segunda-feira, 18 de julho de 2016

Árbitro chileno acaba com o sonho do São Paulo. Pênalti não marcado revolta, desconcentra o time de Bauza. Atlético Nacional vence por 2 a 1. E está na final. No Morumbi, começará a reformulação do time...

Árbitro chileno acaba com o sonho do São Paulo. Pênalti não marcado revolta, desconcentra o time de Bauza. Atlético Nacional vence por 2 a 1. E está na final. No Morumbi, começará a reformulação do time...




O São Paulo foi até o seu limite. Não conseguiu reverter a derrota por 2 a 0 no Morumbi. Perdeu para o Atlético Nacional, time melhor, por 2 a 1, em Medellin. Os colombianos estão na final da Libertadores da América. Essa é uma situação. A outra foi o imperdoável erro do chileno Patricio Polic. Ele teve a coragem de não marcar pênalti claro de Bocanegra em Hudson. O lance claro aconteceu aos 47 minutos do primeiro tempo. Poderia ter modificado a partida. Porque além da penalidade, o colombiano deveria ser expulso. Os jogadores do São Paulo, que fizeram ótima primeira etapa, voltaram revoltados. Irritados. Desconcentrados. O que facilitou as coisas para o Atlético Nacional, que dominou inteiramente os brasileiros. Para ódio dos são paulinos, o gol da vitória nasceu de um pênalti marcado para os colombianos. Depois da marcação de Polic, Lugano e Wesley foram expulsos. Borja não desperdiçou a cobrança aos 32 minutos do segundo tempo. O colombiano marcava seu quarto gol na Libertadores, todos contra o time brasileiro. A partida estava decidida. Acabava o sonho da conquista do tetra da Libertadores ao São Paulo. Maicon, expulso infantilmente na primeira partida, fez muita falta. Lugano e Rodrigo Caio estiveram muito mal. O veterano ídolo são paulino acabou complicando a atuação do jovem companheiro. O uruguaio não teve explosão muscular para cobrir Mena. O Atlético Nacional fez o que quis pelo setor direito. Apesar da atuação caótica do árbitro chileno, os colombianos mereceram chegar à final da Libertadores. Eles têm a melhor campanha e formam o melhor time da competição. O São Paulo foi no seu limite. "Fizemos um bom primeiro tempo. No segundo, jogamos com quatro atacantes para ganhar a partida, e isso deu espaço ao Nacional. Depois, vieram as expulsões, cobramos os critérios para marcar o pênalti, que não foi marcado no primeiro tempo. Já passou, chegamos aos quatro melhores da América. Terminamos com a cabeça erguida", discursou Bauza, após a eliminação. Ele sabia que seu time havia chegado ao limite. Nem os dirigentes são paulinos imaginavam que o clube fosse tão longe na Libertadores.

A reformulação no elenco deverá começar imediatamente. Acabou o empréstimo de Calleri e ele deixa o clube. Ganso deverá ser anunciado como novo jogador do Sevilla. O São Paulo foi para a Colômbia desacreditado. Não havia no elenco substituto para o seu jogador cerebral, Ganso. O meia havia sofrido um estiramento e não tinha condições de entrar em campo, apesar de tratamento intensivo: pela manhã, tarde e noite. Bauza tratou de colocar Centurión mais centralizado. Substituição que demonstra a falha de elenco. Luiz Araujo, pedido por conselheiros e torcedores, tem apenas 20 anos. E não havia treinado tão bem que justificasse sua escalação. Absurdo, o São Paulo não contar com um meia criativo na reserva. Por isso teve de apelar para improviso do fraco atacante argentino. Ele atuou tendo à sua direita Wesley, outra improvisação, já que Kelvin também estava contundido. E na esquerda, Michel Bastos. No meio, Hudson e Thiago Mendes. O São Paulo tentaria a façanha no 4-2-3-1. O Atlético Nacional estava visivelmente acomodado, certo da vitória. No primeiro tempo, a equipe não vibrou. Como se os atletas de Reinaldo Rueda soubessem que tudo fora resolvido no Morumbi. Os colombianos entraram para o jogo decisivo com uma postura tática arrogante. Com os atletas dispersos, como se não tivessem de se esforçar. A entusiasmada torcida, o clima favorável da partida traria a vitória. Tinham a certeza que os brasileiros estariam encolhidos. Erram completamente. Bauza comprou o risco. E colocou o São Paulo marcando forte, mais à frente do que o normal. Desprezou o fato de o jogo ser na Colômbia. Era realmente tudo ou nada. Essa atitude fez com que os brasileiros dominassem o primeiro tempo. Facilitados com o susto e com o 4-3-3 dos colombianos, no gramado molhado pela chuva. E logo aos oito minutos de jogo, Michel Bastos fez ótimo cruzamento. A testada de Calleri foi melhor ainda. Gol do São Paulo. Parecia um sonho para os brasileiros. A desvantagem do Morumbi começava a ser descontada, muito mais cedo do que qualquer um poderia imaginar. Só que o time se animou. E a zaga, formada por Rodrigo Caio e Lugano, jogou toda a partida de maneira errada. Em linha e adiantada. Os colombianos têm excelente toque de bola. Não demorou e, inteligente, Bérrio lançou Borja. Se estivesse com os reflexos de dez anos atrás, Lugano daria um carrinho e interceptaria a bola. Como não está, ela chegou aos pés de Borja. E ele não perdoou. Bateu cruzado, forte. 1 a 1, aos 15 minutos.



Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 13 Jul 2016 23:53:37

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