sexta-feira, 17 de julho de 2015

São Paulo 'inova'. Se for campeão, dará dinheiro ao intermediário que trouxe a Under Armour ao Morumbi. E o Cruz Azul desiste de Luís Fabiano. Não aceita pagar R$ 9,5 milhões pelo jogador de 34 anos...

São Paulo 'inova'. Se for campeão, dará dinheiro ao intermediário que trouxe a Under Armour ao Morumbi. E o Cruz Azul desiste de Luís Fabiano. Não aceita pagar R$ 9,5 milhões pelo jogador de 34 anos...




Na década de 90, dirigentes do São Paulo adoravam repetir para a imprensa. O clube era o mais inovador do futebol brasileiro. O primeiro a investir de verdade em Centro de Treinamento para profissionais e garotos. Fora o investimento na medicina esportiva, referência na América Latina. E mais o gigante Morumbi, pronto para as maiores competições do planeta. O tempo passou. O Morumbi se tornou um estádio "velho, ultrapassado", nas palavras do próprio presidente Carlos Miguel Aidar. Clubes como Grêmio, Internacional, Atlético Paranaense, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Corinthians entre outros possuem CTs tão bons quantos os do São Paulo. O caminho do Núcleo de Reabilitação Esportiva Fisioterápica e Fisiológica, o Reffis, também foi seguido por dirigentes brasileiros. Mas agora a inovação que o São Paulo está propondo é absurda. Pagar comissão para o intermediário que trouxe a nova fabricante de material esportivo do clube. Inacreditável. O acordo já é pesadíssimo. Carlos Miguel Aidar aceitou pagar 15% à Far East Global Holdings Limited do acordo com a Under Armour. Ou seja, 15% sobre R$ 122 milhões. São incríveis R$ 18 milhões só de comissão. Mas esse dinheiro para o intermediário ficará ainda maior. Basta o clube vencer qualquer campeonato. A Under Armour prometeu, como todas as empresas esportivas, bônus em caso de conquistas do São Paulo. Só que pela primeira vez no país, o intermediário terá direito a 15% desses eventuais prêmios.

Os R$ 18 milhões que a empresa de Hong Kong tem direito podem aumentar e muito. A cláusula terceira do contrato entre a Far East e o clube prevê que a comissão vale para a "verba de patrocínio, de marketing, bônus, royalties e prêmios, inclusive referente ao material esportivo a ser fornecido, bem como e todo e qualquer tipo de verba condicionada a desempenho esportivo e/ou comercial", de acordo com denúncia da Folha. A direção do São Paulo diz que esta cláusula é "interpretativa". Como assim? Está muito claro no contrato. Palavra por palavra. Qualquer advogado que conseguir ler poderá fazer o clube dar 15% do que o time conseguir de bônus, por títulos, ao intermediário. No Morumbi, o contrato com a nova fabricante de material esportivo é muito questionado. Principalmente pelo intermediário. Membros da oposição já se cansaram de pedir detalhes sobre ele. Tudo que ouviram é que ele se chama "Jack". "O Carlos Miguel está muito chateado é quele quer pagar uma comissão (para a Far East Global Holdings Limited ). Chegam a falar em R$ 28 milhões para pagar em Hong Kong, um paraíso fiscal. O "Jack" mexe com roupa. Eu não conheço. Me disseram que ele me conhecia, eu falei"fala para ele que estou com saudade. Manda ele ir lá dia 28 no conselho, vou cumprimentá-lo, dizer o que ele fez". "É justo dever para os jogadores e pagar uma comissão para um cidadão que ninguém sabe a firma, a origem dela? "Por que não pega esse dinheiro e paga esses atletas e diz pro cara. Eu quero, mas o conselho não quer pagá-lo." "Eu quero é que ele (Jack) venha aqui. E mostre a firma, qual é o endereço. Que traga toda a junta comercial lá de Hong Kong, que a firma existe. Primeiro é a o origem. "Jack, o que você fez neste processo?"

"Por que há dois anos a Under Armour nos procurou: eles falaram que fizeram pesquisa e o produto se encaixava melhor no São Paulo. Falei para fazermos (o contrato) mas eles disseram que precisavam de dois anos porque não tinham um escritório, fábrica, logística. "Então eu sai, e eles foram (voltaram) no São Paulo. E a comissão, o São Paulo vai pagar. R$ 28 milhões." As declarações são do ex-presidente Juvenal Juvêncio ao Lance! O presidente ironiza o fato da atual administração apenas declarar o primeiro nome do intermediário, Jack. Não fornecer mais dados da Far East Global Holdings Limited. Questiona abertamente nas reuniões do conselho do clube que não era necessária a presença de qualquer intermediário no acordo com a Under Armour. Muito menos pagar qualquer quantia. E Juvenal insiste que a comissão é de R$ 28 milhões. A situação desmente o ex-presidente. Insiste que pagará "apenas" R$ 18 milhões. Rebate com outra acusação. Que a empresa intermediária ofereceu esse contrato, que era mais lucrativo do que a Penalty pagava, a Juvenal. Teria sido há dois anos e ele não se interessou.

Juvenal disse que não havia intermediário. Teria sido procurado pela fabricante de material esportivo. Mas ela ainda precisaria dos tais dois anos porque não "teriam escritório, fábrica, logística". O ex-presidente ainda acusa o atual de querer arrendar o CT de Cotia. Alugá-lo para fazer dinheiro. Por dez anos. A acusação é pesada. A situação nega. A dívida do São Paulo é uma realidade. A consultoria DBO mostra que o clube deve mais de R$ 340 milhões. Os direitos de imagem dos jogadores ficaram atrasados por três meses e 20 dias. Salários também já atrasaram. Graças à briga entre Juvenal e Carlos Miguel, o São Paulo continua expondo suas entranhas em público. Cabe aos conselheiros mostrar coragem. E cobrar os dois dirigentes. Tudo precisa ser esclarecido nos mínimos detalhes. O outrora pioneiro São Paulo hoje é um clube rachado, problemático. Parou no tempo. Falta o que é fundamental em qualquer clube moderno: transparência. Por isso qualquer denúncia causa alvoroço. E ninguém sabe quem tem razão. Bastam simples perguntas para causar constrangimento. Para a situação e para a oposição. Quem é Jack? Por que o desprezo há dois anos com a Under Armour? Já que a empresa americana iria pagar mais que a Penalty? Com a palavra Carlos Miguel e Juvenal. Os homens donos dos egos que implodem o São Paulo... CRUZ AZUL DESISTE DE LUÍS FABIANO

Enquanto brigam, o Cruz Azul acaba de desistir de Luís Fabiano. Os mexicanos se recusaram a pagar os 3 milhões de dólares, cerca de R$ 9,5 milhões. Quantia absurda para um jogador que fará 35 anos em novembro. E cujo contrato terminará daqui cinco meses.

O atacante havia pedido como um "prêmio" a sua liberação gratuita.

Agora resta saber como ele encarará a decisão do São Paulo.

Foi desperdiçada uma oportunidade de ouro no final de sua carreira.

Ele já estava irritado por ser mero reserva de luxo.

Ninguém no Morumbi controla seu gênio explosivo...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 17 Jul 2015 12:08:25

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