domingo, 10 de julho de 2016

Expulsão infantil de Maicon, o jogador de R$ 30 milhões, sabota o São Paulo. Derrota em pleno Morumbi lotado para o Atlético Nacional por 2 a 0. Agora, a missão quase impossível em Medellin...

Expulsão infantil de Maicon, o jogador de R$ 30 milhões, sabota o São Paulo. Derrota em pleno Morumbi lotado para o Atlético Nacional por 2 a 0. Agora, a missão quase impossível em Medellin...




A diretoria do São Paulo estava desesperada, envolveu R$ 30 milhões na contratação de Maicon. Não o queria fora da semifinal da Libertadores de jeito algum. E foi justo o zagueiro o principal personagem na terrível derrota contra o Atlético Nacional. 2 a 0 em pleno Morumbi lotado. Nada menos do que 61.766 pagaram ingresso para uma arrecadação fabulosa: R$ 7.526.480,00. O gosto amargo de eliminação precoce da final já arranha a garganta dos jogadores, de Bauza, da diretoria, dos torcedores. "Ao meu ver, não foi nenhuma agressão para cartão vermelho. Apenas coloquei a mão na cabeça dele, não sei se dei empurrão ou não, mas não é agressão. Como capitão da equipe, tenho que dar o exemplo, dar uma segurada a mais. Assumo toda a responsabilidade por ter sido expulso e por decepcionar meus companheiros e milhares de torcedores são-paulinos. Não sou jogador de baixar a cabeça. Vou trabalhar mais para todo esse esforço que fizeram para eu ficar seja compensado. Com certeza, errei", tentava se desculpar Maicon. Para deixar tudo ainda mais constrangedor, membros das organizadas, revoltados entraram em confronto com a polícia. Os torcedores atiravam pedras, garrafas, paus nos soldados. A PM revidava com bombas de efeito moral. Tudo em frente ao Morumbi. Torcedores "normais", com medo, ficaram no estádio por quase uma hora depois da partida acabar.

O autor dos dois gols colombianos, que provocou esse ambiente de frustração, foi Borja. Justamente o atleta envolvido na estúpida expulsão de Maicon. Aos 28 minutos, o zagueiro resolveu se impor. E passou a mão acintosamente no pescoço do atacante colombiano. Borja se jogou no gramado.O arbitro argentino Mauro Vigliano considerou agressão. Mostrou o vermelho para o jogador de R$ 30 milhões. A sua saída desmoronou o São Paulo. Bauza não quis colocar Lugano. Preferiu por o volante Hudson. A área ficou desprotegida. Os colombianos com um atleta a mais fizeram os dois gols, com toda tranquilidade. Trocando passes como se estivessem treinando. Lamentável... A noite já começou toda errada para o São Paulo. No Morumbi lotado, torcedores irresponsáveis acendiam os proibidos sinalizadores. Que deverão prejudicar o clube com multa desnecessária. Era o início da sabotagem. Bauza sem poder contar com Ganso e Kelvin optou por colocar Ítalo e Wesley. Repetiu o 4-2-3-1. Sabia que tinha a obrigação de vencer a partida jogando em casa. Seu adversário era o melhor time da Libertadores. Os colombianos foram os que mais pontuaram na primeira fase, com 16 pontos. 5 vitórias e um empate. Reinaldo Rueda conseguiu montar uma equipe versátil. Com jogadores velozes, hábeis, inteligentes e muito fortes fisicamente. Time que não se intimida atuando fora de casa. Adversário muito perigoso, já havia avisado o treinador argentino. A equipe não poderia cometer erros, que seriam fatais. No início da partida, o São Paulo tomou a iniciativa do jogo. Marcou a saída de bola dos colombianos. O sonho de Bauza era marcar o primeiro gol logo no início. Mas o Atlético Nacional não correu risco. Soube se defender muito bem. Os colombianos começaram intimidados, acreditando que a pressão seria imensa. Logo descobriram que a situação não era tão difícil como poderia parecer. E começaram a perceber que tinham espaço para tocar bola. O São Paulo surpreendentemente diminuiu o ritmo de seu jogo. Passou a jogar de forma mais lenta, sem intensidade. Os atletas só podem ter confundido consciência, organização, com letargia. Não foi nada difícil para os colombianos entenderem que poderiam dominar as intermediárias. As linhas do time brasileiro estavam muito distantes. Os jogadores do São Paulo se mostravam tensos, afoitos, travados. Não conseguiam fazer o jogo fluir. Facilitavam a marcação colombiana. E ofereciam campo para contragolpes. Sem o talento de Ganso na articulação, o São Paulo passou a fazer o óbvio. Levantar a bola na área colombiana. Era tudo o que o Atlético Nacional queria. Sua zaga é muito bem treinada. Bem posicionada, não passava sufoco. A bola não chegava ao desesperado Calleri.

O São Paulo tinha mostrava enorme abstinência de imaginação. E de jogadas pelas laterais do campo. A marcação colombiana estava preparada para Bruno e Mena. O que restavam eram os chutes da entrada da área. Thiago Mendes e Michel Bastos fizeram Armani fazer duas boas defesas. E só. O primeiro tempo já deixava a torcida impaciente, preocupada. O time brasileiro não conseguiu impor a pressão sonhada. Culpa dos colombianos, que possuem uma grande equipe. Muito bem treinada. No segundo tempo, o Atlético Nacional percebeu que estava respeitando demais o São Paulo, o futebol brasileiro, o Morumbi. Os colombianos adiantaram sua marcação. Passaram a ter a iniciativa, a atacar também. E se mostravam mais competentes, a movimentação dos jogadores, a troca de passe. Logo começaram a se impor. Enervando torcida e jogadores. Maicon, como capitão do time deveria dar o exemplo. Tentar acalmar os companheiros. Mas ele parece ter acreditado demais na campanha "God of Zaga", criada pelo arrogante departamento de marketing do São Paulo. E como "xerife" da defesa, ele já discutia com os colombianos. Principalmente com Borja, a quem marcava quase que individualmente. E aos 28 minutos veio o lance mais absurdo, desnecessário. O São Paulo iria cobrar uma falta na sua intermediária. Borja segurava a bola para irritar os brasileiros. Maicon passou a mão pelo seu pescoço e o empurrou, raivoso. Queria intimidá-lo. Mas a atitude foi vista pelo árbitro argentino como uma agressão. E ele mostrou o cartão vermelho ao zagueiro. O mesmo que o São Paulo comprometeu R$ 22 milhões e mais 50% dos direitos de Lucão e Inácio, avaliados em mais R$ 8 milhões. Resumo da triste situação. O Atlético Nacional que já estava muito melhor na partida, passou a ter um jogador a mais. Bauza não quis reforçar a zaga, colocando Lugano. Escolheu Hudson no lugar de Wesley. O que só facilitou a vida de Borja. Tanto que depois de uma troca de passes maravilhosa diante da defesa são paulina, o atacante recebeu livre, na cara de Denis, e marcou, sem a menor dificuldade. Aos 36 minutos, 1 a 0, Atlético Nacional.

O time e a torcida sentiram o impacto. O que só deu mais força ao Atlético Nacional marcar 2 a 0, em um lance parecido, aos 44 minutos. Troca de passes em bloco na entrada da área brasileira. O autor? Borja, o atacante que era marcado por Maicon. A situação do São Paulo é terrível. Terá de vencer os colombianos no mínimo por 2 a 0 para provocar a decisão por pênaltis. O Atlético Nacional não perdeu qualquer partida em Medellin nesta Libertadores. Ganso e Kelvin não deverão atuar na próxima quarta-feira. Maicon é desfalque certo. Pagará com a suspensão pela bobagem que cometeu no Morumbi. Justo o jogador que a diretoria deu a alma para que ficasse. Sem ele, Leco dizia que não conquistaria a Libertadores. Só que foi justo o zagueiro colocou tudo a perder. Derrota que todos no Morumbi têm a consciência. É quase impossível ser revertida. O gosto é que a Libertadores de 2016 terminou hoje...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 06 Jul 2016 23:46:43

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