domingo, 8 de novembro de 2015

Aos 42 minutos do segundo tempo, Lucca deu a injusta vitória diante do Coritiba. O Corinthians hoje não foi Corinthians. E precisou da ajuda do árbitro para vencer. Basta o Atlético Mineiro não vencer o Figueirense amanhã. E o hexa estará confirmado...

Aos 42 minutos do segundo tempo, Lucca deu a injusta vitória diante do Coritiba. O Corinthians hoje não foi Corinthians. E precisou da ajuda do árbitro para vencer. Basta o Atlético Mineiro não vencer o Figueirense amanhã. E o hexa estará confirmado...




Aos 42 minutos do segundo tempo, Lucca salvou 43.688 torcedores apaixonados da depressão em Itaquera. Um desvio do atacante reserva fez com com o Corinthians possa ser hexacampeão brasileiro amanhã. Basta o Atlético Mineiro não vencer o Figueirense em Santa Catarina e título está consumado. Porque, mesmo dominado pelos nervos, o time venceu o Coritiba por 2 a 1. Não houve a prometida volta olímpica. Vitória do bom senso. O Corinthians chegou a 76 pontos. 14 mais do que o segundo colocado, o Atlético Mineiro. Vale destacar a péssima arbitragem de Dewson Fernando Freitas da Silva. Ele não marcou um pênalti claro de Edílson do Corinthians. E ainda confirmou impedimento inexistente de Henrique, do Coritiba, quando a partidas estava empatada em 1 a 1. Lances capitais que ajudaram o time de Tite. "Estou chorando porque passa um filme na cabeça. Em 2010, o título escapou. Eu jurei que voltaria para ser campeão. Sofremos, mas vencemos o Coritiba. E a conquista está muito perto", dizia, chorando, Elias. As lágrimas de Elias combinavam com a maneira assustadoramente tensa com que o time jogou. Nem parecia ser o Corinthians pragmático, dono de si, autoconfiante que se impôs durante todo o Brasileiro. Os jogadores, principalmente no segundo tempo, mostraram um despreparo psicológico inesperado. O time sentiu a pressão. A expectativa do título dominou os jogadores corintianos. Mesmo diante do ótimo esquema tático montado por Chiquinho, foi a tensão que travou atletas fundamentais e que jogaram bem demais todo o Brasileiro. Como Renato Augusto, Jadson e o próprio Elias. Com o setor mais importante da equipe travado, o Corinthians não foi nem sombra da equipe que fez a campanha brilhante até o jogo de hoje. Tite tentou ao máximo evitar que seus jogadores entrassem no clima de já ganhou. Depois que Vagner Love revelou que a equipe iria dar uma volta olímpica se a equipe vencesse, o técnico tentou dominar a ansiedade. Foi firme. Nada de farra antes da hora, por respeito ao Atlético Mineiro e ao próprio campeonato. E a comemoração reservada aos campeões de fato, foi travada. Mas seus atletas não conseguiram se segurar. Até porque sabiam que tinham pela frente um eventual rebaixado do Brasileiro. Sem dinheiro para montar uma equipe competitiva, o Coritiba não mandou Ney Franco embora antes desse jogo por acaso. O plano de elenco mais experiente apenas para sustentar o time na Primeira Divisão naufragou. A direção tentou uma última atitude desesperada antes da confirmação da volta à Segunda Divisão. Despachou Ney Franco e entregou a equipe nas mãos de Pachequinho. O treinador interino sabia que o Corinthians tentaria se impor. Fazer uma festa. E celebrar diante de sua torcida, o título mais do que iminente, irreversível. Com quase tudo perdido, apostou nos contragolpes. Principalmente nas costas dos laterais reservas de Tite. A equipe paranaense tinha três atacantes. Dois abertos pelo lado e um artilheiro veterano no meio. A preocupação de Pachequinho era travar Renato Augusto e Jadson. Apostava mais do que em João Paulo e Alan Santos. O Coritiba treinou muito bem a recomposição sem a bola. Duas linhas de quatro na intermediária. Imprensadas, não davam nem 30 metros para os cerebrais meio campistas corintianos atuarem. E ainda travava as investidas "surpresa" de Elias. Elas só se abriam quando os paranaenses retomavam a bola. O plano tático de Tite dependia muito do lado psicológico. Como na partida contra o Flamengo, ele queria paciência, consciência. Sem pressa. Desejava o controle do jogo. E no primeiro tempo, seu time conseguiu tocar a bola com visão do que acontecia. Tinha um adversário inferior pela frente. E desesperado para tentar se salvar, ficar na Série A. Com seu meio de campo adiantado, o Corinthians deu a falsa impressão que iria massacrar. Aos 12 minutos, o time acertava a trave com Jadson. Dois minutos depois, pênalti para o Corinthians. Desta vez sem dúvidas. Edílson ganhou dividida de Carlinhos e invadiu a área. O jogador do Coritiba o acompanhou e tropeçou. Mas derrubou o corintiano. Penalidade bem marcada pelo árbitro Fifa da Federação Paraense, Dewson Fernando Freitas da Silva. Jadson bateu com segurança. Corinthians 1 a 0.

O gol deu confiança. E mesmo diante do bom sistema de marcação, o Corinthians impunha o potencial de seus jogadores. Aos 35 minutos, Wilson fez ótima defesa, quando Elias desceu sozinho, tocou no canto esquerdo, mas o goleiro fez excelente defesa. O jogo estava sob controle até o primeiro erro gravíssimo da arbitragem. Após escanteio para o Coritiba, Gil desvia a bola de cabeça. Ela toca no chão e acaba tocando mão de Edílson. Pelo critério que a Comissão de Arbitragem adotou durante todo o Brasileiro, pênalti, sem a menor dúvida. Mas Dewson preferiu não marcar. Decisão absolutamente equivocada. O Coritiba foi muito prejudicado. Se no primeiro tempo, o Corinthians mereceria ter marcado muito mais do que apenas um gol, no segundo, tudo iria se reverter. E o Coritiba viraria senhor do jogo. A troca do veterano Juan por Thiago Lopes foi excelente para os paranaenses. O time passou a ter mais verticalidade na hora de atacar. Carlinhos também ganhou liberdade para mostrar o fraco poder defensivo de Edílson. Tudo mudaria rápido demais. Carlinhos cruzou e Negueba entrou nas costas de Guilherme Arana. E empatou o jogo. Logo no primeiro minuto da segunda etapa. Um frio na espinha dominou os jogadores, Tite e os torcedores que quebraram novo recorde no Itaquerão. Era como se fosse uma heresia o Coritiba empatar o jogo. E só não virou, aos três minutos, porque Kléber furou. Henrique chutou cruzado, Cássio espalmou e bola caiu onde estava o veterano atacante. Ele tentou caprichar tanto no voleio que acabou furando. Aos seis minutos, Negueba passou por Arana e Malcom e cruzou de pé esquerdo. A bola beijou a trave direita de Cássio, que ficou parado, olhando assustado.

Tite teve de gritar muito com seus jogadores para que reagissem, saíssem do estado de letargia, antes da virada do Coritiba. E Malcom obrigou Wilson a grande defesa. Em seguida, Elias quase marcou de letra, Rafael Marques salvou em cima da linha, aos 10 minutos. Mas o Coritiba seguiu melhor, com seu meio de campo marcando forte a saída de bola corintiana. E atacando em velocidade pelas pontas. O lado psicológico estava travando os corintianos. Apenas Ralf não conseguia travar as tabelas na intermediária corintiana. Gil e Felipe estavam desprotegidos. Thiago Lopes ficou cara a cara com Cássio, mas chutou fora. Em seguida, outro erro gritante de Dewson Fernando Freitas da Silva. Alan Santos lança Henrique livre. O árbitro segue a marcação equivocada do bandeira Guilherme Dias Camilo. O atacante depois de ouvir o apito tenta driblar Cássio e simula pênalti que não aconteceu. Mas ele não estava impedido. Diante das circunstâncias, a torcida e o time corintiano estavam conformados com o empate. Mas só que, aos 42 minutos, Edílson cruzou da direita, Danilo desviou e Lucca se antecipou à zaga e estufou as redes de Wilson. De maneira injusta, Corinthians 2 a 1. A torcida fez uma festa emocionante. Cantou a plenos pulmões o coro de "é campeão". Os jogadores agradeceram. Mas seguiram a ordem de Tite e não deram volta olímpica. Mas sabem que têm grande chance para serem hexacampeões neste domingo, pela televisão. Ou então tudo ficará apenas para o dia 19, quanto terá o Vasco pela frente, no Rio. A comemoração empolgante foi mais do que merecida. Pelo que o time fez durante todo o Brasileiro. Não hoje. A vitória foi injusta. O empate ou até a vitória paranaense seria o mais correto pelo volume de jogo. Mas Lucca e a sorte de hexacampeão não deixaram...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 07 Nov 2015 21:29:00

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