quinta-feira, 5 de maio de 2016

Os sete pecados de Tite que custaram a eliminação do Corinthians na Libertadores. O principal deles: aceitar que o Itaquerão vire salão de festas dos adversários. Péssima postura para quem deseja comandar a Seleção Brasileira...

Os sete pecados de Tite que custaram a eliminação do Corinthians na Libertadores. O principal deles: aceitar que o Itaquerão vire salão de festas dos adversários. Péssima postura para quem deseja comandar a Seleção Brasileira...




Tite é o melhor treinador deste país. Mas nem por isso está acima do bem e do mal. Em mais esta eliminação do Corinthians da Libertadores, nas oitavas de final, em pleno Itaquerão lotaod, ele tem grande parcela de culpa. E para quem almeja assumir a Seleção, treinar clubes grandes na Europa, precisa repensar esses erros. O primeiro e mais grave. Acreditar no mata-mata que empatar fora de casa é um grande resultado. Com o gol marcado fora, deixou de ser. Principalmente o 0 a 0. O Corinthians abriu mão de tentar vencer ou menos marcar contra o Nacional em Montevidéu. Retornou orgulhoso, como se tivesse garantido a classificação no Uruguai. Ficou à mercê do desespero depois dos gols do Nacional. Tite não conseguiu controlar os nervos de sua equipe. E nem os seus mesmo. Ficou travado, tenso durante a partida de ontem inteira. Descobriu que seu pesadelo não começou ontem. Na verdade, se materializou na semana passada, com o 0 a 0 que tanto gostou. O segundo, deixar de apostar em personagens que se parecem. E perder a noção da realidade. A história costuma se repetir, garantem os catedráticos. Mas Vagner Love é muito diferente de André. Se os dois amam balada e já aprontaram o suficiente por oito vidas, não é que terão o mesmo direito a uma reviravolta na carreira no Parque São Jorge. Muito pelo contrário. Por motivo bem simples. O potencial de André é muito menor do que Vagner Love. Sua confiança como jogador, suas arrancadas, seus chutes e cabeçadas diante dos goleiros adversários. Tudo é inferior. Tite acreditou até o atacante ser um grande personagem na eliminação de ontem. Se deixou iludir. É preciso perceber até onde chega a sua capacidade como treinador. É limitada. Seria excelente se recuperasse qualquer carreira. Mas Adenor não tem esse poder.

O terceiro passo em falso foi em relação a Bruno Henrique. Não adianta o treinador tentar disfarçar. Ele não gosta de colocar no Corinthians jovens atletas. Ele acredita que o jogador precisa estar tarimbado, cascudo para vestir a camisa do clube. E por isso virou as costas a Maycon. O volante tem treinado e jogado muito melhor do que Bruno Henrique. Para quem, como Tite, virou admirador do futebol intenso, vibrante, de passes corretos, era obrigatória que a dupla de volantes corintianos fosse Maycon e Elias. Era algo que até os atletas comentavam em off. Só que o técnico virou as costas ao talentoso jogador. Seu pecado? Ter 18 anos.

O quarto questionamento está em relação aos pênaltis. Como é possível o time perder tantas cobranças importantes? Desde que Tite assumiu o clube, nunca houve um grande cobrador. Só que a situação chegou ao seu limite. A eliminação diante do Palmeiras no Paulista de 2015. Contra o Audax no Estadual deste ano. Na péssima cobrança de André ontem. Que treinador é esse que não consegue fazer com que seus jogadores dominem esse fundamento? Algo muito simples virou pesado demais. De grandes consequências. Se a cobrança de André, faltando dez minutos para acabar o confronto, tivesse entrado, o Corinthians poderia estar classificado. Tite precisa se reinventar.

A quinta crítica é em relação à resistência aos novos. Para o treinador, a prioridade é de quem está há mais tempo no clube. Se houver um reserva pior do que o recém-contratado, joga o reserva. Isso pode ser ótimo para o ambiente. Mas não para a competição, jogos eliminatórios, de vida ou morte, como foi ontem no Itaquerão. Outra vez os treinamentos. Marquinhos Gabriel tinha tudo para ter atuado na posição de Rodriguinho. O canhoto recém-contratado estava pronto para jogar contra o Nacional. Houvesse um pouco de lógica, quem estava melhor deveria ser o titular. O caso lembra um pouco de Maycon. Com a diferença gritante que Marquinhos Gabriel já é um jogador rodado, pronto para a decisão. Tite errou e sabe disso. Não vai assumir publicamente.

A sexta atitude que o Corinthians pagou caro ontem foi a formação do banco de reservas. Muitos comentaristas reclamam a ausência de Marlone. O meia tem sim talento. Mas nos treinamentos tem deixado a desejar. Inseguro, inconstante. Poderia até ajudar. Mas deixar Luciano fora foi algo inexplicável. O atacante está muito bem fisicamente. E poderia ter ajudado muito mais do que André. Não há perdão para a montagem de banco de reservas. No jogo de ontem foi inaceitável não escolher o atacante.
O sétimo e cruel erro está na passividade do treinador. É impossível aceitar cinco eliminações seguidas no estádio corintiano. Com o Itaquerão abarrotado de torcedores. A postura corintiana nas duas quedas da Libertadores, nas duas do Paulista e uma na Copa do Brasil foi a mesma. Sem a vibração suficiente, a intensidade, a personalidade para se mostrar "dono do estádio". Tite precisa se aprimorar caso queira subir na carreira. Repensar sua postura. Continua sendo o melhor treinador do Brasil. Mas as eliminações do Corinthians não podem ser desprezadas. Além dos estúpidos desmanches da diretoria, o técnico cometeu erros. Ele é o comandante do futebol do clube. Chega de decepções, eliminações dentro de casa. Com toda a torcida dando apoio. Essa nunca foi a característica do Sport Clube Corinthians Paulista. Não como poupar Tite do quinto fracasso consecutivo. Cinco vezes seguidas já foram suficientes para ensinar. O Itaquerão tem de ser o caldeirão corintiano. Não salão de festas dos adversários. Palmeiras, Santos, Guarany, Audax e Nacional já desfrutaram. Agora chega, Tite! Você não é anfitrião, que dá o melhor para o convidado. A casa é sua...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 05 May 2016 14:45:22

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