sexta-feira, 8 de abril de 2016

O que vale mais? A palavra de honra do secretário da Segurança Pública ou a vontade da Globo e da Federação? A emissora e os dirigentes pressionam. Querem final do Paulista com duas torcidas. Para evitar vexame. Até internacional...

O que vale mais? A palavra de honra do secretário da Segurança Pública ou a vontade da Globo e da Federação? A emissora e os dirigentes pressionam. Querem final do Paulista com duas torcidas. Para evitar vexame. Até internacional...




Corinthians e Palmeiras chegam à final do Campeonato Paulista de 2016. Jogo no Itaquerão lotado. Só com a torcida corintiana, como determinou a Secretaria de Segurança Pública. O time de Cuca consegue uma vitória épica. Perdia de 2 a 0, vira para 3 a 2. Acaba o jogo. Os jogadores palmeirenses se abraçam. Silêncio sepulcral. Velório. Os torcedores deixam as arquibancadas frustrados. As 26 câmeras da Globo precisam do cenário festivo. Afinal, houve um campeão. Só há os atletas para serem mostrados. Pior, chega a hora da entrega da taça. Metade do estádio está vazio. Os cerca de vinte mil que ficaram, decidem xingar os campeões. O presidente da Federação Paulista, Reinaldo Carneiro Bastos entrega a taça para Zé Roberto e Paulo Nobre. Vaias, palavrões dominam o Itaquerão. Constrangimento generalizado. A pá de cal no cada vez mais insignificante Campeonato Paulista. Este cenário imaginário está perto de acontecer. Talvez com outros personagens. Com o São Paulo sendo campeão na Vila Belmiro, diante dos santistas. Com o Corinthians vencendo o São Paulo no Morumbi, talvez. O torneio estadual de São Paulo está incluído no pacote internacional que a Globo negocia. Com o auxílio do grupo espanhol de comunicação, Mediapro, a emissora carioca vende 153 jogos do Brasileiro, batizado de Brazilian League, e do Paulista. Seria constrangedor demais a decisão do torneio estadual só com uma torcida. Ainda mais, se for a perdedora. Enfim, essa é a realidade que a Secretaria de Segurança Pública impôs aos paulistas até o final do ano. Assumindo ser incompetente para assegurar duas torcidas rivais nos estádios, clássicos terão apenas os fãs dos mandantes. A Federação Paulista de Futebol e a Globo, donas do Campeonato Paulista, perceberam o vexame que pode ser a decisão do torneio. E querem que o secretário Alexandre de Moraes volte atrás. Desminta o que prometeu na segunda-feira. A situação é embaraçosa. O secretário deu sua palavra de honra que a torcida única seria adotada pelo resto de 2016. E agora? A pressão será assumida pela FPF, que deverá fazer um pedido oficial. Mas o clima depressivo chega a ser até maior na Globo. A emissora e seus canais pagos, Sportv, costumam mostrar a festa do campeão. Transmitir a emoção dos jogadores comemorando com os torcedores.

Mas se for o time visitante o campeão, não haverá com quem farrear. A volta olímpica mais constrangedora do futebol deste país pode estar reservada à final. A final está marcada para o domingo, dia 8 de maio. Daqui um mês. Não está descartada a possibilidade que Globo e FPF apelem para o "chefe" de Alexandre Moraes. O próprio governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Ele poderia mandar Moraes reverter a determinação. 2016 é um ano eleitoral. E em anos eleitorais, os políticos estão mais acessíveis. De qualquer maneira, a situação é conflitante. Vai prevalecer a política, a festa, o cenário para maior audiência? Ou a segurança, com a palavra de honra empenhada pelo secretário? Façam suas apostas...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 08 Apr 2016 09:34:13

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