sábado, 28 de maio de 2016

O sofrimento do Atlético de Madrid. Tomou gol impedido, desperdiçou pênalti. Pela terceira vez foi vice. O Real Madrid, de Zidane e Cristiano Ronaldo, conquistou sua 11ª Champions League em Milão...

O sofrimento do Atlético de Madrid. Tomou gol impedido, desperdiçou pênalti. Pela terceira vez foi vice. O Real Madrid, de Zidane e Cristiano Ronaldo, conquistou sua 11ª Champions League em Milão...




Só restaram lágrimas para tentar aliviar a tristeza, a frustração, o destino. Outra vez o Atlético de Madrid não conseguiu vencer a Liga dos Campeões. O Real Madrid novamente foi seu carrasco. Como em 2014, o grande rival da mesma cidade acabou com os sonhos. Em Milão, depois de um épico 1 a 1, nos 90 minutos. Com direito ao time de Simeone tomar gol impedido de Sergio Ramos e o francês Griezmann desperdiçar uma penalidade. 0 a 0 na prorrogação, a decisão foi para os pênaltis. Coube a dois ídolos dos lados rivais o destino do título mais importante de clubes de 2016. O Real Madrid havia acertado quatro cobranças. O Atlético, as suas três. O incansável Juanfran foi para a cobrança. Acertou a trave direita de Navas. Oblak teria de defender a batida justo de Cristiano Ronaldo. O português que visivelmente jogou contundido, não iria perder a oportunidade de entrar mais uma vez na história. Cobrou com convicção, força. Não dá a menor oportunidade ao goleiro. E cruel, como em 2014, tira a camisa para comemorar. 5 a 3 para o Real Madrid na decisão por pênaltis. A Europa se dobra pela 11ª vez ao seu maior conquistador. Ao valente Atlético de Madrid só restaram as lágrimas. Pela terceira vez na sua história tem o amargo gosto do vice campeonato. O jogo foi de uma dramaticidade incrível. Cercado de teorias e expectativas, os dois grandes rivais da capital da Espanha chegavam a Milão. São dois clubes muito ricos, com dois grandes elencos. O Real Madrid tem o elenco mais valorizado do mundo. O Atlético, o 13º. Está longe de ser um "pobre coitado". A maior estrela da partida, Cristiano Ronaldo foi para o jogo com dores na coxa direita. Estava em campo mais pelo carisma, por ter feito incríveis 16 gols nesta Champions. Um só a menos que o seu recorde de 2014. Tinha de jogar. Era importante pelo lado psicológico. Zinedine Zidane mostrava o poder de sua estrela. Em apenas cinco meses já chegava à decisão da Champions League. Consertou o rumo de Rafa Benitez, treinador excepcional que perdeu o brilho nos últimos anos, até se tornar um burocrata. O grande ídolo francês foi esperto. Ficou cúmplice dos jogadores. Decidiram juntos a melhor maneira de o Real Madrid atuar. Embora seu ataque seja excelente, muitas vezes soube defender e usar a velocidade dos contragolpes mortais.

Além disso, inúmeras jogadas ensaiadas em bola parada. É uma equipe poderosa. Com ótima recomposição. Intensidade e poder de marcação. Vai muito além do clichê de grandes jogadores espalhados no campo. Taticamente o Real Madrid tem grandes recursos. Mas o trabalho de Diego Simeone no Atlético de Madrid é brilhante. Em cinco anos, ele conseguiu impor um padrão impressionante. Conseguiu mesclar estrelas, jogadores competitivos, revelações da base. Usando os recursos táticos que também rompem a fronteira do mero defensivismo. Sua equipe marca sim forte demais, valoriza cada centímetro do gramado, seus atletas têm obediência tática e dinâmica de jogo impressionante. Sabe como sufocar o adversário no seu campo. Tem velocidade nas triangulações pelas laterais. E também muitas jogadas ensaiadas. Preparo físico invejável. Não é um trabalho vitorioso por acaso. Não vem derrubando grandes equipes tradicionais por sorte. Merecia estar na final da Champions em Milão. Quem não merecia estar na final de hoje eram Mark Clattenburg e o auxiliar Simon Beck. O Real Madrid começou muito melhor o jogo. Se impunha no toque de bola. E contava com a colaboração do Atlético de Madrid, recuado demais, o que deu confiança para os comandados de Zidane. Mas tudo ainda estava sob controle. Foi quando Simon Beck interferiu no jogo. Teve a coragem de não enxergar impedimento claro. E em bola parada. Kroos cobrou falta. Em jogada ensaiada, Bale desviou. E o sempre truculento Sergio Ramos empurrou a bola para as redes. Estava à frente, sozinho, impedido. Mas Simon Beck não enxergou. E sabotou a arbitragem de Clattenburg. 1 a 0 Real Madrid, aos 14 minutos. Gol irregular. O lance é mais um argumento que a Fifa ganha para introduzir de vez a tecnologia no futebol. É algo insano a multimilionária Champions League correr o risco de ser decidida em um gol em impedimento. Quando sobram recursos tecnológicos. Não é justo. Beira a estupidez.





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 28 May 2016 18:54:28

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