sábado, 16 de julho de 2016

Portugal, enfim,entra no seleto grupo das grandes seleções do mundo. Venceu a Eurocopa em plena Paris, derrotando os favoritos franceses. 12 anos depois, Cristiano Ronaldo chorou desta vez de alegria. Quem falou que o futebol não é justo?

Portugal, enfim,entra no seleto grupo das grandes seleções do mundo. Venceu a Eurocopa em plena Paris, derrotando os favoritos franceses. 12 anos depois, Cristiano Ronaldo chorou desta vez de alegria. Quem falou que o futebol não é justo?




Demoraram 12 anos e as lágrimas de Cristiano Ronaldo voltaram. Só que desta vez foram de alegria e não de decepção, tristeza. Com um gol de Eder, aos quatro minutos do segundo tempo de prorrogação, Portugal venceu pela primeira vez a Eurocopa. Derrubou a França, em Paris, por 1 a 0. Foi a emocionante zebra que surpreendeu o mundo do futebol. No site do jornal português A Bola, a declaração do autor do gol. Revelando a participação da maior estrela portuguesa. "Disse-me que seria eu a fazer o golo da vitória. Cristiano Ronaldo passou-me essa confiança. Mas foi um golo muito trabalhado por toda a equipa. Fomos espetaculares durante todo este percurso", comemorava Eder. A conquista foi ainda mais importante. Porque Portugal não pôde utilizar sua maior estrela. Aos sete minutos de jogo, o atacante escolhido por três vezes como melhor jogador do mundo, sofreu uma falta dura de Payet. Maldosa. Seu joelho esquerdo não suportou. Andou em campo, tentou ficar. Mas aos 24 minutos foi substituído. Saiu chorando, desesperado. Parecia um pesadelo. Para ele e para os portugueses do mundo todo. O destino indicava negar a conquista com a camisa da seleção. Teria a mesma sina de Lionel Messi?

Sua contusão e substituição contagiou não só Portugal. Mas toda a decisão. A França também perdeu parte da tensão do jogo. Os jogadores de Deschamps sabiam que estavam livres do seu maior inimigo. Mesmo nas arquibancadas do lotado estádio, todos pareciam ter tomado um banho de água fria. A maior estrela da Eurocopa estava fora do jogo. A reação de enorme frustração dominou todo o planeta. Mostrando o grau de importância do atacante do Real Madrid.

A França foi uma equipe superior durante os 90 minutos. E os 15 primeiros minutos da prorrogação. Marcou forte a saída de bola portuguesa. Pressionou, encurralou. Criou chances. Mas o time estava nervoso, afobado. A pressão pela conquista do título era imensa. Tinha a obrigação de repetir 1998. E com a saída forçada da grande estrela portuguesa, não haveria desculpa. Os jogadores sabiam disso. Só que o sistema de marcação feito por Fernando Santos foi excelente. Ainda mais contando com o espírito de dedicação, com a entrega da alma dos portugueses. As duas linhas de quatro e cinco jogadores travavam o 4-2-3-1 francês. Cada bola era disputada com a vontade de superação. Os portugueses queriam deixar de ser tratados como um time de segunda linha. Individualmente, a equipe de Fernando Santos foi subestimada durante toda a competição. Depois de imobilizar sua rótula, Cristiano Ronaldo decidiu. Não ficaria assistindo a tudo das tribunas. Isso, nunca. Deu uma lição de liderança. Ensinou qual é a função de capitão, para muitos que não sabem. Como Neymar. Virou o assistente de Fernando Santos, animou os jogadores. Vibrou, esqueceu da dor, da lesão. Mostrou que ser artilheiro, recordista e campeão da Champions pouco importava. Todos os títulos com o Real Madrid também. Esqueceu seu narcisismo. Foi o principal homem do elenco.

Cristiano precisava realizar seu sonho. Ganhar um título importante com a camisa de Portugal. Ele ainda é muito ligado à sua pátria. Valoriza o país onde nasceu. Deixou seu lado egocêntrico, de celebridade de lado. Foi apenas um jogador. E sem sua estrela maior, Portugal sofreu. Foi pressionado pela excelente França de Didier Deschamps. Tomou uma bola na trave aos 46 minutos do segundo tempo. Suou sangue para segurar o 0 a 0. Até que Eder mudou o roteiro que todos esperavam. A decisão por pênaltis não aconteceu. Graças a uma jogada individual do atacante reserva. Ederzito António Macedo Lopes, nascido na Guiné-Bissau, naturalizado português. O jogador do Lille dominou a bola da entrada da grande área francesa. E bateu. O chute saiu forte, rasante. Lloris não conseguiu se esticar. Mais de quatro quintos do stade de France se desesperou. A bola estufava as redes. Os franceses em campo também perderam a consciência tática e Portugal conseguiu segurar o 1 a 0. Vitória, conquista do sonhado primeiro título importante de sua história.

Mancando, Cristiano Ronaldo exerceu a sua mais deliciosa missão em Paris. Levantar a taça que representava não só a vitória da Eurocopa de 2016. Mas a entrada definitiva de Portugal na lista das grandes seleções do mundo. O destino foi justo. O dedicado time de Fernando Santos mereceu surpreender. E seu capitão ter o prazer de levantar a taça que perdeu 12 anos atrás. Quem falou que não existe justiça no futebol?




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 10 Jul 2016 19:10:48

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