quarta-feira, 15 de julho de 2015

Luxemburgo não fala sobre processo por dívida com o cassino de Las Vegas. E o líder do Bom Senso, Paulo André, se cala. Ordens de Gilvan Tavares, presidente do Cruzeiro. Silêncio ou hipocrisia?

Luxemburgo não fala sobre processo por dívida com o cassino de Las Vegas. E o líder do Bom Senso, Paulo André, se cala. Ordens de Gilvan Tavares, presidente do Cruzeiro. Silêncio ou hipocrisia?




Gilvan Tavares sabia muito bem quando estava contratando. Eram dois personagens problemáticos para qualquer direção de clube. Vanderlei Luxemburgo e seus intermináveis problemas extracampo. Paulo André e sua firme postura na liderança do movimento reivindicatório Bom Senso. O presidente do Cruzeiro conversou muito com o gerente de futebol Valdir Barbosa. Deixou definido que Luxemburgo e Paulo André só pisariam na Toca da Raposa se fossem apenas técnico e jogador. Não queria de maneira alguma que misturassem suas atividades fora do gramado. O primeiro a silenciar foi Paulo André. O futebol brasileiro vivendo uma revolução com CPI, MP, Marin preso. Marco Polo del Nero fragilizado. Cúpula da CBF aceitando a limitação de mandatos do presidente da entidade e das federações. A maioria dos grandes clubes devendo salários ou direito de imagem. E o líder do Bom Senso, que voltou da China, calado. Sem se manifestar. Cumprindo o que prometeu a Gilvan e Valdir.

Pior Vanderlei Luxemburgo. Mais um escândalo na sua vida pessoal. A ESPN divulgou os R$ 430 mil que ficou devendo para o cassino Wynn Las Vegas. Lá há rodadas de pôquer de 25 mil dólares, R$ 78 mil. Várias publicações já mostraram a relação do técnico com o pôquer. E que, inclusive, teria atrapalhado sua carreira. Há fotos de Luxemburgo jogando cartas em cidades com cassinos de alto nível, como em Punta del Leste. A dívida é do ano passado, em mais um período que estava desempregado. Ele deixou um cheque-promissório no valor de 300 mil dólares, R$ 941 mil. Só pagou 161 mil dólares, R$ 505 mil. O restante, não. Daí o cassino ter entrado na justiça no Brasil para receber. O escândalo estourou na semana passada. O normal seria Luxemburgo ter dado a sua versão de mais esse problema na justiça. Mas no Cruzeiro não aceita falar sobre a dívida. Nem seu advogado, Antonio Carlos Sandoval Catta Preta não se posiciona sobre o caso. São dois extremos. Mas Gilvan mostra quem manda no Cruzeiro. O líder Paulo André está silencioso. Na reserva, se preocupa em jogar. Afinal, ganha por produtividade. Quanto mais atuar, maior o salário. A empolgação com Luxemburgo já passou. Depois das primeiras vitórias, o time decepciona, estacionando na 11ª posição. O técnico mostra insegurança, falta de convicção. Em 40 dias na Toca da Raposa, não conseguiu repetir sequer uma escalação. O que deixa o ambiente tenso. Disso ele até fala. Só não toca nos problemas que viveu na CPI do Futebol, quando foi constatado que fraudou a idade durante toda a carreira como jogador. Escondeu três anos. Assinava Wanderley Luxemburgo, com w e y. Voltou ao seu nome verdadeiro, Vanderlei Luxemburgo da Silva. E também está proibido tocar na sua dívida com o cassino de Las Vegas. Muito menos sobre a vexatória cobrança pública. Com Paulo André, Gilvan exagera. Mas com Vanderlei Luxemburgo erra. O Cruzeiro só o proíbe de falar. Mas os erros estão aí. A cobrança do cassino é algo muito grave, documentada. Não é só Vanderlei que está sendo atingido por seu erro. É a imagem do comandante do futebol do Cruzeiro. A desmoralização pela cobrança pública afeta a Toca. O silêncio na sala de coletivas é pura hipocrisia. Não há um jogador ou jornalista que não comente o assunto. O escândalo é internacional. Será que vale a pena o clube trazer esse problema para o seu ambiente? Técnico com dívida com cassino cobrada na justiça? É o que Gilvan acredita ser melhor para o seu amado Cruzeiro?





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 15 Jul 2015 18:55:55

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