segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Leandro Vuaden evita o rebaixamento do Vasco neste domingo. Marcou pênalti raro de Vanderlei em Nenê. Por 'ação temerária'. O goleiro santista não encostou no vascaíno. Mas sobrevivência na Série A depende do rival Fluminense...

Leandro Vuaden evita o rebaixamento do Vasco neste domingo. Marcou pênalti raro de Vanderlei em Nenê. Por 'ação temerária'. O goleiro santista não encostou no vascaíno. Mas sobrevivência na Série A depende do rival Fluminense...




O Vasco só não foi rebaixado neste domingo graças a Leandro Vuaden. O árbitro marcou um pênalti do goleiro Vanderlei do Santos. Mesmo sem ter tocado no meia Nenê. Não encostou. Mas o juiz agiu como pouquíssimos neste país. Marcou alegando "jogada temerária". Ou seja, o goleiro poderia ter machucado o vascaíno. Isso se tivesse encostado nele. Apesar do teatro de Nenê, a regra o protegia. Foi correta a ação do juiz. Não foi quando protegeu absurdamente Nenê. O principal vascaíno estava pendurado com dois amarelos. Ele agarrou duas vezes jogadores santistas. Teria de receber o amarelo. Mas estranhamente, o juiz não quis dar. Andrezinho sempre atrasado. Cansado, sem disposição, sem criatividade. Nem mesmo na bola parada, sua especialidade, funciona mais. Entra em campo pelo passado. Riascos parece um ensandecido lutador de MMA. Dá peitada, empurrões, cabeceia os cravos da chuteira adversária. Mas não tem a menor intimidade com a bola. Sua vontade é imensa. Mas não compensa a falta de técnica. Nenê fez o gol de pênalti. E agora, o Vasco precisa vencer o Coritiba no Paraná. E torcer desesperadamente pelo Fluminense na última rodada. O time do presidente Peter Siemsen, inimigo mortal de Eurico Miranda, não pode perder para o Figueirense em Santa Catarina. "Se eu não pulo, ele iria quebrar a minha perna", disse Nenê. "Eu nem encostei nele. Não foi pênalti de jeito nenhum. As imagens mostram que ele pulou para trás e gritou. Não aconteceu nada. Ele fez malabarismo", garantia Vanderlei. A diretoria do Vasco, seguiu a cartilha de Eurico Miranda. Se aproveitou ao máximo da chuva que caiu no Rio de Janeiro. Iria jogar às 17 horas. O sistema de drenagem do velho São Januário funcionou bem e a água que encharcava o gramado secou às 17h40. Mas os dirigentes conseguiram retardar o jogo para as 18 horas. Mesmo horário das partidas entre Palmeiras e Coritiba e Chapecoense e Goiás. Só que não satisfeitos, conseguiram enrolar mais vinte minutos. Ou seja, o clube carioca saberia os resultados dos rivais na luta pela sobrevivência. Dorival Júnior colocava a culpa no estúpido calendário brasileiro. O Santos não poderia colocar seus titulares no enlameado gramado vascaína. Precisava poupar os jogadores para a decisão da Copa do Brasil contra o Palmeiras, na quarta-feira. O que deveria ser uma vantagem para Jorginho, seus jogadores e os torcedores, se tornou uma tortura. O Goiás logo abria vantagem contra a acomodada Chapecoense. E o Coritiba se impunha diante da caricatura de time que o Palmeiras colocou em campo. Ou seja, ou Vasco vencia, ou seria rebaixado. Aí ficava evidenciada a fragilidade do time que Eurico Miranda entregou para Jorginho. Martín Silva, Madson, Rafael Vaz, Rodrigo e Julio Cesar; Diguinho, Serginho, Andrezinho e Nenê; Jorge Henrique e Riascos. Jogadores rodados, desgastados, em baixa. A exceção é Nenê. Aos 34 anos, o jogador mostra ótima fase. Foi o responsável por uma reação inesperada. O clube já dava vexames e mais vexames quando foi contratado. Era reserva no West Ham. Só tinha atuado por 127 minutos em 2015, quando chegou em agosto. Nenê mostrou a diferença do nível do futebol brasileiro em relação ao inglês e se transformou na grande estrela vascaína. Ele era o principal jogador na partida de hoje. Enquanto teve fôlego, flutuou pelas intermediárias. Seu toque refinado era o diferencial no jogo entre reservas desentrosados de um lado contra atletas fracos tecnicamente, vestindo uma camisa gloriosa e entusiasmados. Dorival Júnior colocou o Santos para atuar no 4-1-4-1. Precisava vencer para seguir brigando por uma das vagas na Libertadores. Porque se perder a decisão diante do Palmeiras pode ficar sem a principal competição da América do Sul. Mas não tinha o que fazer. Já Jorginho precisava ter a iniciativa do jogo. Era obrigatória a vitória. Ou viria o rebaixamento. E o Vasco fez o que era possível com seus atletas. Cruzamentos da intermediária. Chutes tortos da intermediária. Muita trombada na área nos escanteios, laterais e faltas do lado de campo. Já joga futebol de Segunda Divisão. Só alguém ultrapassado como Eurico Miranda para se deixar enganar pela conquista do irrelevante Campeonato Carioca. Por sua visão turva que milhões de vascaínos sofrem com um time fraquíssimo.

Foi um 4-2-3-1 que o desespero transformava em 4-2-4. Se o Santos reserva tivesse o mínimo de organização venceria o jogo nos contragolpes. Mas não teve. Foi uma das piores partidas no Brasileiro deste ano. Geuvânio estava perdido ao lado de companheiros imaturos como Léo Citadini ou péssimos como o famoso Nilson. Atacante que teve a coragem de perder gol contra o Palmeiras, sem goleiro, na primeira partida final contra o Palmeiras. O Vasco talvez tenha os piores laterais do futebol brasileiro. Madson e Júlio César não têm talento para atacar e nem sabem defender. Vivem de chutões e cruzamentos da intermediária, que pegam a zaga adversária de frente contra os vascaínos de costas. Diguinho é o pior volante que joga em clubes grandes no Continente Sul-Americano. Incapaz de sair com consciência com a bola dominada. É meio campista dos anos 60. Só tromba com os meias adversários, erra passes e tropeça. É incrível como seja titular no Vasco. Jorge Henrique não foi liberado pelo Internacional por acaso. Perdeu arranque, enxerga o jogo, mas não tem força física para fazer o que estava acostumado no Botafogo e no Corinthians: ser o homem surpresa do ataque. É apenas outro a viver do nome em São Januário. Está mais do que explicado porque Jorginho tem tudo para ser beatificado em São Januário. Essa equipe joga futebol de Segunda Divisão. A torcida, a gloriosa camisa e o trabalho do treinador que ainda evitaram o rebaixamento. O técnico tira a alma dos atletas. Eles se desdobram como ensandecidos kamikases tentando ficar na Série A. O lance que decidiu a horrorosa partida aconteceu aos 43 minutos do primeiro tempo. Depois de escanteio, a bola foi desviada e sobrou para Nenê livre na direita. Vanderlei saiu em disparada e deu um carrinho no atacante vascaíno. Ele saltou gritando. Não foi atingido pelo santista. Mas a sua realmente foi temerária. Se não houvesse o salto, o goleiro tocaria no adversário. Pênalti que raramente os árbitro dão. Vuaden deu. E Nenê não desperdiçou. No segundo tempo, Jorginho colocou seus jogadores para atuar atrás da linha da bola. O Vasco se defendeu com chutões, cêra e agarrões. Dois deles de Nenê, que Vuaden não quis dar cartão amarelo. O jogo terminou com a vitória do time que queria vencer. Agora, a sorte vascaína fica para a última rodada do Brasileiro. Vencer o Coritiba, no Paraná, é obrigação. E torcer desesperadamente para o Fluminense contra o Figueirense. Uma vitória do time catarinense e tudo acabou. Segunda Divisão. Para o time que Eurico montou, tudo poderia ser muito pior. É um milagre que essa equipe ruim não esteja já na Série B...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 29 Nov 2015 20:22:58

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