segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Goleada de 6 a 1 dos reservas do Corinthians implode São Paulo. Acabou com o planejamento. Leco é obrigado a dar uma resposta para a torcida e diretoria. Novo técnico pode ser anunciado e jogadores afastados...

Goleada de 6 a 1 dos reservas do Corinthians implode São Paulo. Acabou com o planejamento. Leco é obrigado a dar uma resposta para a torcida e diretoria. Novo técnico pode ser anunciado e jogadores afastados...




Os efeitos colaterais dos 6 a 1 para os reservas do Corinthians foram imediatos. E afetaram direto o vice-presidente Ataíde Gil Guerreiro. Ele nunca se deu bem com as principais organizadas do São Paulo. A relação, por coincidência ou não, piorou com a saída de Carlos Miguel Aidar. Desde que, mergulhado em denúncias gravíssimas, Carlos Miguel renunciou, Ataíde não tem paz. É xingado e ameaçado constantemente. Após a goleada de ontem, torcedores foram ao centro de treinamento do clube. Jogaram pedras contra o ônibus que levava o time que juram amar. Quebraram duas janelas. Foram necessárias dez viaturas da Polícia Militar para dispersar os torcedores. Eles queriam encontrar o dirigente. Ele não apareceu. Alguns tentaram ir para a frente de sua casa protestar. Na última hora desistiram. Mas vão intensificar a pressão. Querem sua demissão. De qualquer maneira. Ele é apontado como o culpado do vexame. Ataíde sabia que isso aconteceria. E tomou uma decisão precipitada, amadora, ainda em Itaquera. Carlos Augusto Barros e Silva havia pedido a ele paciência. Ambos escolheriam o novo treinador após o fim da temporada. Iriam observar o mercado e escolher com calma. Ainda este ano. Técnicos importantes poderiam ficar sem emprego. Como, por exemplo, Marcelo Oliveira do Palmeiras. Ou Levir Culpi do Atlético Mineiro. Além dos já desempregados Paulo Autuori e Diego Aguirre. E Cuca também poderia negociar com os chineses do Shandong Luneng sua rescisão. Além disso, Leco havia conversado duas vezes com Juan Carlos Osório. O colombiano esteve no Morumbi para acompanhar a partida com o Atlético Mineiro. E recebeu do presidente o pedido para analisar o mercado sul-americano. E indicar um treinador ao São Paulo. Osório foi muito bem recebido pela torcida. O técnico do México até recebeu abraços de torcedores nos gols da vitória por 4 a 2. Ele disse que um dia voltará, já que Aidar se desligou do São Paulo.

A indicação de Osório e os candidatos seriam analisados com calma. Mas acontece que Ataíde Gil Guerreiro se precipitou. Ele acreditou que deveria tomar uma atitude. Sair do foco da pressão. Há muitos conselheiros importantes que questionam o seu trabalho. E não o perdoam até por, muito mais forte do que Aidar, ter dado um soco na cara do ex-presidente. Há quem ainda insista que ele deveria ter sido suspenso ou até expulso do clube. Em Itaquera, Guerreiro fez uma declaração egoísta. Traiu o acordo com Leco. E garantiu que o São Paulo contratará um novo treinador ainda essa semana. Companheiros de diretoria estão revoltados. Perceberam o que ele está fazendo. Quer o técnico como escudo, desviar o foco da imprensa, dos torcedores. Seria uma loucura contratar um treinador faltando duas partidas para a temporada terminar. O time tem o Figueirense no Morumbi e o Goiás em Goiânia. É o quarto colocado do Brasileiro. Se o Santos for campeão da Copa do Brasil, os cinco primeiros do campeonato se classificam para a Libertadores. Duas vitórias simples da equipe, garante o clube na principal competição do continente. Mas a vida do vice presidente de futebol do São Paulo está insuportável. Seus familiares e amigos estão muito preocupados com as ameaças de vândalos infiltrados na torcida. Por isso Ataíde, quer o técnico já. Diego Aguirre está à mão. O seu empresário, Juan Figer, tem o contrato do Al-Gharafa do Catar para o treinador. Aliás, o clube árabe já o anunciou como treinador há três dias. No seu site oficial. Figer diz que foi apenas uma carta de intenções. Nada está sacramentado. Depende do São Paulo. Jura que o uruguaio quer comandar o São Paulo. Se o convite vier, ele aceita na hora.

Assim também estaria Paulo Autuori. Ele se demitiu do Cerezo Osaka, time da Segunda Divisão do Japão. Ele classificou a equipe para os playoffs, deixou de brigar por uma das duas vagas na elite do futebol do país oriental. Em Belo Horizonte se comenta que Cuca cansou da China. E quer aproveitar o interesse do São Paulo. Retornaria com o preparador físico Carlinhos Neves ao Morumbi. Ambos só precisam se livrar do contrato com o Shandong Luneng. Com a traição de Ataíde, Leco se viu pressionado. E deverá dar uma coletiva ainda hoje, às 16 horas. Conselheiros dizem que tudo é possível. Todos sabem no Morumbi que Leco é muito impulsivo. E que não admite ser cobrado. Ele sonhava com a presidência do São Paulo há décadas. Apesar de recém-eleito, quer ficar dois mandatos. Para isso, é obrigatório recuperar o futebol do clube. Leco gosta de passar a imagem de enérgico. Ele ficou revoltado com a passividade do time diante do Corinthians. Conselheiros insistem que deveria afastar alguns jogadores do elenco. Atletas desmotivados, que não estariam se empenhando em campo. Wesley é o mais ameaçado. Luís Fabiano também. Seu contrato termina no final deste ano e Leco não mostra a menor vontade de renovar. A venda de Paulo Henrique Ganso virou obsessão para conselheiros importantes. O medo é afastar alguém e implodir o ambiente entre os jogadores, que já é péssimo. Mesmo se não acontecer agora, no próximo ano esse elenco será reformulado. Mesmo se o treinador for Fernando Collor de Mello.

O 6 a 1 também afetou o departamento de marketing. O clube busca desesperadamente um patrocinador master para 2016. O vexame que passou ontem afasta interessados. Quem gostaria de amarrar sua marca com vexames. Além disso, cada vez mais está esvaziada a despedida de Rogério Ceni, marcada para 11 de dezembro. Se o São Paulo não chegar à Libertadores será caótico. Leco quer dar uma resposta imediata. Mostrar poder, indignação. Ataíde implora a contratação de um técnico já. Conselheiros estão histéricos. Acreditam que algo importante será anunciado. O presidente tomará uma atitude. Precipitada ou não, só o tempo dirá. A goleada por 6 a 1 para os reservas do Corinthians foi demais. Implodiu a paz. Acabou com o planejamento do Morumbi...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 23 Nov 2015 12:12:48

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