias. Nesta Copa América foram três assistências que terminaram em gols. Fora outras várias desperdiçadas. Exigiu e mereceu usar a camisa 10 na conquista histórica. Mas Valvidia sempre dá um jeito de se sabotar. O argentino Jorge Sampaoli foi um dos únicos treinadores no mundo que acreditou no meia. Ele estava queimado na Seleção Chilena. Em 2011 acabou expulso da delegação que disputava as Eliminatórias. O Chile enfrentaria Uruguai e Paraguai. O motivo? O treinador Claudio Borghi disse claramente que ele e mais Beausejour, Carmona, Jara e Vidal chegaram bêbados à concentração. Valdivia teria sido o líder da balada. E estaria banido para sempre da Seleção Chilena. Porque em 2007, na Copa América da Venezuela, ele já teve problemas com bebidas. Uma camareira do hotel onde o time estava concentrado acusou o jogador de tê-la ofendido sexualmente e estar alcoolizado, junto com outros jogadores. Na época, o meia era capitão chileno.

Acabou suspenso pela Federação Chilena de Futebol por 20 jogos. E nunca mais deveria usar a tarja de capitão do Chile. Graças a seu bom futebol, a pena caiu para apenas dez jogos. Até que veio a confusão de 2011. Jorge Sampaoli fazia uma trabalho excepcional na Universidade de Chile. Esteve para acertar, inclusive, com o Cruzeiro. Mas acabou indo para a Seleção Chilena. A primeira exigência que fez aos dirigentes era perdoar Valdivia. Ele o queria no time, de qualquer maneira. Falou que não havia um jogador tão técnico, talentoso quanto ele. Os dirigentes ficaram impressionados, já que o argentino se fixa no conjunto, não gosta de destacar individualidades. Valdivia mais uma vez foi perdoado. O relacionamento entre ambos sempre foi excelente. A confiança de Sampaoli era imensa. Tanto que foi ele quem recomendou o fisioterapeuta cubano Jose Amador para acompanhá-lo. Inclusive no Palmeiras.

A versão que o meia deixou chegar à Seleção Chilena era que não se acertava com o departamento médico do Palmeiras. Principalmente a fisioterapia. Os métodos seriam atrasados, por isso não se recuperava. Mas no clube, a história era outra. O chileno tinha uma capacidade que não era comemorada. Meros estiramentos, que em outros jogadores levavam semanas para a recuperação, com ele eram diferentes. Levavam meses para estarem curados. Como, se ele fazia os mesmos tratamentos e tomava as mesmas medicações? A desconfiança estava no que fazia fora do Palestra Itália. No seu período de repouso, aparecia sempre em festas, baladas. Quando alguém toma um copo de cerveja ou vinho pode sabotar medicamentos importantes. Esse teria sido o problema principal do ótimo jogador no Palmeiras. Fora toda suas indisciplinas, desprezo a técnicos, desrespeito com dirigentes. A principal torcida palmeirense, a Mancha Verde, o odeia. Tentou bater no jogador. O motivo. Na Argentina, durante a Libertadores de 2013. Ele estava sendo xingado em um treinamento. O meia não teve dúvidas. Mostrou e começou a esfregar a genitália para os torcedores. Eles ficaram histéricos. Só não o espancaram no aeroporto de Buenos Aires porque os jogadores e os seguranças salvaram o chileno. Mesmo assim, os presidentes que passaram pelo Palmeiras se mostraram refém do problemático jogador. Mesmo agora, com o jogador tendo deixado tudo acertado verbalmente com o Al Whada, Paulo Nobre não se conforma. E ainda gostaria de reverter a situação. Continuar com o meia. Sabe que é praticamente impossível. Ainda mais depois da conquista da Copa América. Mas entre as várias injustiças que fez com técnico, como recentemente não cumprimentar Oswaldo de Oliveira ao ser substituído, a pior foi ontem. Jorge Sampaoli o deixou jogar a final contra a Argentina. Sabia que ele tinha uma contratura na coxa esquerda. Os dois haviam conversado e novamente o treinador mostrou toda a confiança que depositava no jogador.

O deixou em campo por 75 minutos da disputada, brigada decisão. O rendimento de Valdivia caiu. Ele estava cansado. Seus dribles, toques e recomposição não eram os mesmos. Martías Fernandez entrava no seu lugar, aos 30 minutos do segundo tempo. Quando viu que iria sair, Valdivia deu seu show. Saiu longe do meio de campo, não cumprimentou o seu companheiro. Não quis cruzar com Sampaoli. Chutou uma garrafa de água. E ainda jogou as meias para o alto, balançando a cabeça. Em outubro ele fará 32 anos. Idade suficiente para perceber que, com seu gesto, estava jogando a torcida contra Sampaoli. Se o Chile perdesse a decisão, o treinador seria questionado por tirar o seu atleta mais talentoso. O Chile ganhou. Mas os jornalistas não se esqueceram da atitude infantil, mimada do jogador. E, mesmo com a conquista, o criticaram. Nos vestiários, Valdivia soube. E resolveu se vingar. Na zona mista, local onde os atletas dão as entrevistas, ele passou possesso. E fez questão de ironizar a imprensa chilena.

"Comemorem, seu amargos, comemorem", gritou e se afastou. Durante toda a comemoração, ele fez questão de se comportar como se não tivesse acontecido nada. Desfrutou toda a atenção de um grande ídolo. Seus companheiros realmente o adoram. Mas há uma grande dúvida sobre o que acontecerá em relação a seu futuro na Seleção Chilena. Membros da Comissão Técnica de Sampaoli discutiram seriamente com o jogador, depois de seu chilique, ainda no banco de reservas. O treinador de futebol precisa, antes de tudo, ser um líder. Só há algo maior que o talento em Jorge Luis Valdivia Toro. Sua ingratidão...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 05 Jul 2015 10:03:00

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