domingo, 31 de julho de 2016

Vibrante, o Corinthians arranca a vitória do Internacional, em plena Porto Alegre. Cristóvão finalmente descobriu o perfil do time que treina...

Vibrante, o Corinthians arranca a vitória do Internacional, em plena Porto Alegre. Cristóvão finalmente descobriu o perfil do time que treina...




Uma vitória do conjunto, da união, do futebol coletivo, da vibração. O Corinthians conseguiu vencer o Internacional em plena Porto Alegre. Cristóvão finalmente parece ter descoberto o perfil do time que treina. O gol de Elias, em sua maior especialidade, a infiltração. O chute perfeito, depois de excelente passe de Romero, garantiu três pontos fundamentais premiou a equipe que teve mais consciência tática. O time de Falcão outra vez só correu, lutou. Mas fracassou na coordenação, dinâmica. Só vontade não adianta. Por isso, a sétima derrota em uma série de nove jogos dos gaúchos sem vitória. "Estávamos crescendo e precisávamos ser mais consistentes. Fomos bem testados. Jogo difícil. Fomos superiores nos dois tempos. Só no início do segundo que levamos pressão normal. Grande jogo. Convincente. Estávamos precisando", admitiu Cristóvão. "O grande mérito é ver como a equipe jogou. O que cobramos é jogar fora igual jogamos em casa. Cobramos isso de cada um", confidenciava Danilo, feliz, depois da difícil vitória. Danilo tocou no ponto. Quando ele revela a cobrança generalizada no Corinthians, começou por Cristóvão Borges. O treinador até que enfim perdeu sua postura discreta, elegante. Falou alto, cobrou seus jogadores maior entrega, vibração durante os jogos. Trocar bola sem ambição, interesse e ainda permitir que o adversário faça o que quiser, como aconteceu contra o Figueirense, é tudo o que o Corinthians não poderia fazer no restante do Brasileiro. A começar por hoje, em Porto Alegre. Cristóvão sabia da difícil situação do Internacional. O time estava há oito jogos sem vitórias. Falcão já pressionado por um resultado marcante. A rivalidade contra os corintianos sempre foi grande. Mas disparou no Brasileiro de 2005. Todo confronto é muito tenso. Era mais do que previsível o jogo brigado, onde centímetros seriam disputados com raiva, intensidade. O sonho do Internacional de Falcão era sair na frente no placar, logo nos primeiros minutos. Houve a tentativa de um abafa. Mas o Corinthians estava muito bem postado, firme. Pronto para travar a partida. Não permitir que os gaúchos usassem a força de sua inflamada torcida, que outra vez encheu o estádio colorado. Cristóvão apelou para métodos usuais de Tite, quando a situação era complicada. Enfrentar um adversário tradicional e poderoso longe de Itaquera. O treinador corintiano tratou de apelar para o 4-5-1. As intermediárias determinariam o vencedor do jogo. Nada de postar o time na defesa, acuado, esperando o Internacional atacar. Não. O importante era transformar a partida em uma guerra no nascedouro das jogadas. Não dar oxigênio para os habilidosos Seijas e Valdivia. Sem liberdade para acionar Vitinho e o tanque de guerra chamado Ariel, a maior parte dos problemas defensivos estavam resolvidos. Nesta briga, a participação não só de Bruno Henrique e Elias foram fundamentais. A aplicação de Giovanni Augusto, Marquinhos Gabriel e Romero acabaram exemplares. André seguiu como sempre: adiantado, tentando segurar os zagueiros. Mas ainda preso à sua sina de disperso. A briga também estava nas laterais. Nem Fagner ou Uendel tinham espaço. Assim como Ernando e Artur sofriam para quando buscavam ajudar o ataque. Não foi uma partida bonita de assistir. Principalmente no primeiro tempo. No começo do jogo houve um erro de Marcelo Lomba. Marquinhos Gabriel ganhou dividida do goleiro, mas chutou, precipitado, por cima. Logo em seguida, André atrapalha Elias e evita o gol corintiano. O Internacional sem seus articuladores, não teve como chegar na área corintiana. A não ser em bolas paradas, faltas e escanteios. E aos 41 minutos, um gol que lembrou muito o time de Tite. Romero estava com a bola, a zaga do Internacional perseguia o paraguaio e prestava atenção em André. Foi quando surgiu Elias, de surpresa, e chutou para o fundo do gol de Marcelo Lomba, Corinthians 1 a 0. Para o segundo tempo, o Internacional, pressionado, voltou com duas substituições. Sasha no lugar de Vitinho e Nico López no lugar de Valdivia. Como Jair havia entrado no vaga de Anselmo, contundido, os gaúchos não poderiam trocar qualquer atleta nos últimos 45 minutos. Mais para desespero do que para ousadia. Cristóvão mandou seu time ficar ainda mais forte na marcação. E explorar os contragolpes, o Inter deixaria espaço atrás. Foi o que aconteceu. Depois de Ariel quase tropeçar na bola e tentar cavar pênalti, Romero e André tiveram duas grandes chances para ampliar. E desperdiçaram, na frente de Marcelo Lomba. Para garantir o resultado, André e Giovanni Augusto passaram a marcar, fechar os laterais. Não suportaram tanto esforço e tiveram de ser substituídos. Mas mostravam a garra incrível do Corinthians. Até mesmo Elias não suportou o sacrifício para travar Seijas. E acabou cansando. Rodriguinho entrou para fechar o seu setor. O Internacional de Falcão seguia tenso, desesperado. Não conseguia superar a barreira montada na intermediária corintiana e oferecia contragolpes. A torcida sentia que o time fraquejava. Nico López era o único a levar perigo aos corintianos. Demonstrou que deveria estar na partida desde o início do jogo. O Corinthians manteve a concentração e aplicação até o final da partida. Os jogadores mostravam o quanto queriam lutar pela liderança do Brasileiro com o Palmeiras.

O Internacional saiu de campo derrotado, abatido, entregue. Uma mudança radical precisa acontecer. Ou terá outro ano perdido. Não é por acaso que está há nove jogos sem vencer. O elenco não encaixa. Falcão segue fazendo outro trabalho fraco. A diretoria corintiana autorizou e o twitter provocou outra vez o eterno rival. Fazendo uma referência ao DVD que o então presidente do Inter, Fernando Carvalho, distribuiu a jornalistas e enviou à CBF. Nele, lances que provariam a ajuda dos árbitros aos paulistas. Já Cristóvão deu mostrar que está acordando. Descobrindo que tem jogadores que precisam vibrar. Atuar perto, tirar o fôlego do adversário. Ter consciência da sua força tática. E colocar o coração a favor do conjunto, do time. Sem se preocupar com elegância, toque de bola inútil. Cristóvão descobriu o perfil do time que treina...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 31 Jul 2016 18:13:49

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