terça-feira, 10 de novembro de 2015

O clima de batalha que está sendo criado para Vasco e Corinthians em São Januário. Vândalos prometem transformar o palco da partida importantíssima em praça de guerra. Indecente...

O clima de batalha que está sendo criado para Vasco e Corinthians em São Januário. Vândalos prometem transformar o palco da partida importantíssima em praça de guerra. Indecente...




"Só sei que Vasco e Gambás, é jogo pra diretoria meter ingresso a 2 reais pra quem for de Vasco, é jogo pra cair alambrado, não é jogo de festa, é guerra, mulher e criança estão proibidas de ir. É dia de dar calote na ida e na volta, fazer churrasco e encher a cara 6 horas antes do jogo, dia de tirar soco inglês da gaveta, de passar pano úmido no oitão, recepcionar jogador e torcida com pedras, morteiro e bomba, se voltarem com menos de 10 janelas quebradas nem comemoro. Quem cantar olê olê olê vai entrar na porrada, é pra ficar sem voz, pra arrebentar a veia do pescoço, deixar o goleiro deles cego com laser, Gda e seus guardas chuva e cachecóis não são bem vindos nesse jogo. É jogo pra vaiar gamba com a bola no pé o tempo todo, pular igual louco no estádio, xingar família toda do juiz, entrar com bombas escondida nas calças, mandar o gepe tomar no cu, jogar morteiros nos gambas e vingar aquela criança, tentar pular pro lado deles várias vezes, deixar o gepe tonto no estádio, ameaçar mãe de bandeirinha, pular a roleta, já entrar vomitando de tanto pó nas ventas, ir na tribuna agredir idoso filho da puta que não acredita, dia de distribuir TÁ LIGADO em quem não cantar, dia de gritar acabou o amor, vai começar o inferno... É guerra caralho, tudo pelo Vasco, porra!!!!!!!!!!!!!" É essa "obra de arte renascentista" que chegou até a direção do Corinthians. Também desembarcou nas redações de portais e jornais. E mobiliza a Polícia Militar do Rio de Janeiro. De revirar o estômago. Ameaças apócrifa, sem assinatura, identidade. Covarde. Mas atribuída, de maneira irresponsável, às organizadas do Vasco. Mais precisamente à Torcida Jovem. O que só deixou o clima mais tenso. E as estúpidas ameaças deram certo. A diretoria do Corinthians já acionou o Ministério Público pela imprensa. Alertou sobre o risco de fazer a partida que pode confirmar o hexacampeonato em São Januário. É uma maneira de pressionar a CBF. Alertar sobre a irresponsabilidade de confirmar a partida no acanhado estádio e não no Maracanã. Eu já trabalhei diversas vezes em São Januário. Estádio histórico, mas que ficou ultrapassado pela incompetência das seguidas diretorias vascaínas. Um clube tão importante mereceria uma reforma profunda, de verdade no seu estádio. Não as várias maquiagens que são feitas quase anualmente. O acesso é terrível, complicadíssimo. Os ônibus adversários ficam à mercê de vândalos. E eles desabafam suas frustrações com tijolos, pedras, latas de cerveja cheias nas vidraças desses veículos. Isso acontece há décadas. As ruas estreitas dificultam manobras e a proteção dos policiais aos ônibus. E facilitam qualquer tocaia.

Está longe de ser um privilégio carioca. Na Vila Belmiro é bem parecido. As queixas no Independência vão no mesmo sentindo. Na nova arena palmeirense é um parto para os ônibus adversários chegarem. Times de fora de Porto Alegre também reclamam da insegurança do trajeto das novas arenas. E da selvageria dos "arremessadores" de pedras. Corintianos em 2011 mostravam receberam só pedras em um ônibus que os levava para São Januário. Mas também tiros. Sim, tiros. Tudo se agrava fica pior quando o jogo é importantíssimo para os dois rivais. O Vasco é o penúltimo do Brasileiro. Precisa desesperadamente vencer a partida da quinta-feira, dia 19. Os três pontos conquistados em casa e, os rivais perdendo, significa sair da zona do rebaixamento faltando três rodadas para o torneio nacional acabar. Em compensação, uma derrota seria caótica. Restariam dois jogos com rivais diretos no Z4, Joinvile e Coritiba. Partidas marcadas para Santa Catarina e Paraná. E ainda um último jogo em casa contra o Santos. Ou seja, vencer o líder do Brasileiro é fundamental.

E, nesta terra da impunidade, há pessoas que acreditam: qualquer recurso é válido. E vândalos costumam se infiltram em torcidas para celebrar sua selvageria. Além do ônibus, os próprios corintianos que se atreverem a ir para São Januário já sabem. A rivalidade entre as organizada dos dois clubes tem um histórico de violência. Pequenas tocaias são comuns tanto em São Paulo e Rio de Janeiro. O ódio só ficou público em 2013. O conflito aconteceu no elefante branco de R$ 1,9 bilhão chamado Mané Garrincha. Em Brasília, Vasco e Corinthians jogavam. As organizadas se provocavam. No intervalo, os corintianos invadiram a área reservada para os rivais. A PM entrou no meio, desesperada, e a briga passou a ser entre corintianos e policiais. No meio desta selvageria ficou célebre o momento que o pai protege o filho vascaíno com o corpo. Algo tão comovente quanto vergonhoso. Em agosto deste ano, novo confronto. O Corinthians fez amistoso contra o ABC. E o Vasco jogava pela Copa do Brasil com América. No aeroporto de Natal, 17 corintianos espancaram e roubaram dois vascaínos. Houve o juramento de revanche, no jogo entre os dois clubes, no Rio de Janeiro. O Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) só cuida da segurança de jogos no Rio. Já sabe da rivalidade entre vascaínos e corintianos. Ainda recebeu a ameaça, creditada, sem provas às organizadas vascaínas. E já decidiu aumentar o número de policiais envolvidos neste confronto. Em vez de cem, serão, por enquanto, 180. Mas há a possibilidade de aumentar. O presidente vascaíno, Eurico Miranda, já avisou que ninguém vai tirar o jogo de São Januário. De "jeito algum." O dirigente é autoritário, reacionário e tudo mais o que qualquer torcedor pensar. Mas desta vez ele está coberto de razão. A CBF liberou São Januário para o Brasileiro.

Não colocou qualquer cláusula no torneio que a autorizasse mudar o local do confronto. Isso só acontece de comum acordo entre os dois clubes, quando há proposta financeira interessante. Como usar algum dos elefantes brancos que restaram da Copa do Mundo. Ponto final. Ou seja, cabe às autoridades garantir a segurança deste jogo. A Polícia Militar precisa cumprir a sua obrigação. E coibir brigas, pedradas e prender os vândalos. Um grande serviço seria identificar o autor da ameaça. De maneira irresponsável ele potencializou o clima bélico. E nada acontece a essa pessoa. Tudo é muito amador. Neste clima, disputa importantíssima. O Corinthians para ser hexacampeão brasileiro. O Vasco da Gama tentando sobreviver na Série A. E as pessoas com medo de irem assistir ao jogo.

É indecente...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 10 Nov 2015 13:57:23

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