terça-feira, 3 de novembro de 2015

O retorno de Diego Lugano ao São Paulo nunca esteve tão bem encaminhado. Leco precisa de uma grande notícia e um novo líder em 2016, sem Ceni. De graça, o uruguaio seria a melhor aposta...

O retorno de Diego Lugano ao São Paulo nunca esteve tão bem encaminhado. Leco precisa de uma grande notícia e um novo líder em 2016, sem Ceni. De graça, o uruguaio seria a melhor aposta...




"Ele vem de graça. Ele vem de graça. Ele vem de graça." Esse é o mantra que o presidente do São Paulo, Carlos Augusto Barros e Silva, o vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, e o gerente Gustavo Oliveira, têm ouvido diariamente. Conselheiros e funcionários do clube não deixam de lembrar, sorrindo, quando os encontram. Leco, Ataíde e Gustavo não conseguem escapar. Precisam enfrentar a obsessão no Morumbi por Diego Alfredo Lugano Moreno. É como se houvesse um complô espontâneo para convencer o trio que formará o novo elenco para 2016. Todos concordam que Rogério Ceni não irá continuar. O goleiro jurou que não haverá reviravoltas. E desta vez, de maneira clara, a diretoria não quer mais a sequência do jogador de 42 anos. Querem que o ídolo deixe os gramados de maneira digna, titular do time. O clichê é verdadeiro. Com ou sem Libertadores, os dirigentes querem um novo líder. O sonho do ex-presidente Carlos Miguel Aidar é impossível. Felipe Mello foi contratado pela Inter por 11 milhões de euro, cerca de R$ 45 milhões. Leco adora Kaká. Mas ele continuará no Orlando City até 2018. Com uma dívida de R$ 300 milhões, o São Paulo reformulará o elenco de forma mais barata possível. Talvez o maior investimento seja no treinador. Doriva sabe que suas chances são remotas, quase zero de continuar. Os nomes continuam sendo discutidos. Houve enorme decepção com Falcão e seu apático Sport na derrota de sábado para o próprio São Paulo por 3 a 0. Cuca é nome que empolga. O problema é receber R$ 2 milhões mensais no Shandong Luneng. Muricy tem a resistência ferranha de Leco. Depois do treinador, há uma enorme dúvida que atormenta o trio. Trazer ou não Diego Lugano para 2016? O uruguaio completou 35 anos ontem. O clube fez questão de parabenizá-lo no seu twitter oficial. O jogador já disse mais de trinta vezes que deseja ter uma última passagem pelo Morumbi, antes de encerrar a carreira. Seu desejo tem mais de três anos. A mesma insegurança dominou Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar. Contratar ou não o uruguaio? Desde que saiu do São Paulo, em 2006, ele enriqueceu. Atuou em cinco clubes. Só repetiu o mesmo futebol vibrante, raçudo, no Fenerbahçe. Tanto que foi da Turquia para o Paris Saint Germain, com um salário de 330 mil euros, cerca de R$ 1,3 milhão mensais. Foi mal demais no clube francês. Desde 2011, seu futebol entrou em decadência.

Passou pelo Málaga, emprestado gratuitamente, pelo West Bromwich Albion, BK Häcken, da Suécia, até desembarcar no Cerro Portenho. No Paraguai tem reclamado de lesões nos joelhos. Ficou de fora de várias partidas. Mas quando joga, tem mostrado bom futebol. Virou o grande líder que se esperava. Ao assinar seu contrato com o Cerro, Lugano foi claro. Exigiu uma cláusula de liberação gratuita para o São Paulo. Se o clube paulista quiser seu retorno, ele pode sair. Sem render um centavo aos paraguaios. Juan Carlos Osorio foi absolutamente contra o seu retorno. Doriva também vai no mesmo caminho. "Não basta ter sido um grande ídolo, tem que estar vivendo um momento bom também. Sei que ele foi muito bem aqui, deixou sua marca, mas teria que vir para jogar em alto nível." Esses dois treinadores tão diferentes concordam pelo mesmo motivo. Será um tormento trazer de volta Lugano e não colocá-lo para jogar. Mesmo não estando bem tecnicamente. O ambiente no Morumbi, com certeza, ficará infernal. Leco percebeu que precisa de notícias positivas no futebol. E um eventual retorno de Diego Lugano seria ótimo para o seu relacionamento com a torcida, com a mídia. Ainda mais sem Rogério Ceni e também Luís Fabiano, que já se prepara para ir embora também.

"Tenho recebendo uma crescente onda de interesses sobre a figura dele. Isso está me obrigando a ter que pensar melhor no caso. Não posso ficar indiferente porque não sou mais dono de mim. Agora, o São Paulo é meu dono.;" Esta foi a bela maneira de Leco dizer em praça pública, que por ele, se os conselheiros e a Comissão Técnica quiserem, Lugano voltará. A pessoa mais próxima ligada a Lugano e ainda com influência no São Paulo é Marco Aurélio Cunha. O médico se tornou coordenador da Seleção Brasileira Feminina de Futebol. Ao longo dos últimos anos, o zagueiro uruguaio veio confirmando a ele o sonho de voltar a atuar pelo clube que foi campeão mundial. "O dinheiro sempre foi um dificultador para o retorno do Diego. Ele realmente tem muito carinho pelo São Paulo. Acompanha há anos o que acontece no clube. Mas onde jogava deixava seu retorno impossível, ganhava muito", confirmou Marco Aurélio ao blog.

Diego Lugano assinou por um salário importante para o Paraguai, não para o futebol brasileiro, para o São Paulo. Ele recebe US$ 70 mil, cerca de R$ 266 mil. Michel Bastos, Rogério Ceni, Luís Fabiano, Paulo Henrique Ganso, Alan Kardec, Alexandre Pato ganham mais do que isso. Tudo só depende de Leco. Seja o treinador que for comandar o São Paulo em 2016, não há como não aceitar no elenco um jogador imposto pelo presidente. Foi nestas condições que Diego Lugano desembarcou no clube, contratado pelo falecido Marcelo Portugal Gouveia. Desconhecido, sem apoio nem da mídia uruguaia, ganhou o apelido de "jogador do presidente". Lugano acabou se impondo como grande líder no time. E desde que saiu, em 2006, desperta saudade dos torcedores são paulinos. Na verdade, são nove anos de obsessão por seu retorno. Ao contrário de Juvenal e Aidar, Leco está balançado. E disposto a fazer a vontade de conselheiros e organizadas. Nas últimas conversas com conselheiros, ele repete. Só exige o aval positivo do departamento médico. Não o quer encostado, sem jogar. O retorno de Diego Lugano nunca esteve tão encaminhado. Vale lembrar sua promessa que relembrou à ESPN, já no Paraguai. "Meus planos futuros são jogar bem aqui, no Cerro Porteño. E encerrar a carreira lá no São Paulo. Como sempre disse que gostaria..."





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 03 Nov 2015 13:36:22

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