segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Folgas exageradas, reunião no vestiário após derrota, péssimo preparo físico. Marcelo Oliveira e sua Comissão Técnica questionados no Palmeiras. Paulo Nobre exige reação e clube na Libertadores em 2016. Derrota para o Vasco foi a gota d'água...

Folgas exageradas, reunião no vestiário após derrota, péssimo preparo físico. Marcelo Oliveira e sua Comissão Técnica questionados no Palmeiras. Paulo Nobre exige reação e clube na Libertadores em 2016. Derrota para o Vasco foi a gota d'água...




Qual o problema do Palmeiras? O time ainda tem duas frentes para chegar à Libertadores de 2016. A final da Copa do Brasil e o Brasileiro, no qual apenas seis pontos separam o time do G4. Mesmo assim, o clima é profunda tristeza, preocupação, medo da diretoria. Não há a mínima confiança na classificação do caro time, montado depois de 25 contratações. E entregue ao técnico atual bicampeão brasileiro. O time acumula três derrotas no Brasileiro. Joga mal, sem confiança. Seu preparo físico é péssimo. Não há desenho tático. Principalmente na recomposição. Organizar contragolpes contra o time de Marcelo Oliveira é algo fácil demais. Equipes juniores e juvenis iriam se aproveitar do espaço que o Palmeiras oferece. Não adianta o técnico colocar um, dois ou três volantes, sua equipe é vulnerável. A situação está escapando do controle. A reunião de Marcelo Oliveira ontem com os jogadores, após a derrota para o lanterna Vasco da Gama em plena nova arena, não teve o resultado que o treinador desejava. Os gritos com o time tiveram efeito contrário. A diretoria não o viu com o disciplinador. Muito pelo contrário. Conselheiros muito próximos de Paulo Nobre têm criticado a falta de treinamentos de Marcelo. Não se conformam que a programação tenha sido mantida depois do vexame diante do Vasco. Ele deu dois dias de folga aos jogadores. Como tinha acontecido na semana passada. E na quarta-feira, a reapresentação é apenas à tarde. Por mais que ele vá levar o time para treinar em Atibaia até o jogo contra o Atlético Paranaense, dia 18, em Curitiba, a folga foi muito contestada. O executivo de futebol, Alexandre Mattos, foi quem trouxe Marcelo para o clube. Garantiu a Paulo Nobre que ele era o melhor técnico do Brasil. A dupla teve muito sucesso no Cruzeiro. Mas o executivo acabou subestimando a pressão que é trabalhar no Palmeiras. Ainda mais com o clube usufruindo do primeiro ano com nova arena, com a obrigação de classificar o time para a Libertadores. Já que será, teoricamente, o último ano de Paulo Nobre como presidente. Assessores ligados ao presidente acreditam que, se tudo der certo, haverá um movimento para que o dirigente mude o estatuto. E os mandatos no Palmeiras passem a ser de três anos, o que poderia fazer com que ficasse até 2017.

Alexandre Mattos e Marcelo Oliveira não têm como frear o entusiasmo do seu patrão. Mas não consideram uma atitude inteligente Paulo Nobre avisar que fará grandes contratações em 2016, se o time se classifique para a Libertadores. Inclusive com a patrocinadora Credifisa bancando reforços importantes, personificando a nova Parmalat. Jogadores que não têm seu futuro garantido no clube, como Aranha, Victor Ramos, Andrei Girotto, Kelvin já dão mostras de tensão. Assim como Rafael Marques. Ele sabe que o Henan Jianye o quer vender. O preço é de U$ 1,5 milhão, cerca de R$ 5,6 milhões. O atacante não desfruta do apoio de Marcelo Oliveira. Pelo contrário. Ele acredita que o Palmeiras poderá usar esse dinheiro em outros atletas. Quem o considerava imprescindível era Oswaldo de Oliveira. Rafael Marques é muito querido no elenco. E em toda entrevista deixa claro que deseja continuar no Palmeiras. E se mostra desiludido ao ter de comentar que não foi procurado ainda para resolver sua situação. Alexandre Mattos já conversou sério com Marcelo Oliveira. O pedido é que não se estenda em projeções para 2016. Procure valorizar ao máximo o atual time. Mesmo jogadores que sabem que vão continuar estão irreconhecíveis, de tanto nervosismo. Como Gabriel Jesus, por exemplo. Seu rendimento caiu demais nas últimas partidas. É uma das preocupações no clube.

Está claro que o Palmeiras não está sabendo administrar a pressão de toda expectativa que gerou. Assim como Paulo Nobre segue se mostrando tenso, irritado. O trabalho de Juvenilson de Souza também está sendo questionado. A falta de rendimento físico, principalmente no segundo tempo, é algo transparente. Inaceitável. A desculpa que Nobre ouviu é que o lado psicológico está desequilibrando fisicamente os atletas. É mais falta de confiança do que potência física. Marcelo Oliveira sabe que a concentração em Atibaia precisa servir para uma arrancada fulminante nas seis partidas que ainda faltam no ano. Quatro no Brasileiro e duas na Copa do Brasil.

A situação é simples e cruel. Ou o Palmeiras se classifica para a Libertadores ou muita coisa mudará em 2017. Não só os jogadores estão sendo visados. A própria comissão técnica de Marcelo está na alça de mira. Paulo Nobre está profundamente decepcionado. Não esperava passar por esse sufoco nesta altura do Brasileiro. Com o time perdendo para o lanterna Vasco. E despencando na tabela. Já é o nono colocado, há seis pontos do G4. Na decisão da Copa do Brasil, a situação é difícil. Com um time muito mais barato, o Santos segue como favorito. E sob o comando de Dorival Júnior, técnico que dispensou. Se Marcelo Oliveira acredita que está sendo pressionado... Não imagina o que terá de suportar quando voltar de Atibaia...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 09 Nov 2015 11:34:27

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