domingo, 24 de abril de 2016

Semifinal alucinante. Depois do 2 a 2, os heróis viraram vilões nos pênaltis. E o Santos chegou à sua oitava final consecutiva de Campeonato Paulista. Jogadores e Dorival pedem a Vila Belmiro, nada de Pacaembu, como querem FPF e Globo...

Semifinal alucinante. Depois do 2 a 2, os heróis viraram vilões nos pênaltis. E o Santos chegou à sua oitava final consecutiva de Campeonato Paulista. Jogadores e Dorival pedem a Vila Belmiro, nada de Pacaembu, como querem FPF e Globo...




Alucinante a semifinal do Campeonato Paulista na Vila Belmiro. Os personagens se revezaram entre heróis e vilões. O Santos vencia o Palmeiras por 2 a 0. Em uma atuação excelente de Lucas Lima, o melhor meia do futebol deste país. A torcida santista, por sinal, única no estádio provocava o rival. E gritava "eliminado, eliminado, eliminado". Eram 40 minutos do segundo tempo. Mas bastaram dois minutos para se calarem. Rafael Marques saiu do bannco e marcou aos 42 e aos 43 minutos. Levou a decisão para os pênaltis. Aí quem era exaltado, acabou fracassando. Lucas Lima perdeu sua cobrança de forma infantil. Perdeu o duelo psicológico com Fernando Prass. Lucas Barrios atrasou a bola para Vanderlei. Rafael Marques, o homem que transformou o jogo, cantou que iria cobrar no canto direito. Vanderlei defendeu. E coube a Fernando Prass, sacramentar o fim da caminhada palmeirense no Paulista de 2016. Cobrou pênalti para fora. Vitória santista por 3 a 2. E aí sim, a torcida santista vibrava de verdade. Será a oitava final de Campeonato Paulista consecutiva do time do Litoral. Terá pela frente o Audax. Jogadores e Dorival Júnior imploram para a diretoria. Até aceitam fazer o primeiro jogo em Osasco. Mas não abrem mão da derradeira partida na Vila Belmiro. Nada de dois jogos no Pacaembu, como desejam a Federação Paulista de Futebol e Globo. O clube igualou o recorde dos tempos de Pelé. Entre 1955 e 1962, o Santos chegou a oito decisões do estadual. Venceu seis vezes. Tentará desta vez a quinta conquista, já que foi vice três vezes. Mas para chegar a isso, o Santos teve uma atuação bipolar. O time de Dorival Júnior se impôs ao Palmeiras durante 80 minutos de jogo. Graças a uma atuação de gala de Lucas Lima. De nada adiantou Cuca colocar dois volantes de marcação para perseguir o meia santista. Gabriel e Matheus Sales não conseguiram nem sonhar em anular o habilidoso jogador. Caindo pelas laterais do campo, ele atraia os volantes e deixavam os zagueiros palmeirenses expostos diante dos atacantes santistas. O oportunista Ricardo Oliveira e o hábil e rápido Gabriel. Lucas Lima sabia que seria perseguido. E tocava de primeira, não dando chance a seus marcadores. Ele atuava com a confiança de quem sabe que está vivendo seus últimos momentos no futebol brasileiro. Pessoas próximas ao meia garantem que nesta próxima janela ele irá para um dos grandes clubes europeus. E merece. Está sobrando no futebol brasileiro. O Santos de Dorival teve sempre a iniciativa, marcou a saída de bola do Palmeiras, ainda em formação, de Cuca. O time sabe usar a Vila Belmiro de forma excepcional no Paulista. Eram nada menos do que 42 partidas sem derrota. Viraram 43. Dorival foi cruel. Sabia que seu amigo Cuca colocaria Gabriel e Matheus Sales em cima de Lucas Lima. Vitor Bueno teria mais espaço para atuar. Assim como seus laterais, principalmente Zeca, que está jogando cada dia melhor, grande revelação. Cuca tentou fazer de tudo sob seu alcance. O estrago deixado por Marcelo Oliveira ainda reflete. O técnico tratou de montar o Palmeiras para contragolpes rápidos, aproveitar a pressão que o Santos deveria fazer, empurrado por sua torcida. Apostou, com surpresa, na juventude de Gabriel Jesus e do recém-chegado Róger Guedes. Sonhando em aproveitar bolas roubadas no meio de campo. Robinho seria mais um terceiro volante. E Alecsandro, um meia, tentando atrair, sem sucesso, qualquer zagueiro santista. Não houve duelo tático. Tamanha a pressão santista. Marcelo Aparecido de Souza teve um erro capital, importantíssimo. Não marcou pênalti claro de Vitor Hugo em Gustavo Henrique, aos 19 minutos de jogo e de pressão santista. O palmeirense acertou com o pé a testa do santista, que subia para cabecear. Faltou coragem a Marcelo. O lance foi claro, à sua frente. O jogo era disputado centímetro por centímetro. E aos 39 minutos, o Palmeiras cometeu um erro fatal. Matheus Sales estava adiantado e perdeu a bola. Ela caiu limpa para Lucas Lima. O meia pegou a defesa adversária desmontada. Lançou com perfeição Gabriel, ele driblou seu homônimo e Vitor Hugo. E bateu colocado, indefensável para Fernando Prass. Golaço. Santos 1 a 0. Foi até um placa magro para tudo o que os santistas fizeram no primeiro tempo.

No começo do segundo, o cenário não tinha mudado. O Santos tirando o oxigênio palmeirense com sua marcação alta. Cuca tratou de trocar Robinho e Alecsandro por Cleiton Xavier e Rafael Marques. Gabriel Jesus estava nervoso, tenso. Teve atuação decepcionante. Seu ponto mais baixo foi quando em uma falha de David Braz chegou cara a cara com Vanderlei. E bateu para fora, em raríssima chance de gol palmeirense. Foi o Santos que chegou ao segundo gol. Zeca tabelou com Lucas Lima. Deu drible desconcertante no palmeirense Gabriel. E procurou o Gabriel certo. Ele não teve pena. 2 a 0, Santos. A partida parecia decidida aos 28 minutos. A torcida única, santista, começou a festejar. O Palmeiras até tentava o ataque, mas sem convicção. O bom é que o time não desistia. Aos 40 minutos, passou pelo vexame. Ouviu ser chamado de eliminado. Mas Rafael Marques mudaria essa história. Entrou trombando com a zaga e descontou aos 42 minutos. E aos 43, escorou belo cruzamento de Cleiton Xavier. A cabeçada empatou o jogo e calou os santistas. Vieram os pênaltis.

Cleiton Xavier marcou. Lucas Lima facilitou a defesa de Prass. Lucas Barrios fez a pior cobrança, atrasou a bola para Vanderlei. David Braz bateu convicto e empatou. Jean e Zeca marcaram. Rafael Marques bateu à meia altura no canto direito, facilitando a vida do goleiro santista. Victor Ferraz deslocou Fernando Prass. E o goleiro palmeirense, nervoso, bateu forte. E fora. Santos 3 a 2, sem Ricardo Oliveira precisar cobrar o último pênalti.

Os santistas chegaram, emocionados, para a decisão. O medo de quase perder a semifinal que parecia ganha, estava estampado nos rostos de cada um. Animados, os comandados de Dorival sabem que terão um adversário difícil. Mas querem se impor como time grande e conquistar mais este Paulista. Quanto ao Palmeiras hora de reformulação. Fora da Libertadores e do Paulista, Cuca vai agir. Mudar de vez a rota. Enxugar o elenco. Buscar duas ou três peças importantes, que cheguem para jogar. A prioridade é vencer o Brasileiro e acabar com jejum de 22 anos...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 24 Apr 2016 18:34:38

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