domingo, 24 de julho de 2016

A vingança de Marcelo Oliveira. O Atlético Mineiro derruba o líder do Brasileiro dentro se sua casa. E incendeia o Brasileiro...

A vingança de Marcelo Oliveira. O Atlético Mineiro derruba o líder do Brasileiro dentro se sua casa. E incendeia o Brasileiro...




Foi a vingança de Marcelo Oliveira. O treinador que foi mandado embora do Palmeiras, acusado de não saber montar taticamente o time, deu uma aula tática. Travou a criatividade do time do seu sucessor. Conseguiu travar o líder do Brasileiro, dentro de sua casa. Comandando o Atlético Mineiro venceu por 1 a 0, gol de Leandro Donizete. Foi a primeira derrota do time de Cuca na arena paulista. O resultado incendiou o Brasileiro. Foi a primeira partida do Palmeiras sem Gabriel Jesus e Fernando Prass, com a Seleção Olímpica. "O Atlético tinha três volantes, eles marcaram muito bem, foram na frente uma vez e marcaram o gol. Eles diminuíram espaço, marcaram bem, mérito do Atlético. Não tivemos criatividade, uma bola cruzada rápida. Com time leve, não adianta cruzar bola alta, não pegamos bem os cruzamentos, com um time mais alto e a bola não foi bem posta", lamentava Cuca. O Palmeiras ainda é líder. Mas perdeu a chance de abrir cinco pontos em relação ao segundo colocado, o Corinthians. O time outra vez mostrou a grande dificuldade que sente na parte criativa. Cleiton Xavier e Dudu foram facilmente anulados pelos volantes atleticanos. Marcelo Oliveira sabia muito bem o que já teve nas mãos. Cuca não pôde nem sorrir neste dia 24 de julho de 2016. Apesar de completar três anos de seu maior êxito como treinador, este domingo só serviu para o preocupar. Apesar de ter o elenco recheado, contra grandes adversários, o meio de campo ofensivamente palmeirense continua mal. Isso é péssimo para quem se obriga a quebrar o jejum de 22 anos sem conquista do Brasileiro. "Infelizmente, depois de vários nomes estudados, analisados e sugeridos, não foi possível trazer reforços do exterior. O principal critério dessa busca é a nossa necessidade e a característica dos jogadores que se encaixem no perfil do Palmeiras. Claro que a comissão técnica não está satisfeita, mas entende toda essa dificuldade em trazer reforços", escreveu Eudes Pedro, auxiliar de Pedro, nas redes sociais, na quarta-feira passada.

Eudes sequer respira sem a ordem de Cuca. Ele nunca teria escrito uma linha se não fosse por ordem do treinador. O técnico ficou mesmo muito decepcionado. Ele queria um meia de talento do Exterior. Sabia que a equipe precisava. Seria perigoso depender de Cleiton Xavier e de Dudu, que insiste em jogar mais recuado. Mas não consegue render. O que se viu hoje contra o Atlético Mineiro foi a constatação do acerto em Cuca em insistir com Alexandre Mattos. O sistema defensivo montado por Marcelo Oliveira travou o Palmeiras. Do início ao final do jogo. Oliveira sabia que os palmeirenses iriam tentar fazer pressão, marcação alta nos primeiros minutos da primeira e da segunda etapa. Até para aproveitar a vibração de sua empolgante torcida. Só que Rafael Carioca, Lucas Cândido e Leandro Donizete foram os donos do jogo. O trio de volantes atleticanos se desdobraram. Travaram os planos do sistema ofensivo palmeirense veloz, trocando bolas. Foram muito bem distribuídos na intermediária. Oliveira matou o nascedouro das jogadas ofensivas palmeirenses. Cleiton Xavier não tinha espaço para procurar os atacantes. De nada adiantava Dudu, Roger Guedes e Erik correrem como ensandecidos. A bola não chegava. Tchê Tchê também não atraía ninguém para as laterais. A marcação, muito bem feita, foi arquitetada por setores. Jean e Zé Roberto não podiam abandonar seus setores. Robinho estava infernal, inspirado. O veterano atacante não ficava fixo nem na direita e nem na esquerda. Levava muita insegurança à defesa palmeirense, porque ainda mostrava repentes dos velhos tempos, há mais de 15 anos, quando viveu sua melhor fase na carreira. E Fred, continua lento, o potencial para fazer grandes tabelas e usar a velocidade, ficou para trás. Mas é um jogador consagrado. E que prendia Edu Dracena e Vitor Hugo. O primeiro tempo foi truncado de lado a lado. Não houve quase chances de gol. Até porque, de maneira absurda e sem o mínimo de lógica, o Palmeiras passou a levantar a bola na área. Só facilitou o trabalho de Leonardo Silva e Erazo. Os zagueiros, muito mais altos que os atacantes paulistas, faziam até pose para cabecear. As bolas aéreas mostravam a falta de repertório do meio de campo, a ótima marcação atleticana. Marcelo Oliveira tinha a certeza que o Palmeiras não se conformaria como o empate. Cuca adiantaria ainda mais seu time. Se não estava dando certo com a técnica, iria apelar para as bolas paradas, escanteios, e ataques em bloco. O Atlético Mineiro manteve uma postura firme, admirável. E pronto para explorar os contragolpes. Era evidente que haveria mais espaço. Foi exatamente o que aconteceu. A torcida pressionava, o Palmeiras partiu todo para o ataque. E em uma troca maravilhosa de passes, os mineiros calaram a arena. Muita qualidade veio à tona no toque de Fábio Santos para Fred, que descobriu Robinho, o toque foi preciso para Leandro Donizete. O volante ficou livre, diante do bom estreante Vagner. O toque foi seco, fatal para as redes. Atlético Mineiro 1, Palmeiras 0. Eram 14 minutos do segundo tempo. A partir daí, os paulistas perderam o controle de vez. Cuca colocou dois atacantes. Lucas Barrios e Alecsandro. Tentou empatar a partida na força, na raça. Mas a frieza mineira se impôs. Victor não teve muito trabalho. Foi bem protegido demais. O resultado frustrou os 39.400 torcedores que, de novo, lotaram o novo estádio palmeirense. Viram o time de Cuca se desdobrar, suar sangue. Mas incompetente para conseguir fugir da armadilha de Marcelo Oliveira. Ele mereceu sua pequena vingança. Cuca precisa pensar o que fazer com relação ao meio de campo. Um time bem preparado e com volantes inteligentes, trava o Palmeiras...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 24 Jul 2016 12:56:04

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