quarta-feira, 13 de abril de 2016

Entre tapas e beijos, a vitória do bom senso. Palmeiras e Crefisa se acertam. Acabam com rusgas juvenis. Projetos milionários e jogadores importantes podem chegar no Palestra Itália...

Entre tapas e beijos, a vitória do bom senso. Palmeiras e Crefisa se acertam. Acabam com rusgas juvenis. Projetos milionários e jogadores importantes podem chegar no Palestra Itália...




Vitória importantíssima do Palmeiras. O clube chegou finalmente a um acordo com o maior patrocinador do Brasil. Capaz de colocar R$ 66 milhões no seu uniforme. Pagar do próprio bolso mais R$ 40 milhões para cobrir todos os gastos com Lucas Barrios. Se oferecer a fazer uma reforma no CT de R$ 8 milhões. E ainda ficar à disposição para uma grande contratação por temporada. O sonho de qualquer clube não só no Brasil, na América Latina. Pois o sonho não esteve para virar pesadelo. Mas ficou perto de se desmanchar. Por picuinhas, vaidade, política. O primeiro problema foi os donos da Crefisa, José Roberto Lamacchia e Leila Pereira, acreditarem que poderiam agir como a antiga Parmalat. Ou seja, ter a co-gestão do futebol. De uma maneira oficiosa, dar o dinheiro de patrocínio e indicar atletas e começar a crescer politicamente no clube. Paulo Nobre percebeu que sua base de apoio dos conselheiros conservadores palmeirenses estava ficando próxima demais de Lamacchia. E não gostou. Deixou claro que a relação era de patrocinador e não de co-gestor. Leila detestou a forma que o marido foi avisado para "ficar no seu lugar". Em seguida, o Palmeiras esteve para lançar uma camiseta vintage oficial. No peito, o nome da antiga patrocinadora, a Parmalat. Foi a desculpa perfeita para Leila desabafar. E até levar seu dinheiro para o Flamengo. "Isso é uma falta de lealdade, falta de escrúpulo com o patrocinador. E motivo para rescisão de contrato. O patrocinador máster é a FAM, é a Crefisa. Investimos quase R$ 100 milhões no Palmeiras, estamos reformando a Academia e o Nobre vem com essa proposta indecente? Acham que a gente é trouxa?

"Se o Palmeiras está em melhores condições é pelo patrocinador e pelo seu torcedor, que continua indo aos jogos mesmo perdendo como está perdendo, e isso não é culpa do patrocinador, mas das contratações ruins que fizeram. Não é a primeira vez que o Paulo cria esse tipo de situação com a gente. Eu disse a vocês que nunca tinha dito não ao Paulo, mas de um tempo para cá a Crefisa e a FAM estão meio irritadas com esse Paulo. "Não vamos aceitar. Se a Adidas lançar qualquer camisa que não seja com o atual patrocinador, o contrato da Crefisa e FAM com o Palmeiras estará rompido. Onde ele (Nobre) vai achar um patrocinador para fazer as contratações de quinta categoria que ele fez? "Para continuar assim, eu largo o Palmeiras e vou para o Flamengo, que dá muito mais visibilidade." Essa última ameaça de Leila levou Paulo Nobre a quase chamar o casal para o rompimento. A humilhante declaração que o presidente só comprava jogadores de quinta categoria mexeu com sue ego. Acabou o diálogo entre os mandatários. A camisa da Parmalat foi cancelada. A relação ficou fria. Mas a raiva voltou dobrada quando o Palmeiras foi campeão da Copa do Brasil. Os jogadores colocaram em cima do uniforme uma camiseta comemorativa. Nela, uma frase enorme escrita em vermelho. "Na minha casa mando eu", alusão à arena onde o clube havia acabado de ser campeão em cima do Santos. O logotipo Crefisa estava minúsculo.

Leila mandou recado dizendo estar revoltada. A diretoria palmeirense tentou amenizar a situação. Mandou o troféu da conquista para a Faculdade das Américas. O que tolos acreditaram ser a aproximação, na verdade foi mera formalidade. Paulo Nobre não colocou os pés na escola. O casal deu o troco de forma sui generis. Em Dubai encontraram Valdivia e colocaram uma foto perguntando aos palmeirenses qual seria seu sonho em 2016? Lógico que estava intrínseca o retorno do chileno que tanta dor de cabeça deu a Nobre. Mas que foi um grande ídolo dos torcedores. Nobre mandou avisar que Valdivia não voltaria de jeito nenhum. E que não queria o dinheiro da Crefisa para reforçar o time na Libertadores. Por isso, um grande meia não foi contratado.

Mas intermediários aproximaram as duas partes. E a Crefisa decidiu bancar mais seis milhões para ter também os calções e meias do time principal. Pagou R$ 8 milhões e o uniforme passou a render R$ 66 milhões anuais. Mas o clima continua ruim, estranho. Até que o Palmeiras resolveu fazer propaganda do plano de sócios torcedores Avanti contra a Ferroviária. E usou o espaço na camisa que é da Crefisa. A situação ficou perigosa, de novo. A empresa resolveu atrasar o pagamento do patrocínio. Foi quando se buscou uma solução definitiva. Impor uma multa pesada, de R$ 2,5 milhões, se o Palmeiras resolver fazer qualquer promoção usando o uniforme sem avisar a Crefisa. E também nas camisetas comemorativos, o tamanho e o lugar do logotipo são sagrados. O acordo foi selado. Foi uma grande vitória do Palmeiras. Nessa guerra sem sentido de rusgas incompreensíveis, venceu a relação. Que é muito muito mais importante e as duas partes haviam perdido o foco.

Com o tempo, o bom senso venceu. Ambos precisam agir como adultos. E fazer o Palmeiras forte respeitando o patrocinador. Quantos dirigentes gostariam de ter o que Paulo Nobre possui. Ainda bem para o clube que o presidente acordou. E, de maneira discreta, a Crefisa percebeu. Não é e nunca será a reencarnação da Parmalat. A era da co-gestão no Palestra Itália acabou. Mas o dia é de enorme conquista para o clube verde. Novos projetos e jogadores importantes podem chegar...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 13 Apr 2016 10:27:54

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