quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Ficou provada a tese de Dunga e Gilmar. São Paulo rejeita a Seleção. E a Seleção rejeita São Paulo. Principalmente Neymar. Melhor ficar jogando e treinando no hospitaleiro Nordeste...

Ficou provada a tese de Dunga e Gilmar. São Paulo rejeita a Seleção. E a Seleção rejeita São Paulo. Principalmente Neymar. Melhor ficar jogando e treinando no hospitaleiro Nordeste...

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Marco Polo del Nero, Gilmar Rinaldi e Dunga estão cobertos de razão. Não há o menor clima para a Seleção Brasileira em São Paulo. A cidade é indiferente aos seus convocados. E seus convocados, a começar por Neymar, também não estão preocupados com os paulistas. São Paulo tradicionalmente não tem a menor paciência com a Seleção. Desde que o bairrismo imperava. E o fato de a CBF ser sediada no Rio de Janeiro privilegiava os cariocas. Desde os tempos de João Havelange e a antiga CBD, jogos no Morumbi e Pacaembu era evitados. Embora a CBF tenha um paulista no seu comando, Marco Polo del Nero, a cidade segue sendo evitada. Nestas Eliminatórias para a Copa de 2018, o dirigente e Gilmar chegaram aos lugares onde a Seleção não deveria atuar. São Paulo é o primeiro. Depois, Porto Alegre. Até o Rio de Janeiro e seu Maracanã deixaram de ser porto seguro para o atual mediano time da CBF. Não foi por acaso que a partida contra a Venezuela foi em Fortaleza. E o time atuará contra o Peru em Salvador. O Nordeste já foi um reduto muito mais confiável. Só que ainda dá seu apoio, mesmo diante de jogadores desconhecidos no país e com as inúmeras denúncias de corrupção na CBF. A Conmebol chegou a anunciar que, a pedido das tevês, os países teriam de anunciar a sede onde jogariam. Preferencialmente em grandes cidades, de fácil acesso à transmissão. Por sua área continental, o país poderia ter dois locais estratégicos.

Mas como o Departamento de Justiça Norte-Americano e seu FBI provaram, os corruptos também se aproveitaram da Conmebol. E a regra da sedes fixas ainda despertam controvérsias. O maior interesse da cúpula da CBF não é a reconciliação com paulistas, gaúchos e cariocas. A entidade estuda levar a partida de volta com a Argentina ou Uruguai para Manaus. Sim, na umidade da Amazônia tirar a força desses perigosos rivais, acostumados com o tempo frio e seco. A CBF trouxe a Seleção para se preparar aqui no Centro de Treinamento do Corinthians, antes da partida contra a Argentina, amanhã. E a recepção de São Paulo foi seca, fria, indiferente. O luxuoso Hotel Marriott Guarulhos não foi atacado por enxames de torcedores empolgados, nem mesmo de Maria Chuteiras. A atual Seleção Brasileira não desperta o menor deslumbramento. Muito pelo contrário. Há um clima de indiferença. Mesmo a Globo, dona do evento, tentando forçar uma empatia com os torcedores, tudo é falso, artificial. A frieza dos jogadores com São Paulo é recíproca. Principalmente da maior estrela, Neymar. Ele não se esquece de 2012, quando atuou no Morumbi, contra a África do Sul, pela Seleção. E foi insistentemente chamado de "pipoqueiro". Voltaria a ser vaiado, no mesmo estádio, contra a Sérvia. No ano passado.

Desde que chegou no hotel em Guarulhos, ele não fez a menor questão de ser simpático. Só quando percebeu as câmeras que o filmavam, ele fez um sinal de positivo e seguiu andando. Não quis falar. Ele estava suspenso pela briga que provocou na Copa América contra a Colômbia. Ficou de fora dos jogos contra os chilenos e venezuelanos nas Eliminatórias. Neymar frustrou os repórteres do Brasil todo. Eles esperavam que falasse hoje, ao lado de Dunga. Não. Com o treinador estava Elias. Talvez ele dê entrevista coletiva amanhã, em Buenos Aires. Talvez. Mas é certo que serão proibidas perguntas sobre a atuação do fisco espanhol na sua ida ao Barcelona. Jornalistas deverão questionar apenas sobre Seleção Brasileira, Eliminatórias. Isso se Neymar se dispuser a falar. Aprendeu com Messi. Só dará declarações quando estiver disposto. Conquistou essa liberdade no seu clube e também no selecionado. Dunga o quer focado na partida. Se ele se sente bem assim, melhor. Não precisa dar entrevista. No treinamento de hoje, alguns torcedores tiveram acesso. A esmagadora maioria corintiana. E vibrou com os quatro convocados que atuam no Parque São Jorge. Cássio, Gil, Elias e Renato Augusto. Neymar teve muito menos tietagem do que está acostumado. E Dunga ouviu gritos de "Fora". Como estivesse ocupando o lugar que deveria ser de Tite. A grande verdade é que pouquíssima gente tomou conhecimento que a Seleção em São Paulo. Não há a menor empatia, empolgação. Só frieza, desprezo. Pouco importa que será o adversário mais tradicional das Eliminatórias. O time da CBF, de Marco Polo del Nero, de Marin, não atrai os paulistas. Pelo contrário. Agem como se não se sentissem representados. Os jogadores sentiram a frieza. E a devolveram na mesma proporção. Gilmar Rinaldi e Dunga perceberam que acertaram. São Paulo deve ser evitada para jogos nas Eliminatórias. As decepções na Copa do Mundo, na Copa América... Mas as denúncias de corrupção... A desmoralizante prisão de Marin... O medo de Marco Polo de sair do país e ser extraditado... O time mediano de Dunga... O egocentrismo de Neymar... Nada empolga a torcida mais exigente com a Seleção. O Brasil que siga jogando no Nordeste. São Paulo não quer saber da Seleção. E muito menos a Seleção quer saber de São Paulo. Melhor seguir no hospitaleiro Nordeste...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 11 Nov 2015 14:26:55

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