sábado, 23 de julho de 2016

Sob vaias, o Corinthians só empata com o Figueirense no Itaquerão. E ainda o juiz ajudou o time de Cristóvão. Teve a coragem de não expulsar Cássio. Um vexame...

Sob vaias, o Corinthians só empata com o Figueirense no Itaquerão. E ainda o juiz ajudou o time de Cristóvão. Teve a coragem de não expulsar Cássio. Um vexame...




Danilo conseguiu salvar Cristóvão. Uma cabeçada do veterano meia evitou a derrota do Corinthians. O gol do jogador de 37 anos garantiu o empate em 1 a 1 com o Figueirense, no Itaquerão. Outra vez, os corintianos jogaram mal em casa. E desperdiçaram a chance de empatar na liderança com o Palmeiras. Foi mal diante de uma equipe grudado à zona do rebaixamento. Outra vez, como contra o São Paulo, o treinador corintiano foi vaiado. A equipe não conseguiu superar o previsível sistema defensivo do time de Argel. Nos planos de Cristóvao, ele sonhava com seis pontos nestas duas partidas no Itaquerão, conseguir seis pontos. Ficou com apenas dois. Perdeu quatro. André teve outra vez uma péssima atuação. Romero também não esteve bem. Para tristeza da diretoria, faltou alguém para empurrar a bola para as redes. Um artilheiro. Alexandre Pato poderia ter muita utilidade. Mas ele não jogou porque a diretoria temeu o confronto com a torcida. E ficou sem o jogador. O Vilarreal estaria interessado no atacante. Se o clube espanhol não levá-lo, ele reestreará pelo Corinthians em Porto Alegre, no próximo final de semana, longe dos torcedores que o rejeitam. "Foi o gol mais bonito que eu fiz na minha carreira. Mas o Cássio deveria ter sido expulso. Ele me deu um pontapé. Tinha de ter tomado vermelho", reclamava, com razão, Dodô. "A torcida é exigente. Quando cheguei aqui, o que mais me chamou a atenção é que antes não existia isso do incentivo durante todo o jogo, com a aprovação ou reprovação só depois da partida. Mas, como viemos de um empate aqui, hoje eles estavam um pouco mais impacientes", disse Cristóvão, diante das vaias que acompanharam seu time durante o jogo. Na verdade, ele não admitiu o óbvio. O Corinthians foi mal de novo.

O árbitro baiano Marielson Alves Silva ajudou o Corinthians. De maneira explícita. Cássio deu um pontapé violentíssimo em Dodô, que descia livre. O time catarinense vencia a partida por 1 a 0. Marielson teve a coragem de não dar o cartão vermelho. Outro vexame da arbitragem brasileira. O jogo marcou a despedida do Corinthians de Itaquera. Enquanto acontecer a Olimpíada, o time atuará no Pacaembu. Só retornará ao seu estádio no final de agosto. Cristóvão sabia que seria muito cobrado. Depois do fraco futebol no empate contra o São Paulo, domingo passado, no estádio corintiano, a obrigação de vencer o Figueirense era absoluta. O treinador queria escalar Alexandre Pato. Ele sabe que o atacante tem muito mais potencial que André e Romero, seus titulares. Mas a diretoria não queria a reestreia. Havia medo que a torcida perseguisse o atleta, com vaias e palavrões. E acabasse atrapalhando o time. Além disso, há uma sondagem do Vilarreal. Nada concretizado, por enquanto. Mas a esperança é que os espanhóis acabem ao menos levando o atacante embora. E o clube se livre de ter de pagar R$ 4,8 milhões em salários. Sem Pato, o Corinthians entrou tentando compensar a falta de talento na frente, no último toque, com muita pressão, marcação alta na saída de bola catarinense. Mas Argel sabia que isso aconteceria. E, fã de carteirinha de Simeone, fez o que o Atlético de Madrid cansou de repetir quando enfrenta adversário mais forte e fora de casa.

A marcação do Figueirense começava na intermediária corintiana. Os atacantes e meias de desdobravam, impedindo que os volantes saíssem com a bola dominada. Giovanni Augusto e Marquinhos Gabriel ficavam encaixotados, porque os volantes catarinenses estavam nos seus calcanhares. Essa pressão forçava os irritantes erros de passe do Corinthians. O Figueirense queria e conseguiu quebrar o ritmo corintiano. Não deixou o time jogar com a torcida. Chegava a ser desesperador, os torcedores que lotavam o Itaquerão apoiando a equipe de todas as maneiras. Só que faltavam inspiração, talento e jogadas pelas laterais para o Corinthians se impor. A bem da verdade, só aconteceu uma boa triangulação pela linha de fundo. Uendel conseguiu cruzar e André cabeceou, tirou do ótimo goleiro Thiago Rodrigues. E Pará salvou em cima da risca. Em compensação, Balbuena tentou atrasar a bola para Cássio. O passe saiu fraco. Dodô ficou com a bola. E, sozinho com o goleiro corintiano, se apavorou. Chutou para fora, de forma bizarra. A torcida vaiou o final do primeiro tempo com o 0 a 0. No intervalo, o único a trocar foi Argel. Tirou o atacante Rafael Siva, um espectador do jogo. Colocou no seu lugar, o meio campista Bady, para travar ainda mais as intermediárias. Cristóvão não trocou ninguém. O Corinthians voltava um pouco mais adiantado. Com Giovanni Augusto na esquerda e Marquinhos Gabriel na direita. E quase marcou aos cinco minutos. Marquinhos Gabriel deu ótimo passe de calcanhar para Léo Príncipe. O cruzamento foi perfeito. Mas livre, Romero cabeceou para fora. Aos nove minutos, Giovanni Augusto entrou livre na área e chutou forte. Mas Thiago Rodrigues fez excelente defesa. Quando o Corinthians parecia que abriria o placar, veio o castigo. Cruel. Dodô precisava se redimir do gol ridículo que perdeu ao final do primeiro tempo. E conseguiu. Ao conseguir encontrar espaço na entrada da área, acertou chute violentíssimo, indefensável para Cássio. Figueirense 1 a 0, aos 13 minutos. A tensão dominou o estádio. Os jogadores corintianos passaram a ficar pressionados, nervosos, tensos. O que era ótimo para o Figueirense. Elias e Danilo já estavam em campo, nos lugares de Rodriguinho e Giovanni Augusto. A torcida se mostrava impaciente. E vaiava Cristóvão. Quando aconteceu o lance crucial do jogo. Dodõ foi lançando na corrida. A defesa corintiana falhou. Ele estava sozinho diante de Cássio. Deu um toque para o lado esquerdo e iria correr pelo direito. Tomou um pontapé violentíssimo do goleiro. Lance claríssimo de expulsão. Mas Marielson Alves Silva se intimidou. E deu apenas o cartão amarelo. Absurdo. O Figueirense foi prejudicado de forma revoltante. O Corinthians já estava nervoso, tenso. Perdia o jogo. E com um atleta a menos, tudo poderia ser muito pior. Marielson teve influência total no resultado do jogo. O lance aconteceu aos 32 minutos do segundo tempo.

Aos 38 minutos, a injustiça. Marquinhos Gabriel cobrou escanteio e Danilo cabeceou de forma perfeita, sem chances de defesa para Thiago Rodrigues. 1 a 1. Animado com o empate, o Corinthians ainda tentou a virada. Mas o Figueirense se segurou. O time estava esgotado fisicamente e irritado, desconcentrado, pelo erro do árbitro. Mesmo assim, o time de Cristóvão não conseguiu vencer. Ficou no 1 a 1. Resultado péssimo. Mas quem viu a partida sabe que poderia ser muito pior. Talvez, se Marielson não estivesse apitando...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 23 Jul 2016 18:03:15

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