quinta-feira, 7 de julho de 2016

A Alemanha sofreu. Mas em um duelo dramático, com direito a 18 pênaltis, eliminou sua histórica pedra no sapato, a Itália. Os campeões do mundo, com justiça, estão na semifinal da Eurocopa...

A Alemanha sofreu. Mas em um duelo dramático, com direito a 18 pênaltis, eliminou sua histórica pedra no sapato, a Itália. Os campeões do mundo, com justiça, estão na semifinal da Eurocopa...




Era o jogo mais aguardado da Eurocopa de 2016. Oito títulos mundiais, quatro de cada lado. E Alemanha e Itália não deixaram por menos. Foi o duelo do melhor time contra o de mais coração. Emoção a cada instante. O confronto entre gigantes valia a sobrevivência. Ao vencedor, uma vaga na semifinal. O derrotado iria para casa. Nunca os alemães haviam vencido os italianos em jogos oficiais. Eram oito partidas. Quatro vitórias da Itália e quarto empates. Com a bola rolando, o tabu seguiu. Depois de 120 minutos, com superioridade germânica, empate em 1 a 1. Vieram os pênaltis. Os dois melhores goleiros do mundo. Buffon e Neuer. Diante deles, três pênaltis perdidos de cada lado, na primeira sequência. 2 a 2. Vieram os alternados. Foram necessários nove cobranças de cada lado. Foram 18 penalidades até a decisão do vencedor.

Neuer defendeu o pênalti de Darmian. Hector bateu forte no canto esquerdo, Buffon tocou na bola, mas ela entrou. 6 a 5. Alemanha sofrendo muito, na semifinal da Eurocopa 2016. Se o tabu com a bola rolando se manteve, os eliminados pela primeira vez foram os italianos. Com toda justiça... Desde os primeiros minutos ficaram evidenciadas as propostas de cada seleção. A Alemanha, melhor time do mundo, queria vencer sendo fiel ao seu fundamento. Dominar o jogo com marcação alta, time compactado, ritmo intenso, troca de passes, inversões, recomposição automática sem a bola. Enfim, mostrar tudo que aprimorou desde 2014, quando humilhou o Brasil e ainda ganhou seu quarto título mundial. Já os italianos assumiam não ter um time tão bom. E buscava nos objetivos contragolpes, articulados por Antonio Conte, surpreender, eliminar os favoritos germânicos. O confronto tinha um ingrediente muito saboroso. O emocional. Embora a Alemanha tentasse disfarçar, incomodava muito a Joachim Löw, o fato de seu país nunca ter vencido os italianos em jogos oficiais. O tabu contabilizava oito partidas ao longo da história. Quatro vitórias da Itália e quatro empates. Todos tentavam disfarçar, mas os germânicos queriam acabar com essa história. Os italianos usavam a história para se animar. Buscar a superação. Sabiam que seria quase impossível se assumisse o duelo, cara a cara. Então, trataram de marcar muito forte. Duas linhas nítidas de quatro defensores e outros cinco na intermediária. A ordem era não deixar os alemães tocarem a bola em paz. A Alemanha teve grande dificuldade em ser objetiva. Teve o domínio de bola no primeiro tempo, mas não tinha objetividade. Löw chegou a escalar três zagueiros, Höwedes, Boateng e Hummels para que seu time tivesse mais segurança para tocar a bola. Aos 12 minutos, teve a imprevisível saída de Khedira. Contundido, o volante teve de deixar a partida. Entrou Schweinsteiger, com vontade de mostrar estar sendo injustiçado. Cada centímetro do gramado era disputado. A Itália conseguiu neutralizar o perigo, a troca de passes germânicos perto de sua grande área. E não conseguiram chegar ao gol de Neuer nos contragolpes ou nas bolas aéreas. O primeiro tempo acabou merecidamente em 0 a 0. A emoção dos gols ficou para o segundo tempo. Os alemães entraram dispostos a vencer. Löw adiantou ainda mais a marcação na saída de bola. Não deixava os italianos respirar. A pressão foi enorme. Mas o gol saiu graças à um lançamento de Neuer. A bola chegou em Gòmes. Em jogada ensaiada, ele serviu o lateral Hector. Ele invadiu a área e cruzou. Özil surgiu como um raio e fez, Alemanha 1 a 0, aos 20 minutos. O gol fazia justiça ao time mais interessado na vitória. Conte teria de abrir seu ferrolho. E adiantar os italianos para buscar o empate. Mas aos 23 minutos, Buffon fez defesa fantástica. Mario Gómes se preparava para tentar marcar de calcanhar, Chiellini cortou de qualquer maneira, e desviou para sua própria meta. O poder de reação do goleiro italiano foi fabuloso. Conseguiu espalmar a bola que parecia já dentro do gol. A geração italiana segue não sendo talentosa. Principalmente seus meias. Daí a insistência de Conte em cruzamentos para a área. O que aparentemente facilitava o trabalho da zaga alemã. Aparentemente. Porque aos 31 minutos, Boateng pulou de braços abertos para disputar pelo alto com Chiellini. O italiano desviou a bola que parou nos braços do alemão. Pênalti infantil, bobo. Digno daqueles feitos por Thiago Silva com a camisa do Brasil.

Bonucci aceitou o presente. E bateu de forma indefensável para o ótimo Neuer. 1 a 1. A Itália estava novamente mostrando o quanto é incômoda para os germânicos. Mesmo quando é inferior, como nesta Eurocopa. O gol mexeu com os nervos alemães, os italianos viveram seu melhor momento na partida. Mas não tiveram talento para conseguir a virada. Nos minutos finais, os dois times não se arriscaram. Os 30 minutos de prorrogação foram nervosos. Com os alemães tendo a posse de bola, a iniciativa, mas acabaram travados pela ótima marcação italiana. Ninguém conseguiu marcar. Vale sempre destacar o futebol solidário e coletivo dos dois times. Vieram os pênaltis.





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 02 Jul 2016 19:00:46

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