sábado, 14 de maio de 2016

O covarde assassinato de 16 torcedores do Real Madrid no Iraque. O terrorismo do Estado Islâmico chega ao futebol. E ameaça a Eurocopa. É a força da barbárie...

O covarde assassinato de 16 torcedores do Real Madrid no Iraque. O terrorismo do Estado Islâmico chega ao futebol. E ameaça a Eurocopa. É a força da barbárie...




Pela tradição islâmica, Maomé teria recomendado. "Ensine suas crianças a fazer tiro, natação e corridas de cavalo." A versão radical de suas palavras foi traduzida pelo Estado Islâmico. Primeiro, só os meninos poderiam ter essas atividades físicas."Fazer tiro" era jogar pedras. Depois, virou em uma adaptação oportuna, aprender a dar disparos de fuzis. De preferência, fatais nos infiéis. Na maioria das cidades controladas pelo Estado Islâmico não há onde nadar ou cavalgar. Nelas são permitidas apenas corridas e exercícios físicos. A maioria dos esportes não existia quando o Alcorão foi escrito, no século VII depois de Cristo. Eles passaram a ser proibidos. Como o futebol. São vistos como práticas de infiéis, pessoas que não interpretam o Alcorão de forma radical como o Estado Islâmico. Sendo assim, matar os infiéis é uma obrigação para quem tem a visão desvirtuada do Islamismo. Uma interpretação extremista da lei religiosa islâmica, ou "Charia". O Estado Islâmico busca brutalidade. Assassinatos que venham chocar o mundo e sirvam de publicidade para sua causa. Por isso já cometeram atos dos mais cruéis. Decapitaram, afogaram, queimaram. As mortes já chegam a mais de vinte mil pessoas, principalmente no Iraque e na Síria. O movimento nasceu da Al-Qaeda, responsável pela queda das Torres Gêmeas nos Estados Unidos, em 2001. Os extremistas ganharam espaço na Guerra do Iraque. E desde então, os defensores da Charia se radicalizaram. E seguem matando, estuprando. Não só no Oriente Médio. Mas também na Europa, nos Estados Unidos. Na insanidade dos mais radicais, querem extinguir os "infiéis" da face da Terra.

A BBC detalha de onde vem o dinheiro. "O Estado Islâmico controla uma parte importante da indústria do petróleo iraquiano no norte do país. Mossul, uma das cidades dominadas pelo grupo, produz cerca de dois milhões de barris de petróleo por dia.
Também controla a planta de gás de Shaar e Baiji, cidade onde se localiza a maior refinaria de petróleo do país.
A partir desta área, os insurgentes cortaram o fornecimento de petróleo para a Turquia enquanto tentam avançar sobre as fontes de energia abundantes do Curdistão iraquiano.
O EI não destrói as fontes energéticas que conquista militarmente. O objetivo é usar os lucros para construir o tão propalado Estado islâmico ou califado." Por isso, os Estados Unidos passaram a explodir poços de petróleo no Iraque. Uma maneira de travar financeiramente o Estado Islâmico.

Enquanto a guerra ocorre,os líderes radicais perceberam. Quanto mais perversos, mais publicidade. Por isso passaram a filmar as execuções dos infiéis. E colocá-las na Internet. Graças à propaganda gratuita da televisão, dos portais, dos jornais, mais e mais voluntários surgem do mundo todo. Os assassinatos na redação da revista Charlie Hebdo e na danceteria Bataclan em Paris tiveram impacto no mundo todo. Uniram países como Estados Unidos, Alemanha, França, Rússia, Espanha, Japão, Reino Unido e Rússia. Todos juntos passaram a combater o grupo radical. E é uma luta muito difícil. Porque basta uma pessoa com um colete cheio de explosivo para um atentado de grandes proporções. Por isso o medo nos grandes aeroportos do mundo.

A situação está longe de estar controlada. O Estado Islâmico não iria deixar de fora o esporte mais popular do planeta. O futebol. Não é apenas proibido jogar na interpretação radical de seus membros. Mas também assistir. Na cidade iraquiana de Mossul, controlada pelos terroristas, 13 jovens foram assassinados por estarem assistindo à partida entre Iraque e Jordânia, pelo Grupo D da Copa da Ásia, em 2015. Os corpos não puderam ser enterrados. Serviram como exemplo. Em 2016, um terrorista se infiltrou em estádio de futebol ao Sul de Bagdá. Ele estava lotado. Dois times locais se enfrentariam. Ele detonou seu cinto repleto de explosivo. Matou 30 pessoas. Feriu 95, várias delas gravemente. Entre os mortos estava o presidente da Câmara de Alexandria. Também no ano passado, a polícia de Paris conseguiu impedir um atentado que deveria ser histórico para o Estado Islâmico. No amistoso entre França e Alemanha, em Paris. Por sorte os terroristas foram mortos, impedidos de chegarem ao Stade de France. Assim que o jogo acabou, várias saídas foram fechadas por segurança. E o público, assustado, invadiu o gramado. Cena lastimável. Mas que rendeu publicidade mundial ao grupo extremista.

Outra barbárie ontem. Passava da meia-noite em Balad, cidade ao Norte do Iraque. Um grupo de iraquianos, apaixonado pelo Real Madrid,estava reunido em um café. Assistindo teipes de jogos antigos, conversando sobre o amor ao time espanhol. Três membros do Estado Islâmico surgiram. Conseguiram passar por três barreiras policiais montadas na cidade. Com fuzis e pistolas, atiraram contra os homens desarmados. Mataram 16, feriram 25 pessoas. Como não poderia deixar de ser, a barbárie repercutiu. Principalmente na Espanha. O Real Madrid publicou uma nota oficial de repúdio. O time jogará de luto, com uma braçadeira negra contra o La Coruña. Dois dos assassinos acabaram mortos. Um, cercado pela polícia, se suicidou explodindo o cinto com explosivos. Outro foi pego pela população e queimado vivo. Seu corpo foi colocado em frente ao café. O terceiro fugiu. O mundo do futebol está em alerta. Membro importante que organizou e participou do atentado no Bataclan, em Paris, foi preso na Bélgica. E deixou bem claro no interrogatório.
A Eurocopa de 2016 será alvo do Estado Islâmico. O grupo quer usar o torneio disputado na França como publicidade. E cometer um atentado histórico. As autoridades francesas já avisaram à Uefa, responsável pelo torneio. Se houver a suspeita de atentados, os jogos estarão confirmados. Mas sem público. Nenhuma pessoa será autorizada a acompanhar as partidas. Seria a derrota da civilização. A vitória da barbárie. Mas seria melhor do que inocentes mortos por radicais. O terrorismo religioso chegou ao futebol. Esporte proibido. Dos infiéis. Para os garotos do Estado Islâmico, a bola precisa ser trocada pela arma...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 14 May 2016 12:47:36

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