sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A vitória da competência, do trabalho, da perseverança. Corinthians hexacampeão deste país. Com toda a justiça. Mérito de um grupo que renasceu. Graças ao trabalho excelente de Tite, o melhor treinador do Brasil...

A vitória da competência, do trabalho, da perseverança. Corinthians hexacampeão deste país. Com toda a justiça. Mérito de um grupo que renasceu. Graças ao trabalho excelente de Tite, o melhor treinador do Brasil...




Noite perfeita e inesquecível para o Corinthians. Eram 39 minutos do segundo tempo em São Januário e a festa começou. No banco de reservas, Tite se abraçava aos jogadores. Renato Augusto chorava. Elias e Cristian dançavam, de costas para o gramado. O empate que prevalecia em 1 a 1 já não importava. O São Paulo havia goleado o Atlético Mineiro por 4 a 2 no Morumbi. O hexacampeonato era branco e preto. Com toda a justiça, o título do futebol deste país é corintiano. Três rodadas antes do torneio terminar. A vitória da competência, trabalho, da perseverança. E principalmente de Tite, o treinador que suportou nas costas os fracassos no Campeonato Paulista, na Libertadores, na Copa do Brasil, reformulou a equipe e está fazendo um Brasileiro sensacional. São até agora 76 pontos, 23 vitórias, sete empates e cinco derrotas. Melhor ataque com 63 gols a favor. Melhor defesa com 27 gols contra. E maior saldo: 36 gols. Aproveitamento de 72,4%. Como questionar esses números? "Tenho que agradecer muito a Deus. Pelo meu trabalho, não abaixei a cabeça; Sabia que teria coisas boas. Minha esposa, mãe do meu lado, me apoiaram. Esse título é para elas, os amores da minha vida. Estou muito feliz. Agora vou comemorar para caralho." "Fomos crescendo no campeonato, mas foi merecido. Muito feliz de dar a volta por cima. Começou o ano com desconfianças, pessoas desconfiando do meu futebol, sempre acreditei. Trabalhar com um grupo desse, uma comissão técnica transparente, estou muito feliz." Todo mundo viu o esforço que a gente fez, tentamos ajudar da melhor maneira. Achei que nunca mais jogaria em alto nível. Achei que teria que jogar em um mercado mais abaixo, porque não conseguiria jogar. Acho que graças ao Corinthians, pude voltar, jogar em alto nível, defender a seleção. Só quero agradecer e dividir isso com os familiares" As declarações do desbocado Vagner Love, do consciente Jadson e do emocionado Fábio Augusto resumem bem o que foi o Corinthians neste Brasileiro. Sua superação, quando muitos acreditavam que o Parque São Jorge fosse ruir depois da eliminação da Libertadores. Faltando dinheiro, perdendo Guerrero, Sheik, Fábio Santos, Petros. Mas Tite conseguiu reinventar essa equipe. Se reinventar. Teve toda a liberdade de planejar e executar seu planejamento. A diretoria teve confiança em dar todo o apoio. Sabia que a falta de dinheiro até para manter o salário em dia tirava toda o direito de cobrar, questionar. Por isso o mérito do técnico foi imenso nesta conquista. O grupo acreditou quando ele garantiu que todos seriam recompensados se "comprassem" sua ideia. Iria reconstruir o time de uma forma moderna, como havia aprendido no ano sabático. Na Libertadores, já houve lampejos da compactação, da recomposição. Mas em um torneio longo, com 38 partidas, os jogadores iriam fazer de olhos fechados as inovações táticas que o técnico tanto queria impor. E os atletas obedeceram cegamente. Os resultados foram se acumulando até irem parar no caldeirão de São Januário. Como o blog antecipou, Gil, Renato Augusto e Elias imploraram para Tite. Queriam enfrentar o Vasco, apesar de terem jogado na terça-feira contra o Peru, em Salvador. Tite conversou com os preparadores físicos e fisiologistas. E acreditou na vontade de seus jogadores. Sabiam que eles mereciam atuar na partida que deveria confirmar o sexto título brasileiro. Com prazer, cedeu. Os mandou para campo. As circunstâncias do Brasileiro fizeram com que o inimigo na rodada decisiva fosse o angustiado Vasco. Jorginho e seus veteranos tentam fazer o clube de Eurico Miranda de novo rebaixamento. Eurico perdeu dinheiro, virou as costas para o Maracanã, e fez a partida acontecer em São Januário. Para irritação da Polícia Militar. O ultrapassado estádio, encravado em uma zona perigosa da cidade, não era o lugar recomendado para o confronto. Só que não houve como dobrar Eurico. O Vasco precisava ganhar a partida de qualquer maneira. Pela sua sobrevivência. E saiu marcando pressão durante todo o primeiro tempo. Seus jogadores se desdobravam. A ordem era não deixar os corintianos respirarem. A pressão foi muito bem feita. Sobrecarregou a zaga corintiana. Jorginho foi cruel. Explorou o desgaste de Elias e, principalmente, de Renato Augusto. Havia espaço para os vascaínos dominarem o ritmo de jogo. Aí ficou evidente a fragilidade técnica do time montado por Eurico. A inteligência tática vascaína sofria com atletas medíocres. Nenê, a exceção. Apesar de todo apoio da apaixonada torcida vascaína, da dedicação dos jogadores, das orientações corretas de Jorginho, o Vasco não soube se impor no primeiro tempo. Teve chance clara com Rafael Silva, que se livrou de Jadson, cobria a zaga. O atacante tocou mal na bola e facilitou a defesa de Cássio. O time de Jorginho dominava as ações, mas faltava objetividade. E iria penar nos últimos 45 minutos.

Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 20 Nov 2015 00:02:32

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