domingo, 1 de maio de 2016

O acaso salvou o Santos. Lucas Lima torceu o tornozelo. Seu reserva, Ronaldo Mendes, marcou um golaço. E empatou a primeira decisão contra o Audax. Decisão do Paulista ficou para a Vila Belmiro...

O acaso salvou o Santos. Lucas Lima torceu o tornozelo. Seu reserva, Ronaldo Mendes, marcou um golaço. E empatou a primeira decisão contra o Audax. Decisão do Paulista ficou para a Vila Belmiro...




O acaso salvou o Santos da derrota. No primeiro ótimo jogo da decisão do Campeonato Paulista o empate. Aos 16 minutos do segundo tempo, Lucas Lima torceu o tornozelo direito. Saiu chorando. O Audax vencia a partida por 1 a 0. Estava confiante, próximo do segundo gol. O melhor meia do futebol brasileiro foi substituído por Ronaldo Mendes, aos 20 minutos. E 18 minutos depois, Tchê Tchê errou um passe infantil. A bola foi parar nos pés do reserva. Se fosse Lucas Lima provavelmente tentaria a assistência, o passe milimétrico. Ronaldo Mendes simplificou as coisas. Acertou um chute violentíssimo da entrada da grande área. Sem chance de defesa para Sidão. 1 a 1. O campeão ficará para a Vila Belmiro, no próximo domingo. "Fica um gosto amargo, mas faz parte da vida, é seguir lutando. Poderíamos sim ter vencido. O futebol é isso, bola para frente", disse Fernando Diniz. Ele sabia que seu time poderia ter vencido a partida. "Foi uma decisão diferente. Com os dois times buscando o ataque. Além de jogadores, nós somos torcedores. Gosto muito da proposta de jogo do Audax. É uma equipe muito forte. A partida foi equilibrada. O 1 a 1 foi justo. O bom foi que levamos a decisão para a nossa casa", resumiu Ricardo Oliveira, admitindo a paridade do confronto. O veterano atacante não escondia o alívio. O Santos sofreu muito em Osasco. Não é por acaso que a estatística mostrava. O Audax teve 59,9% de posse de bola. Dominou a ação na maior parte da partida. O duelo tático foi impressionante. Dorival Júnior começou melhor, mas Fernando Diniz conseguiu reverter a desvantagem. E conseguiu travar o time de ataque mais mortal do futebol de São Paulo. Dorival Júnior assistiu como um empolgado fã aos jogos do Audax contra o São Paulo e Corinthians. Mostrou para sua equipe. O time não faria o óbvio. Não se desgastaria marcando cada tiro de meta em cima. Pelo contrário. A marcação começaria na linha intermediária do time de Osasco. Se os zagueiros rivais quisessem trocar passes com Sidão, que ficassem à vontade. Foi uma estratégia muito esperta. O Santos não cometeu o erro dos são paulinos e corintianos, se mantiveram com grande número de jogadores no meio de campo. Tirou o espaço para a excelente troca de passes dos jogadores do Audax. Essa foi a maior lição que o treinador absorveu assistindo as partidas das quartas e da semifinal. A decisão de Dorival Júnior deu resultado. O time conseguiu se impor no primeiro tempo. Apesar de ser perseguido por onde andasse, Lucas Lima conseguia ditar o ritmo santista. Ele caía para as laterais ou recuava até a intermediária santista. Ficava de frente para a movimenta dos dois times. E colocava a bola onde queria. Era um grande problema para os jogadores de Osasco. Lucas Lima atraía a marcação, abria espaço importante para os atacantes santistas. Principalmente para Ricardo Oliveira. O jogador acertou duas vezes a trave de Sidão. E houve um pênalti não marcado para o Santos. Gustavo Henrique foi puxado por André Castro. Lance sutil, que o árbitro Flávio Rodrigues de Souza não percebeu. O Audax também era traído pelo nervosismo de seus atletas. Era a primeira vez na história que o time decidia um título paulista. A equipe errava passes fáceis. A movimentação, a dinâmica de jogo ficava prejudicada, traída pela ansiedade. Jogadores importantes como Tchê Tchê, Juninho, Bruno Paulo, Ytalo estavam decepcionantes. Foi muito injusto o primeiro tempo terminar empatado. O Santos foi bem melhor. E esteve sempre bem mais perto do gol. Fernando Diniz teria de agir no intervalo. E tomou providência. Tratou de trocar Juninho pelo atacante Wellington. Recuou Bruno Paulo. E fez seus jogadores passarem a marcar forte a saída de bola santista. Sem medo, adiantou a equipe. Até a linha de zagueiros passou a atuar mais longe de sua área. Comprou a briga pela decisão.

O Santos não esperava tamanha ousadia. O Audax passou a ganhar o fundamental duelo nas intermediárias. Estava muito melhor. O futebol de seus jogadores passou a fluir. Todos estavam mais calmos, concentrados na partida. Controlando melhor os nervos. E aos 12 minutos, em jogada rápida, fulminante, Tchê Tchê serviu Mike. O atacante deu um corte no atabalhoado Gustavo Henrique, que virou de costas. Mike deu o corte com o pé direito e chutou forte de esquerda. 1 a 0 Audax. O placar era mais do que justo. O time de Osasco teve outra chance preciosa. Mike e Ytalo tabelaram e o o autor do primeiro gol desviou a bola antes da zaga. Vanderlei fez uma excepcional defesa. O Santos estava nervoso, irritado. Havia perdido seus neurônios. Lucas Lima havia sido substituído. Torceu o tornozelo direito.

Dorival adiantou sua marcação, queria o empate de qualquer jeito. O Audax controlava a partida, quando Tchê Tchê cometeu um erro gravíssimo. Estava com a bola na lateral. Resolveu passá-la para o meio da intermediária, sem olhar. A bola caiu nos pés de Ronaldo Mendes. O substituto de Lucas Lima recebeu livre e da entrada da área, sem ser incomodado por ninguém, acertou chute violentíssimo. Sem chance alguma para Sidão. 1 a 1, aos 34 minutos do segundo tempo. Castigo injusto para o time de Fernando Diniz. Com o empate, os dois times perceberam que o melhor seria não arriscar. A decisão ficou para a Vila Belmiro. Dentro das circunstâncias, o resultado foi ótimo para o Santos. A final está aberta. Imprevisível. Culpa deste surpreendente e ousado Audax...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 01 May 2016 17:58:01

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