domingo, 24 de abril de 2016

Depois de um empate empolgante em 2 a 2, o Audax faz história. Derruba o Corinthians em pleno Itaquerão lotado. E está na final do Campeonato Paulista de 2016. 4 a 1 nos pênaltis...

Depois de um empate empolgante em 2 a 2, o Audax faz história. Derruba o Corinthians em pleno Itaquerão lotado. E está na final do Campeonato Paulista de 2016. 4 a 1 nos pênaltis...




Foi um jogo espetacular. Teve intensidade, compactação, recomposição, toque de bola, dinâmica. Com certeza, a melhor partida deste Campeonato Paulista. Corinthians e Audax deram uma aula de futebol na primeira semifinal do Paulista. Tomara que Dunga tenha assistido o fabuloso jogo. O time de Osasco, ousado e talentoso, sempre esteve na frente no placar. Mas no final dos 90 minutos, 2 a 2. A vaga para a decisão foi decidida nos pênaltis. Fagner e Rodriguinho perderam. E o Audax venceu por 4 a 1 nas penalidades. Fica o aviso para Dorival Júnior e Cuca. Qualquer um dos dois que vencer o clássico amanhã na Vila Belmiro, terá um adversário terrível nas decisão. Assim como no ano passado, o Corinthians caiu na semifinal do Paulista nos pênaltis. Em 2015, o algoz foi o Palmeiras. Também em 2015 sofreu duas outras eliminações. Contra o Santos na Copa do Brasil e diante do Guarani paraguaio, na Libertadores. Já o Audax faz história. Depois de apenas 12 anos de sua fundação, já está na final do Campeonato Paulista. Depois de eliminar o São Paulo depois de uma goleada inesquecível nas quartas, hoje, tira o Corinthians da frente. Jogando dentro de sua arena apinhada de torcedores. Campanha inesquecível da equipe de Fernando Diniz. Tite já sabia. E tinha até orgulho. Teria pela frente na semifinal do Paulista, um time com a coragem de adotar todos os conceitos que o treinador admira. Marcação pressão, toque de bola, intensidade, troca de posição do meio para a frente, triangulações pelas laterais. E coragem suicida de sair jogando, com a proibição dos chutões. O treinador viu, com detalhes, o massacre do time de Fernando Diniz contra o São Paulo. O 4 a 1 que tirou o time do Morumbi do Campeonato Paulista. E decidiu. Tinha de colocar o que tinha de melhor pare enfrentar a equipe de Osasco, em grande fase, confiante. Sabia que teria um grande adversário, mesmo jogando no Itaquerão lotado de corintianos. O Corinthians entrou com seu 4-1-4-1. Pronto para o embate nas intermediárias. Não deixaria as brechas que o desavisado Bauza ofereceu no domingo. Foi até além. Começou o jogo tentando explorar o radicalismo de Fernando Diniz. Sua proibição dos chutões de todo o sistema defensivo. Goleiros, laterais, zagueiros. O que é uma grande bobagem. Ter futebol refinado é algo bem diferente de correr riscos à toa. Tite ainda tinha uma surpresa. Elias atuaria apenas do meio para a frente. Utilizando sua velocidade para ajudar o time no ataque. A ordem era dar uma blitz logo no começo da partida. Para tentar sair na frente, na semifinal. Os primeiros minutos foram frenéticos. A grande chance foi desperdiçada de forma irritante. Para não dar chutão, Sidão foi tentar driblar André. Perdeu a bola. O atacante rolou para Alan Mineiro. Sem goleiro, ele demorou para chutar. Até ser travado pela zaga. Lance bizarro. O calor insuportável desse outono paulistano conspirou contra. Os corintianos só suportaram essa pressão absoluta por 20 minutos. Aos poucos, o time de Osasco mostrou o quanto é bem treinado. O jogo coletivo era superior ao corintiano. Depois que conseguiu respirar e não tomar o gol, a equipe se estabilizou. O toque de bola preciso e sem medo, mostrava uma equipe que atuava de forma compacta, decidida. Com coragem de ousar, atacar, acuar o Corinthians. A equipe de Tite tinha três pontos falhos gritantes. O primeiro era Guilherme. Outra vez completamente perdido, fora de posição. O treinador corintiano pode insistir até o ano 3000. Ele não rende como meia. Ele é atacante. O segundo, Alan Mineiro. Muito abaixo dos companheiros, inseguro, lento. E sem força para cobrir o lado direito, quando o Corinthians era atacado. O terceiro, mais discreto, era Bruno Henrique. Ele não conseguia fechar a entrada da área. Estava sobrecarregado, é verdade, com a postura de Elias, mais um meia que um volante. Mas foi por ali que o Audax teve espaço para bater para o gol de Cássio. Jogadores ajeitavam a bola e chutavam como bem queriam. Foi assim que, Bruno Paulo avançou e ajeitou o corpo para bater na bola com muita qualidade. Sem chance de defesa para Cássio. Audax 1 a 0, aos 25 minutos do primeiro tempo. A torcida corintiana não desanimou. Tratou o lance como um percalço e passou a apoiar ainda mais os comandados de Tite. A marcação voltou a ser alta. Fernando Diniz respondia usando as laterais. Duelo tático muito interessante. Com o Corinthians também tocando bola com consciência, André teve duas grandes chances para empatar, frente a frente com Sidão, mas desperdiçou. E o time de Osasco foi para o intervalo vencendo o jogo. No intervalo, Tite tomou a decisão correta. Trocou Guilherme e Alan Mineiro por Romero e Rodriguinho. Seu time ganhava em qualidade e objetividade. O Audax voltava com a mesma postura. E a insistência pela forçada saída de bola com toques curtos.

Pagou caro. Velicka perdeu bola fácil, dominada. Bruno Henrique cruza para André, livre cabecear. Desta vez não teve coragem de perder o gol 1 a 1, aos seis minutos. O clima no Itaquerão era que a virada estava próxima. Mas o Audax mostrou concentração e voltou a atuar até mais intenso. Com o controle da dinâmica de jogo. Tocava a bola com maestria e com excelente movimentação do meio para a frente, confundindo a marcação corintiana. O time de Tite não esperava tanta ousadia. E aos 25 minutos do segundo tempo, a justiça no placar. Tchê Tchê acertou chute maravilhoso de esquerda. Outra vez indefensável para Cássio. 2 a 1, Audax. Outra vez a entrada da área desguarnecida. A tensão já começava a dominar o Itaquerão. O time de Osasco seguia tocando melhor a bola. Tite saiu da normalidade. Tirou o zagueiro Yago pelo atacante Luciano. Queria escapar da derrota. E veio uma incrível arrancada de Romero pela ponta direita. O paraguaio invadiu a área e procurou André para empatar novamente a partida. 2 a 2, aos 33 minutos. O Audax continuou tocando melhor a bola. Mas os dois times estavam extenuados pelo excelente confronto. O melhor de todo o Campeonato Paulista. E vieram as penalidades. Velicka, Tchê Tchê, Ítalo e Camacho marcaram. André fez para o Corinthians. Mas Fagner acertou a trave. E Rodriguinho teve a cobrança defendida por Sidão. 4 a 1 para o Audax. Justa e surpreendente classificação para a final do Paulista.

O Corinthians foi aplaudido de pé por seus torcedores. Eles sabiam que o time lutou até o último instante. Sucumbiu diante de uma equipe muito bem treinada. Moderna e com todos os conceitos de equipes europeias de ponta. E que fez história neste dia 23 de março de 2016. O Corinthians não tem do que reclamar. O Audax mereceu ficar com a vaga...



Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 23 Apr 2016 20:43:52

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