quinta-feira, 7 de abril de 2016

Palmeiras surpreendeu, mostrou coração, entrega. Poderia ter vencido. Mas nervos e falhas na defesa fizeram o time apenas empatar contra o Rosário. Está à beira da eliminação da Libertadores...

Palmeiras surpreendeu, mostrou coração, entrega. Poderia ter vencido. Mas nervos e falhas na defesa fizeram o time apenas empatar contra o Rosário. Está à beira da eliminação da Libertadores...




Não faltou coração. Mas equilíbrio psicológico. O Palmeiras teve tudo para vencer o Rosario Central na Argentina. Jogou melhor, acertou duas bolas na trave. Mas o time se apavorou e falhou muito no setor defensivo. Os brasileiros estiveram duas vezes na frente no placar. Mas tiveram de se contentar com um eletrizante empate em 3 a 3. Fernando Prass fez excelentes defesas e evitou a derrota. Gabriel Jesus, o melhor em campo, e autor de dois gols, acabou expulso. E não poderá enfrentar o River Plate uruguaio, na arena do Palmeiras. O empate na Argentina deixa a equipe de Cuca em situação desesperadora no grupo B. Está em terceiro lugar, faltando apenas um jogo. Não depende mais de suas forças. Depois de 37 anos, o clube vive a enorme possibilidade de ser eliminado na primeira fase da Libertadores. "Poderíamos ter vencido esse jogo. Fomos melhor. Chutamos duas bolas na trave. Mas o Palmeiras não está morto. Tudo pode acontecer entre Nacional e Rosario Central", dizia, esperançoso, Barrios. Era a sétima partida de Cuca. E uma decisão. Se o Palmeiras perdesse para o Rosario Central, acabaria a Libertadores. Mesmo jogando na Argentina, o time não poderia pensar apenas segurar o empate. Precisava de uma vitória. A missão estava complicada. Dudu piorou o estiramento na coxa contra o Corinthians e não viajou. Arouca estava a ponto de uma distensão e também ficou fora. O que fez Cuca para enfrentar a melhor equipe argentina do momento? Tratou de montar o time em um surpreendente 3-6-1. Sim, entrou com três zagueiros. Edu Dracena, Vitor Hugo e Thiago Martins. Seis jogadores espalhados no meio de campo. E na frente, a velocidade e habilidade de Gabriel Jesus. Os argentinos queriam ganhar a partida. E atuavam em um clássico 4-3-3. Sonhavam usar o apoio da torcida no Gigante de Arroyito. Gigante só no nome. Um caldeirão, onde os torcedores do Rosário gritavam e cantavam o tempo todo, exigindo o triunfo. Mas tomaram um balde de água fria inesperado. Cuca surpreendeu a todos colocando o Palmeiras para marcar forte, na intermediária argentina. Atrapalhando a já ruim saída de bola do Rosario Central. Logo aos 20 segundos, Robinho deixou Gabriel Jesus cara a cara com o Sosa. Mas o jovem atacante se apavorou e perdeu gol fácil. Mas aos quatro minutos se redimiria. Alecsandro, atuando como meia, tentou passar de peito para Robinho. Afobado, Musto tentou cortar. E acabou servindo Gabriel Jesus. Ele foi muito esperto e colocou a bola no fundo das redes argentinas. 1 a 0, Palmeiras. O gol mexeu com os nervos dos argentinos. Com seu time completo, o Rosario Central esperava um adversário fácil e não com uma postura tão corajosa. Irritados, os argentinos se desequilibraram. Passaram a dar chutões para se livrar da marcação. O que facilitava o trabalho do time de Cuca. Sem meias talentosos, o treinador superpovoava o setor. Atrapalhava o toque de bola de Eduardo Coudet. As laterais estavam protegidas. O Rosário Central viveu um grande sufoco no primeiro terço do jogo. Tivesse o Palmeiras mais um pouco de definição, teria feito outros gols. Não fez. E acabou sofrendo o empate. Em um lance de falta de sorte. Donatti cobrou forte falta da entrada da área, a bola desviou em Robinho e entrou. 1 a 1 aos 32 minutos do primeiro tempo. O Palmeiras mostrava a velha doença crônica. Não prendia a bola. Não havia meias para isso. Robinho outra vez foi omisso no jogo. Seu único talento nos últimos tempos é bater na bola. Muito pouco para um time competitivo. Alecsandro conseguia ir melhor do que ele. Depois do empate, o Rosario partiu para a frente, tentando a virada. De forma compactada, veloz. Faltava um pouco de consciência. Mas o talento de Cervi e Lo Celso era sensacional. O time argentino ia encurralando o brasileiro na sua área. E dava a impressão que logo faria seu segundo gol. Foi exatamente o contrário. Em uma falta na intermediária, Robinho cobrou na cabeça de Gabriel Jesus. Indefensável: 2 a 1. O gol foi injusto, mas colocava de novo os brasileiros na frente. Com a sonhada vitória. O time só foi para o intervalo ganhando porque Fernando Prass fez uma cinematográfica defesa na cabeçada a queima-roupa de Herrera. No final do primeiro tempo, Salazar acertou com as mãos a bola na cabeça de Gabriel Jesus. A intenção era mexer com seus nervos. E conseguiu. A segunda etapa prometia ser uma guerra. E foi. Os argentinos partiram para cima do Palmeiras. O time voltou mais recuado, optando pelos contragolpes. Era nítida a falta de atletas capazes de prender a bola, tocá-la, diminuir o sufoco. Como qualquer meia de bom nível costuma fazer. Mas aos dois minutos, Gabriel Jesus teve a bola do jogo. Lançado, diante da lenta defesa argentina, ele bateu forte. Mas o chute acertou a trave de Sosa. Não fez e pagou caro. Aos cinco minutos, em uma bela cobrança de falta ensaiada, Cervi recebeu livre e bateu forte, sem chances para Fernando Prass. 2 a 2. O novo empate acabou de vez com os nervos palmeirenses. A prova foi o pênalti infantil, estúpido de Vitor Hugo. No escanteio, ele puxou, derrubou Musto. Pênalti. Ruben bateu forte, seco rasteiro. 3 a 2, Rosario Central.



Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 06 Apr 2016 23:50:18

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