sábado, 9 de julho de 2016

Cristiano Ronaldo é o capitão que o Brasil gostaria de ter. Mas precisa se submeter a um rodízio nas faixas. Para que ela não se torne propriedade de jogadores emotivos como Thiago Silva ou mimados como Neymar...

Cristiano Ronaldo é o capitão que o Brasil gostaria de ter. Mas precisa se submeter a um rodízio nas faixas. Para que ela não se torne propriedade de jogadores emotivos como Thiago Silva ou mimados como Neymar...




Decisão por pênaltis entre Brasil e Chile. Valia uma vaga para as quartas de final da Copa do Mundo de 2014. O capitão Thiago Silva se afasta de Felipão e dos jogadores. Se isola. Se senta sobre uma bola, de costas para onde os batedores eram definidos. Todos querem saber o que acontece. Ele responde que não cobra e não quer participar da decisão de quem vai cobrar. Ao final, com a vitória brasileira, ele desfalece nos braços de Felipão. Disse ao treinador que passou muita emoção. E que se a Seleção perdesse, ficaria marcada como a de 1950... Fim de jogo contra a Colômbia pela Copa América de 2015. Neymar ouve o apito. Mas mesmo assim chuta a bola com violência. Ela acerta Pablo Armero, que valoriza, se joga no chão. Os colombianos partem para cima de Neymar. Por muito pouco não há uma briga generalizada. O árbitro chileno Enrique Osses expulsa Neymar. O capitão brasileiro não se conforma. Desce para os vestiários. Espera o juiz passar. O segura pela camisa. E grita, raivoso. "Quer ficar famoso às minhas custas, filho da puta?" Neymar pega quatro partidas de suspensão. Não joga mais a Copa América e fica fora de dois jogos das Eliminatórias. Decisão das quartas de final da Eurocopa de 2016. Decisão por penalidades. O capitão de Portugal, Cristiano Ronaldo, anda em direção a José Moutinho. Ele não estava disposto a bater. Cristiano caminha firme. E grita. "Vem bater, vem bater, anda! Tu bates bem! Se perder, que se foda! Seja forte, seja forte! Confiança, caralho." Moutinho fica assustado com a veemência, mas decide cobrar. E Portugal vence, todos os batedores marcaram. Cristiano Ronaldo, Renato Sanches, João Moutinho, Nani e Quaresma. Estas três cenas darão o rumo do novo capitão da Seleção Brasileira. Tite é muito esperto. E descobriu uma maneira de tirar a tarja de capitão de Neymar. Sabe que ele não tem personalidade para liderar a Seleção. Não é uma ofensa. Pelé também não foi capitão do Brasil.

Mas nesta geração de jogador/celebridade, Tite não poderia simplesmente tomar a tarja. E colocá-la em Renato Augusto, atleta que admira, por exemplo. Seria um escândalo. O treinador vai promover um rodízio que usava no Corinthians. "Todos têm uma responsabilidade em cima da performance. Essa é a grande marca de uma equipe de futebol. E é essa a mudança de capitania te traz isso. Existe vários tipos de liderança. São várias facetas de capitania. O exemplar no dia a dia, no aspecto disciplinar. Eu procuro sim, fomentar o tipo de relação. Ganha um ganha todos." A intenção do treinador é minimizar a importância do capitão. Isso porque assim como Messi na Argentina, o treinador sabe que só a referência técnica, o talento, não justifica a liderança da equipe. Cristiano Ronaldo pode ser egocêntrico ao extremo, vaidoso. Mas é um líder efetivo. Cobra, anima, coloca os companheiros para cima. E dá o exemplo. Na decisão contra a Polônia, ele foi o primeiro a cobrar. E marcar. Thiago Silva já foi tema de discurso de Dunga aos jogadores da Seleção. E deixou claro que tudo o que ele não queria quando o Brasil passasse por dificuldade. Um capitão omisso. Neymar e seus chiliques contra os árbitros e seus marcadores só prejudicam a Seleção. Não servem como motivação. Pelo contrário. Os companheiros calam, mas sabem que ele está longe de merecer que todos sigam sua opinião. Mas quem é capaz de confrontar Neymar com a camisa verde e amarela? Por isso, o rodízio de capitães de Tite. Dói admitir. Hoje no Brasil não há ninguém como Cristiano Ronaldo...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 05 Jul 2016 14:34:14

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