segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Neymar disputa com Messi e Cristiano Ronaldo o prêmio de melhor do mundo pela Fifa. Neymar do Barcelona. O da Seleção não ficaria nem entre os 50 melhores...

Neymar disputa com Messi e Cristiano Ronaldo o prêmio de melhor do mundo pela Fifa. Neymar do Barcelona. O da Seleção não ficaria nem entre os 50 melhores...




Neymar mereceu a indicação entre os três melhores do mundo da Fifa. O Neymar do Barcelona é um jogador fantástico, fabuloso. Que consegue colocar em prática todo o seu talento em prol da equipe, do coletivo. Este encanta os treinadores, os jornalistas, os torcedores e os próprios jogadores do mundo todo. O camisa 11 do time catalão é fantástico. Já o camisa 10 da Seleção Brasileira não merece estar nem entre os 50 melhores do mundo. Todo o seu talento é desperdiçado. Abusa de toda a carência que o país vive. Com uma geração de jogadores médios, Neyma se destaca. Se impõe. E aceita os privilégios dados por Dunga. Sem perceber, o treinador o mima, o estraga. Desperdiça seu futebol. Aplaude dribles desnecessários que matam contragolpes, faltas cobradas por egoísmo, seu estrelismo com os árbitros, que custou quatro partidas de suspensão. Esse atacante não faz falta a time algum. Mas a sorte é que quando rompe a fronteira da Espanha, Neymar se adapta ao manual de comportamento exigido pelo Barcelona. O primeiro item é total respeito ao treinador. Luis Enrique se impõe em cada treinamento. Não admite como Tata Martino ataques de estrelismo. Coloca o brasileiro para jogar e o tira como bem entende. A passagem do treinador argentino já serviu para mostra aos catalães do que Neymar é capaz. Quando contrariado age ainda como um menino irritado. Com Luis Enrique amadureceu à força. E dentro de campo, os resultados são fabulosos. Aos 23 anos, Neymar se tornou um fenômeno. Depois de oito anos, o Brasil tem um representante entre os três maiores do mundo. Kaká havia sido o último a ganhar esse troféu, em 2007. Ronaldo é o recordista com três conquistas. Ronaldinho Gaúcho, duas. Rivaldo e Romário venceram uma. Não é para menos. Ele forma o ataque mais poderoso do mundo, com Messi e o uruguaio Suarez, com quem concorreu diretamente para estar na eleição. Neymar usa sua habilidade incrível com os dois pés para marcar gols, dar assistências. É o parceiro ideal para roubar a atenção da marcação e deixar o genial Messi mostrar porque ainda tem todos os recursos de melhor do mundo. O que atrapalhou nesta temporada foram as contusões. Suárez, é o artilheiro corajoso, habilidoso, implacável. A eficiência do tridente, que tem Iniesta como provedor, é algo empolgante. A prova de que o futebol pode ser lindo e efetivo. São 125 gols distribuídos entre os três em 2015. Messi com 44, Suárez com 40 e Neymar, 41. Aliás, ele é o artilheiro isolado do Campeonato Espanhol com 15 gols. Neymar chegou onde Robinho jurou que chegaria, disputar o posto de melhor do mundo, e não passou nem perto. Não só por ser um atleta com muito mais recursos. Mas por ter a visão de que não adiantaria brigar para ser a estrela do Barcelona, como fez, ingenuamente, Robinho no Real Madrid.

Neymar aceitou ser um mero coadjuvante no início para Messi. O próprio argentino sabia que era apenas uma questão de tempo. O brasileiro iria amadurecer e seu talento se aprimoraria. A dúvida era se seria para o bem ou para o mal do Barcelona. Se o jovem brasileiro se comportasse na Catalunha como faz na concentração brasileira, seria mais uma estrela sem rumo. Só que não foi assim. Seu pai foi firme. Assim como a direção do clube e os próprios companheiros. Embora tenha se tornado o rei das entrevistas insanas, a influência de Daniel Alves foi fundamental. Ele cansou de explicar a importância de Neymar aceitar que a grande estrela do clube catalão se chama Messi. Mas repetiu à exaustão uma expressão que mudou a vida do brasileiro. "Por enquanto." Ou seja, Neymar entendeu que ninguém é eterno nessa vida. Nem Messi no Barcelona. Ele tem 28 anos. Cinco a mais do que o brasileiro. Daqui dois anos ou três anos, por exemplo, pode ser que um gigante bancado por xeques árabes como o Paris Saint-Germain o contrate. Ou ainda o Chelsea, que nada no dinheiro da antiga União Soviética. O bilionário Bayern. Ou até mesmo o futebol chinês. Ou norte-americano. Daqui três anos, Neymar terá 26 anos. E estará ainda chegando ao ápice da carreira de um jogador. Entre 26 e 28 anos. Com o avanço da fisiologia, da preparação física, dos suplementos, talvez desfrute de seu talento por muito mais tempo. Dentro de campo, a perspectiva de seu crescimento é imensa. No Barcelona.

Na Seleção, ele precisará encontrar um treinador que respeite profundamente. E já provou que não é o que acontece com Dunga. Mostrou que ainda não entendeu e não tem a menor vontade de entender sua importância para o Brasil. E que o país se acostumou a grandes seleções. Aqui não é a Suécia ou Portugal que se contentam com times médios e uma grande estrela. Não. O que Neymar precisa fazer em campo é se desdobrar. Ser o comandante da Seleção. Um líder técnico, que consegue elevar o nível dos seus companheiros. Ele ainda acredita que é uma prima donna que está fazendo o favor de vir para cá disputar Copa América, Eliminatórias. Sabe que sua presença nos amistosos significa mais dinheiro para a CBF de Marco Polo. Ele não quer ser vaiado, questionado na Seleção. Apenas ser adulado, aplaudido. Este é o problema. Já que a CBF não se respeita e não respeita o time brasileiro, Neymar faz o que quer. Até taticamente. O resultado é pífio. Porque ele guarda todo seu egoísmo para jogar com a camisa verde e amarela. E Dunga tem de tolerar. Porque se Neymar decidir um dia não atender às convocações, a Seleção estará perdida. A safra atual é apenas mediana. E não suporta a pressão de representar o Brasil. Sem o jogador do Barcelona como escudo, tudo naufragará de vez. O pior é que Dunga, como Felipão, não trabalha um plano B. Neymar em 2016 será a estrela e o capitão da Seleção principal e também da Olímpica, com a obrigação de ganhar a medalha de ouro no Rio. Qualquer ataque de estrelismo será fatal.

"Acho que mereço, sim, pelo que venho fazendo. Nunca joguei para ser o melhor do mundo. Sempre joguei para ser melhor do que eu mesmo, me superando, superando minhas metas, jogando melhor, treinando melhor... Ser o melhor do mundo é consequência do seu trabalho", disse à TV Globo.

Sem dúvida alguma, o mérito é todo de Neymar. Em apenas seis anos, ele conseguiu impactar o mundo com seu talento. Está no apogeu pelo Barcelona. Seu foco é na Catalunha, na Champions, no Espanhol, na Copa do Rey, nos amistosos. O que já é muito. Quando ele conseguir fazer o mesmo com a Seleção, aceitando ter parceiros com menos potencial e menor entrosamento, será fabuloso para o Brasil. Por enquanto isso não acontece. Neymar merece estar entre os três melhores do mundo. Ao lado de Messi e Cristiano Ronaldo. Mas o do Barcelona. O da Seleção Brasileira? De jeito nenhum...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 30 Nov 2015 13:07:03

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