quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Os 100 dias sem gols de Guerrero no Flamengo são comemorados no Corinthians. Principalmente pelo aliviado Andrés Sanchez. O homem que estava desesperado, com medo do sucesso do peruano na Gávea...

Os 100 dias sem gols de Guerrero no Flamengo são comemorados no Corinthians. Principalmente pelo aliviado Andrés Sanchez. O homem que estava desesperado, com medo do sucesso do peruano na Gávea...




A assustadora decadência de Guerrero no Flamengo é comemorada no Corinthians. Principalmente pelo deputado federal do PT, Andrés Sanchez. O dirigente confessa a companheiros de décadas que ficou muito preocupado quando não autorizou a renovação. Ele pensou em enfrentar a atitude do ex-presidente Mario Gobbi. Depois de brigar com os empresários do peruano, contratou Vagner Love. Metade por gostar do jogador, metade como represália. Tornar inviável a continuidade de Guerrero no Parque São Jorge. A decisão ficou nas mãos de Andrés. A proposta de US$ 7 milhões, na época R$ 17 milhões, em luvas e salários de R$ 500 mil por um contrato de três anos o assustou. Era inviável diante da crise que o clube estava mergulhado em maio. Com jogadores com dois meses de salários atrasados. Alguns sem receber direitos de imagem há cinco meses. Ele foi firme. Disse a Guerrero que ele teria de ceder para ficar. Diminuir as luvas para R$ 5 milhões. E aceitaria pagar R$ 550 mil por três anos. O atacante disse não. Foi liberado para fechar com o Flamengo por R$ 650 mil mensais e mais R$ 16 milhões. Contrato de três anos. Como a Nike ajudou na contratação de Pato, a Adidas contribuiu. Precisava de um ídolo real na Gávea. Fiel ao seu estilo grosso, Andrés disse a um conselheiro parceiro. "Fiquei com o ... na mão. Achei que a torcida fosse me matar." O medo era que Guerrero se tornasse o maior ídolo nacional, que o presidente Eduardo Bandeira de Mello projetava. Só que Guerrero encontrou um time fraquíssimo na Gávea. Não conseguiu retribuir ao tratamento de rei. À expectativa da direção e da imprensa carioca. Seus números são a verdadeira tradução da palavra fracasso. Para um jogador de sua relevância e salários, a contabilidade é lastimável. São 18 partidas e quatro gols. Está em jejum desde o dia 23 de agosto, quando marcou contra o São Paulo. Vai completar 100 dias sem marcar. Em compensação, tem descontado sua frustração em pontapés nos adversários e reclamações com os juízes. Tomou oito cartões amarelos e um vermelho. É o jogador com o maior número de faltas no Flamengo. São 48 faltas em 15 jogos no Brasileiro. Ele estava completamente deprimido. Foge das entrevistas, está incomodado. Se pudesse sairia do Flamengo. Mas sabe que o investimento do clube carioca foi alto demais. A torcida já se cansou de protegê-lo. E passou a ser alvo de críticas nas redes sociais. Passou a ouvir cobranças, palavrões, vaias após o jogo. A idolatria está se esvaindo. Guerrero tem conversado com os dirigentes e com Oswaldo de Oliveira. Ele quer algo que o anime. Saber, por exemplo, que o Flamengo irá se reforçar para 2016. O treinador não pode dizer nada, já que ele sabe que é o primeiro nome da lista de dispensas. Sheik tem sido o companheiro do peruano. Procurado acalmá-lo. E o aconselhado a não reclamar dos dirigentes, da torcida do Flamengo. Mais vivido, espera que depois da eleição, não haja outro caminho a não ser a chegada de reforços à Gávea. Bandeira de Mello lamenta muito. Acreditava que Guerrero seria o artilheiro que levaria o Flamengo até a Libertadores do próximo ano. O peruano sabia da confiança da direção rubro-negra. Hoje todos acreditam que superestimaram o jogador. E que deveriam ter dado melhores companheiros para a façanha. No Rio, jornalistas tiveram acesso às reclamações do jogador às instalações do Flamengo. Da precariedade da fisioterapia, da fisiologia. O que dificulta a recuperação do atleta depois dos jogos. Ele faz evidente comparação ao CT corintiano, um dos melhores do país. Quando a notícia vazou, a assessoria do atacante negou. E disse que os problemas do Flamengo, se houvesse, ele discutiria internamente. E que seria uma coincidência os principais repórteres que cobrem a Gávea ficar sabendo de suas queixas. Enquanto tudo isso acontece. O Flamengo naufraga na 11ª colocação, sem direito a Libertadores e muito menos título, o Corinthians é hexacampeão do país. Com Viola na vice artilharia do Brasileiro, com 13 gols. A sensação de alívio da direção corintiana é enorme. Tite não gosta de tocar no tema. Ele é muito ligado em Guerrero. São amigos. A membros da Comissão Técnica, Tite lamenta pelo peruano. Já Andrés Sanchez, não. Sabe que seria um inferno para ele se Guerrero fosse bem na Gávea. Principalmente neste ano. Dai o tal "... na mão". Pôde ficar tranquilo. O Flamengo não deu a mínima condição para Guerrero. E o peruano não teve estrutura psicológica para tanta expectativa. Está rico, com o bolso cheio, futuro de seus filhos e netos garantido. Mas apesar do dinheiro, deprimido. Como não pode reclamar. Desconta a frustração dando pontapés nos adversários. E contando os dias do jejum. Primeiro de dezembro ele já sabe. Não terá bolo. Mas completará incríveis 100 dias sem marcar. Um castigo que não imaginava nem nos seus pesadelos. Para alívio do deputado federal Andrés Sanchez...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 25 Nov 2015 16:28:06

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