quinta-feira, 23 de julho de 2015

Contra o Bayern de Guardiola, Felipão fez os chineses usarem um esquema novo. O mesmo que Gallo e Roque Júnior recomendaram contra a Alemanha e ele não quis. O mundo gira...

Contra o Bayern de Guardiola, Felipão fez os chineses usarem um esquema novo. O mesmo que Gallo e Roque Júnior recomendaram contra a Alemanha e ele não quis. O mundo gira...




Alexandre Gallo era um dos observadores dos adversários do Brasil na Copa. Ele acompanhou de perto a Alemanha. Sabia como o time de Joachim Löw jogava. E fez questão de aconselhar Felipão antes da semifinal da Copa de 2014. Sem Neymar, contundido, a Seleção deveria fechar o meio de campo. Não poderia jogar aberto no Mineirão. A maneira que acreditava que o Brasil pudesse vencer seria marcando forte. Com todos os jogadores atrás da bola. Reduzindo o espaço para o toque de bola. Duas linhas de quatro protegeriam a zaga. A França havia se defendido assim, na derrota por 1 a 0, nas quartas de final, no Maracanã.

Gallo e Roque Júnior entregaram um relatório ao técnico. E nele estava a recomendação da entrada de Paulinho no lugar de Neymar. A saída de Fred do time e a entrada de Willian. Luiz Gustavo, Fernandinho, Paulinho, Oscar e Willian formariam o meio de campo. Apenas Hulk estaria mais adiantado. Ou seja, o Brasil atuaria no 4-5-1. Felipão não ouviu. Simplesmente trocou Neymar por Bernard, o jogador que tinha "alegria nas pernas". E manteve Fred. O esquema? O mesmo 4-2-3-1, de 2013, na Copa das Confederações. Resultado? A Alemanha tocou a bola à vontade. Bastou sair o primeiro gol, aos 11 minutos. Aos 29 minutos já estava 5 a 0 para o time germânico. Ao final, depois de os alemães combinarem nos vestiários diminuírem o ritmo, 7 a 1.

Tudo isso voltou à tona mais de um ano depois. Na China, lugar onde Felipão escolheu para se exilar e ganhar ainda mais dinheiro depois do vexame que ele expôs o Brasil na Copa. Seu Guangzhou Evergrande enfrentou o Bayern de Munique. Empatou em 0 a 0. E ganhou um troféu na disputa de pênaltis por 5 a 4. Não importa que o time de Guardiola esteja em pré-temporada. E os chineses no ápice de sua forma, já que têm um calendário diferente. O que foi significativo foi a maneira com que o Guangzhou Evergrande jogou. Com cinco jogadores no meio de campo. Apenas Robinho, outro que viajou para enriquecer ainda mais, na frente. Todos atrás da linha da bola quando Bayern atacava. Com os chineses dividindo sério, firme. Sem respeito, reverência. Paulinho, desprezado no Mineirão, estava em campo. E fez o que Gallo e Roque Júnior haviam recomendado. Até Robinho estava ajudando atrás, brigando pela bola, dando carrinho. À frente do banco de reservas, Felipão xingava, gritava, raivoso. Com o árbitro, com seus jogadores, com os atletas do Bayern. Não parecia o homem apático do Mineirão que viu a Seleção Brasileira ser massacrada. Um mero amistoso nesta manhã de quinta-feira muitas indagações, para quem, como eu, estava no Mineirão nos 7 a 1. Desde a concentração, o espírito de competitividade, a postura tática, a vibração. Lógico que as circunstâncias são completamente diferentes. Hoje foram dois times. Não seleções. E muito menos valia vaga para a final de uma Copa do Mundo. Mas foi muito irônico. Felipão fez tudo como Gallo e Roque Júnior recomendaram. E com um time chinês conseguiu travar o melhor time alemão. Um dos grandes do mundo. Diante do excepcional Pep Guardioala, técnico que 11 de dez jornalistas esportivos queriam ver dirigindo a Seleção Brasileira. Realmente não existe idade para aprender. Uma pena que Felipão levou tanto tempo...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 23 Jul 2015 11:35:48

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