"Aí na moral, pode que eu não saiba colocar uma vírgula, pode que eu não saiba colocar um ponto, pode até que eu não saiba escrever pois não tive uma grande oportunidade desse aprendizado. Sou uma pessoal que não gosto de injustiças, sou uma pessoa que tô pouco me importando pro que pensam de mim. Não vivo politicamente e não vivo para agradar. "Vivo em busca de boas energias, de gente verdadeiras, de pessoas que vivem por um propósito. Que abdica de família por um sonho, que sofrem mais do que ninguém quando o trabalhou não foi o esperado, que supera grandes barreiras, que cai e levanta, que vivem sem lamentos, que seguem o caminho porque vivem por algo maior do que comentários que soam mais a desculpa do que coerência. Na realidade eu vou conversar que desculpas são para perdedores e é o que menos somos! "Trabalhamos por amor, por prazer, por paixão de ver a nossa dedicação se transformando em realização. Muito falam que a nossa profissão é fácil, mas curiosamente poucos só servem para fazer comentários. É irmão, somos escravos, mas somos escravos do bem para progredir necessitamos a nossa volta ganhadores e não historiadores. Muitos sabem quem somos e poucos realmente conhecem a a nossas histórias. "Por isso, a grandeza de um grande campeão é cair e levantar é poder levantar e em busca do seus sonhos continuar! Ganhar? Já ganhei tudo que poderia ganhar, mas não me serve pq o meu grande sonho é continuar. O nosso grande mérito é nos reinventar quando ganhamos. "Sou brasileiro, baiano, nordestino lá de juazeiro, pra chegar onde chegamos tem que comer muita poeira. Vivo de axé, quem vem de lá sabe como é. Não vivemos de ilusões porque temos raízes e quem tem raízes não cai nunca, pq por maior que seja um tronco se não tiver raiz não conseguirá manter-se de pé! Te amo meu mano @thiagosilva_33 somos brasileiros do batente e nos orgulhamos do nosso país mas não de quem nos representam. Te amo irmão."
Esse foi o desabafo que Daniel Alves colocou nas redes sociais ontem. Uma defesa aberta de Thiago Silva. O lateral não tolera as críticas à falta de personalidade, ao choro, aos pênaltis tresloucado, sem razão, do zagueiro. Aquele, que, por exemplo foi fundamental para a eliminação do Brasil da Copa América. Ele não quer ver julgadas as lágrimas do então capitão da Seleção durante a Copa. O capitão no futebol precisa ser um líder. Alguém a ser seguido. Quem dá o rumo. O caminho que ele mostrou no Mundial do Brasil foi o do descontrole. Da imaturidade. Chorar na hora do hino, durante o jogo, na preleção, depois da partida, com o Brasil vencendo, empatando ou perdendo. Não só se recusar a cobrar pênaltis. Não ter coragem de conversar, animar os cobradores. Passar força, ser parceiro, companheiro. Só que não. Ele prefere se sentar em cima de uma bola, de costas para a cobrança. Para o mundo. Sozinho. Sem força psicológica para tomar qualquer atitude. E depois desabar nos braços de Felipão, chorando, com a vitória diante do Chile.
Depois, o cartão irresponsável diante da Colômbia. Tolo, infantil, desnecessário, estúpido, bobo. Fatal. Ele deixa de jogar a semifinal de uma Copa do Mundo por evitar que o goleiro adversário reponha a bola. Colabora com o massacre da Alemanha. Felipão, um atrapalhado Nostradamus, não previu que um dia o Brasil poderia ter de jogar com David Luiz e Dante. Com o zagueiro mais caro da história tendo se ser improvisado na direita, sem Thiago Silva. O jogador do Bayern, desentrosado, foi caótico. O 7 a 1 começou com Thiago Silva contra a Colômbia. Copa do Mundo perdida, população brasileira humilhada. Fosse um técnico diferente e não Dunga, todos os jogadores que participaram ou foram responsáveis pela goleada contra a Alemanha não seriam chamados. Ainda mais o seu perdido capitão. Ele teve outra chance. Já chegou magoado. Dunga havia dado a tarja de capitão para Neymar. Mostrou sua tristeza para os jornalistas. Teve de pedir desculpas para o treinador e para o grupo, especialmente, ao seu sucessor. Veio a Copa América. Começou no banco contra o Peru. David Luiz falhou feio. Quase sabota o time ao atrasar mal uma bola para Jefferson. Nos treinos estava mal. Thiago Silva voltou a ser titular diante da Colômbia. Dunga já o havia proibido de chorar no hino brasileiro. Ele passou a cantá-lo de olhos fechados, concentrado. Mas sem chorar. Thiago Silva ainda arrastava uma dívida pública com Neymar. A estrela brasileira havia provocado enorme confusão contra os colombianos. Egocêntrico, foi expulso e suspenso, sabotando os planos de Dunga. Vem o jogo contra a fraca Venezuela. O destituído capitão faz o gol de cabeça. Imita Dunga, quando recebeu o troféu de campeão mundial em 1994. Thiago Silva começou a xingar a tudo e a todos. Desabafo que muitos enxergaram contra os jornalistas que o criticaram. Ele se aproveitou de um gol contra o país de futebol mais fraco no Continente Sul-Americano para desabafar sua raiva. E ainda, sabendo que as câmeras estavam fixados nele, apontou para Neymar. Dedicou o seu gol ao companheiro que caçou a própria expulsão.
Depois veio o jogo contra o Paraguai. O Brasil sai na frente no placar. O time fraco, e sem personalidade, recua. Toma um sufoco enorme. Até que em uma bola foi levantada para a área. Saltaram pelo Brasil, Thiago Silva e Daniel Alves, contra Roque Santa Maria. Ele estava alta demais para o paraguaio desviar. Foi quando o zagueiro resolveu dar uma tapa na bola. Assim como havia feito contra o Chelsea na Champions League. Pênalti claro. Pior ainda foi sua reação. Ele não só assumiu o pênalti, como dizia não saber quem havia feito. Isso até a decisão por penalidades. "Foi tu mesmo que botou a mão no alto, entendeu? (...) Mas, botou a mão na bola, não?", disse Robinho, assustado com o comportamento do companheiro. Filipe Luís mostrou com gestos a Robinho. " Ele fez assim, pô!", levantando o braço como se desse um tapa na bola imaginária. Thiago continuou negando. "Eu? Mas quem botou a mão na bola foi eu? Mas não foi algum zagueiro, foi?" Os jogadores do Brasil se juntaram para acompanhar a decisão por pênaltis. Só um estava ajoelhado, rezando. Quem? Thiago Silva. Depois da derrota, ele foi para o vestiário, tomou banho. Relaxou e foi dar entrevistas. "Não me lembro de ter tocado a mão na bola. Perguntamos ao árbitro e ele falou que não sabe quem tocou. Sabe que foi alguém, mas não sabe quem. O Dani perguntou por que ele marcou o pênalti e ele também não soube explicar. Saiu de lado e não deu explicação nenhuma. Bem sincero, eu não me lembro de tocar a mão na bola." Como um jogador pode se esquecer de um lance tão importante, decisivo? "Só pode ter sido um trauma psicológico forte. Por instantes, a pessoa fica tão chocada com algo negativo que fez, que acaba negando para ela mesma", me diz uma psicóloga esportiva, que não quer se indispor publicamente com a Seleção.
A imprensa europeia ficou chocada com o que aprontou na Copa América. Ele era peça fundamental para o Paris Saint-Germain. Comprado ao Milan, em 2012, custou aos franceses R$ 109,5 milhões. Mas depois de seu desempenho na Copa América, há a possibilidade de ser vendido à Juventus da Itália. Na reunião entre Dunga e Marco Polo del Nero, após o fracasso na Copa América, Thiago Silva foi um dos assuntos. Por causa do seu descontrole psicológico. Há grande possibilidade dele deixar de ser convocado. Daniel Alves é mesmo muito amigo de Thiago Silva. Como ele mesmo disse, não teve oportunidade de estudar. Sua visão de imprensa é dada pelo seu assessor. O mesmo de Felipão. Não é de estranhar que o lateral se irrite, defenda que os jornalistas brasileiros sejam defensores da Seleção, soldados da Pátria. Não importa o que aconteça. Não somos. Somos responsáveis em noticiar, mostrar o que acontece. E agora, infelizmente, Thiago Silva não tem a menor condição psicológica de servir a Seleção. Recursos técnicos, dom como grande zagueiro ele tem. Só que precisa de ajuda, apoio. E não há vergonha alguma nisso. Mas a Seleção Brasileira precisa lidar com a realidade. Como voltar a confiar nele nas Eliminatórias para a Copa do Mundo? As mais difíceis por causa da nossa geração de jogadores? Ninguém é contra a pessoa do Thiago Silva. Mas sim do seu comportamento como zagueiro titular do Brasil. Tem apenas 30 anos. Pode se recuperar. Se você realmente o ama, Daniel Alves, o oriente... Seu irmão precisa de ajuda...
Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 04 Jul 2015 10:40:09
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