A Globo acaba de dar mais um argumento para Paulo Nobre. O presidente do Palmeiras segue mantendo sua postura solitária. Apesar da maioria dos conselheiros defender o rompimento com a emissora, segue firme. Quer renovar o contrato de transmissão do Brasileiro com o Sportv. E não ir para o Esporte Interativo. Para o dirigente, a situação na aberta não é boa. Com o privilégio claro para o Corinthians. E até com mais jogos do São Paulo mostrados do que o Palmeiras na Globo. Palmeirenses e santistas são considerados "derrubadores de audiência". Mas romper, por uma questão de revanchismo e ganhando quase a mesma coisa, não compensa. Como fez o Santos. Quando o clube da Vila Belmiro fechou com o Esporte Interativo, dirigentes se prepararam para a represália. Aparecer o menos possível na Globo. E é o que acontecerá hoje.
A emissora segue fiel à sua tradição. Sem brasileiros na disputa, não mostra a final da Libertadores. Só quem tem tevê a cabo verá Independente del Valle e Atlético Nacional. Esse tipo de desrespeito com quem acompanhou a competição inteira, e não poderá ver a decisão, é rotineiro. A Globo tem o direito de mostrar a final, pagou por isso, mas não quer. E fará a mesma coisa com a Copa do Brasil. Os paulistas ficarão sem futebol hoje à noite. Mesmo tendo time grande envolvido na rodada. Só que se trata do Santos. O clube que assinou contrato com o canal brasileiro da Warner entre 2019 e 2024. E que já reclamava de "sempre ser deixado de lado" pela Globo. Assim, seus torcedores não verão o confronto contra o Gama. Pouco importa se é o atual campeão de São Paulo. Como a Bandeirantes não tem dinheiro para seguir dividindo a transmissão de futebol com a Globo, não há opção para quem só tem tevê aberta. A emissora carioca mostrará filme aos paulistas. "Percy Jackson e o Mar de Monstros."
A alusão ao mar, litoral, Santos é mera coincidência. Não se trata de fina ironia. E sim o título original deste filme para adolescentes. Muito ruim, por sinal. Não ter suas partidas mostradas pela tevê aberta é um dos maiores obstáculos para o Santos. Principalmente em relação ao patrocínio master na camisa. O maior objetivo de quem paga mais de R$ 15 milhões por ano é ser observado, lembrado por milhões de pessoas. Sem a tevê aberta, nada feita. A diretoria santista tem certeza que a postura da Globo em relação ao clube é a grande culpada pela ausência de patrocinadores masters. Já são três anos sem esse dinheiro no orçamento do clube. Paulo Nobre quando assinou o maior contrato de patrocínio do país, com a Crefisa, garantiu aos donos da empresa que eles teriam grande visibilidade na Globo. E por isso resiste até hoje ao assédio do Esporte Interativo e da maioria dos conselheiros palmeirenses, que não se conformam com tão poucos mostrados do seu clube pela emissora. Mas a filosofia de Nobre é clara. Ruim assim, mas poderia ser pior. Como os santistas. Mais uma vez hoje fora da tela...
Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 20 Jul 2016 07:34:26
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