1. Giovani Lo Celso (Rosario Central - Argentina)
2. Saul Salcedo (Olimpia - Paraguai)
3. Yeferson Soteldo (Zamora - Venezuela)
4. Edwin Cardona (Monterrey - México)
5. Jose Angulo (Independiente del Valle - Equador)
6. Erwin Saavedra (Bolivar - Bolívia)
7. Gabriel Jesus (Palmeiras - Brasil)
8. Luiz Beto da Silva (Sporting Cristal - Peru)
9. Francisco Sierralta (Universidad Catolica - Chile)
10. Nahitan Nandez (Penarol - Uruguai) Esta foi a lista das revelações da América Latina feitas pela revista Four-Four-Two. Em dezembro. Dizia que estes dez jogadores logo estariam na Europa. Só que o único a ser transferido foi Luiz Beto da Silva. Fechou com o PSV. De acordo com a imprensa internacional, principalmente a inglesa, outros dois nomes que podem arrumar suas malas. Giovanni Lo Celso, do Rosário. Liverpool e Arsenal querem o habilidoso meia. O outro jogador é Gabriel Jesus. Para a imprensa britânica é comparado ao jamaicano Raheem Sterling, por suas arrancadas, dribles e gols. Ele foi vendido pelo Liverpool para o Manchester City por 49 milhões de libras esterlinas, cerca de R$ 255 milhões. Tem apenas 21 anos.
Até que as características são semelhantes. Mas o palmeirense tem potencial ainda maior. Principalmente na definição das jogadas. Representantes de clubes europeus já o indicaram. Seu nome está sendo analisado desde o início do ano passado. Agora, aos 19 anos, com maior sequência no time de Cuca, o assédio é mais do que garantido. Aliás, Gabriel Jesus tem mercado na Europa há pelo menos dois anos. O Palmeiras foi obrigado a ceder às exigências dos seus empresários para que ficasse. O primeiro contrato com o atleta acabou sendo feito de forma ingênua, com o valor muito baixo. Até grandes empresários do futebol brasileiro ameaçavam comprá-lo. Com salários de R$ 15 mil, sua multa rescisória era de 3 milhões de euros, cerca de R$ 12 milhões. Cristiano Simões, atual empresário e Fabio Caran, o antigo, passariam a ter maior porcentagem sobre o jogador. O Palmeiras, que tinha 70% teve de se sujeitar a ficar com apenas 30%. Cristiano ficou com 32,5%, Caran, 22,5% e o atacante com 15%. Só assim, ele assinou contrato por mais três anos, renovável por mais dois. Em relação à sua multa, Paulo Nobre também teve de se submeter. Ela passou a valer 40 milhões de euros, R$ 148 milhões. Para todos os clubes do Exterior. Menos cinco. Barcelona, Real Madrid e Bayern estão confirmados. Se especula que Manchester City e PSG sejam os outros dois. Para o quinteto, ele vale 25 milhões de euros, cerca de R$ 105 milhões. Para clubes brasileiros, a multa passou a ser R$ 39 milhões. Conselheiros palmeirenses admitem que não haverá como segurar o jogador. Mas sabem que Paulo Nobre não pode ser cobrado. Os empresários até ofereceram parte dos direitos do atleta ao Palmeiras.
"Mas o clube não tinha um centavo para investir em uma promessa. Quando recebemos essa oferta, ele não era ainda o que se tornou. Vários jogadores surgiram bem demais na base e não deram certo no profissional. Não tínhamos dinheiro. E não poderíamos gastar em uma promessa, repito", diz Paulo Nobre. Tudo está acontecendo como Cristiano Simões imaginava. O garoto começando a ter chances no ano passado. Passando a se firmar no final de 2015. Se tornando uma certeza no primeiro semestre de 2016. E a provável venda na janela do meio do ano. A atual realidade do futebol brasileiro é essa. Acompanha a economia do país. Não há como concorrer com os europeus. Simões tem Neymar como grande exemplo. O que ele evoluiu como jogador atuando na Europa. Há a certeza que o mesmo acontecerá com Gabriel Jesus. Não há a intenção de se repita a novela que o Santos fez com sua principal estrela nos últimos dez anos. Até pela porcentagem que pertence aos empresários. Para estimular ainda mais os compradores europeus, o jovem atacante já fez oito gols em apenas 17 partidas de 2016. Em 2015, marcou sete, atuando 37 vezes. Está amadurecendo muito rápido.
Os representantes dos clubes europeus aqui no país se calam. Em abril, eles mandam os relatórios dos jogadores que atuam na América do Sul, no Brasil, que devam ser contratadas. Há a certeza que o nome de Gabriel Jesus está em vários deles. A prioridade será dada para equipes grandes, poderosas. Nada de Leste europeu. Ou times pequenos, que apenas lutem para tentar escapar do rebaixamento. Se o Palmeiras conseguisse a façanha de conquistar a Libertadores e disputar o Mundial, Paulo Nobre faria o máximo para tentar segurá-lo. Só que hoje esta situação é absolutamente improvável. A possibilidade de saída se torna enorme. E as chances são reais de que dispute as Olimpíadas pertencendo a outro clube. Nobre e Alexandre Mattos sabiam dessa probabilidade. Se Simões, Caran e o próprio atacante aparecerem com um clube disposto a pagar proporcionalmente os 30% do Palmeiras, não há o que fazer. A não ser dar adeus. O que é uma pena. Cuca está cada vez mais empolgado com o repertório de dribles, arrancadas e gols do jovem jogador. O está escalando como ele adora. Nada de ter de acompanhar lateral direito adversário, como exigia Oswaldo de Oliveira. Ou então jogar como meia, cercando volante. Ou centroavante fixo, de costas para o gol, como sofria com Marcelo de Oliveira. Nada disso. Com Cuca ele atua atrás dos volantes adversários, partindo com a bola dominada diante dos zagueiros rivais. O que, na definição espontânea de Gabriel Jesus, pode ser definida em uma frase. "É uma delícia." A única remota esperança de o Palmeiras seguir com o meia até o final do ano é a conquista da Libertadores. Mas ela pode morrer daqui uma semana. Quando Nacional e Rosario Central entrarem em campo em Montevidéu. Um empate, fim da Libertadores de 2016 para o Palmeiras. E a certeza para Paulo Nobre. Gabriel Jesus começará a fazer as malas...
Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 07 Apr 2016 17:05:36
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