domingo, 13 de setembro de 2015

A insana busca do Palmeiras por um meia. Marcelo Oliveira sabe que a falta desse jogador trava seu time. Diretoria já sonda mercado para 2016. Não está nada fácil substituir Valdivia...

A insana busca do Palmeiras por um meia. Marcelo Oliveira sabe que a falta desse jogador trava seu time. Diretoria já sonda mercado para 2016. Não está nada fácil substituir Valdivia...




A paciência da torcida e de Marcelo Oliveira chegou ao final. Depois da vitória sofrida contra o Figueirense, ontem em casa, o treinador desabafou. Não suporta mais a falta de criatividade do time. Se ressente de um meia talentoso. No seu esquema favorito há a necessidade de um camisa 10 de verdade. "Pecamos um pouco neste aspecto (na criação). É preciso fazer uma jogada individual, termos um meia criativo. Estávamos tocando muito, mas de forma um pouco lenta", lamentou publicamente. A torcida vaiou o time, reclamou, xingou. Os gols do 2 a 0 saíram de um escanteio, marcado pelo zagueiro Jackson e de um pênalti sofrido e cobrado por Zé Roberto. Ao executivo de futebol, Alexandre Mattos, o treinador havia reclamado desde que foi sacramentada a saída de Valdivia. Ouviu a resposta que deveria classificar o time para a Libertadores. E não teria o que reclamar em 2016. Ele se incumbiria de contratar um grande meia. A dupla acreditava que os 25 contratados bastariam. Pelo menos para o que Mattos e Paulo Nobre chamam de primeira fase da reviravolta palmeirense. O ex-técnico Oswaldo de Oliveira assegurou que, para ficar com uma vaga na Libertadores, os atletas seriam suficientes. Meias até sobravam. Tanto que Alan Patrick foi repassado ao Flamengo sem dor na consciência. Ele acreditou que Claiton Xavier, Robinho, Fellype Gabriel, Allione serviriam. O quarentão Zé Roberto teria como prioridade a lateral, mas de vez em quando poderia atuar no meio de campo. Apostava que estava "ótimo", termo que repetia a todo instante.

Não estava. Tanto não estava que Oswaldo acabou demitido porque o time não rendia, principalmente a ligação entre o meio e o ataque. Alexandre Mattos foi pego de surpresa. Com o mercado internacional fechado, até sondou a Série B. Mas não conseguiu encontrar um jogador que valesse a pena apostar. Preferiu investir suas esperanças em Marcelo Oliveira. O atual técnico bicampeão brasileiro foi um meia de ligação excelente. Seu futebol era refinado, talentoso. E logo detectou a grave falha na montagem do elenco. Ainda mais porque está convencido que seus atletas da frente, alguns grandalhões e outros baixos e velozes precisam de alguém especial. Um jogador com capacidade para alternar toques curtos com lançamentos. Isso ele não tem. O time se ressente e várias vezes utiliza um recurso tosco, que só facilita o trabalho da defesa adversária. A ligação direta. Os chutões de Fernando Prass ou dos zagueiros fazem de conta que os meias não existem. A bola chega para os atacantes de costas. Os beques adversários enxergam a bola, a jogada de frente. A cada partida, o desespero de Marcelo cresce. O que deixa ainda mais irônica a situação. Alexandre Mattos não está parado. Sabe que a hora de tentar amarrar a chegada de um ou até dois meias de qualidade é agora. Empresários garantem que o Palmeiras tem nomes de primeira linha na lista. O sonhado por Paulo Nobre segue sendo o argentino Conca. O milionário Shanghai SIPG paga nada menos do que R$ 2 milhões por mês ao jogador. A equipe é a segunda colocada no Campeonato Chinês. E não está mostrando brecha para liberar o meia.

Conca é o desejo maior de Nobre. Mas Marcelo Oliveira gostaria mesmo do jogador com quem trabalhou duas vezes. Éverton Ribeiro. Tanto no Coritiba como no Cruzeiro, ele resumia tudo o que o treinador deseja de um atleta moderno, versátil. Mattos sabe o quanto os dois se dão bem. Só que o Al Ahli pagou 9 milhões de euros, cerca de R$ 39 milhões, por 60% do meia. Ele recebe cerca de R$ 1,3 milhão a cada 30 dias. O fato de Everton Ribeiro estar sendo deixado de lado por Dunga é levado em conta. O treinador acredita que não há competitividade nos Emirados Árabes. Seria um fator de sedução palmeirense. Só que os árabes não querem abrir mão do jogador. A esperança está na forte ligação que mantém com Marcelo Oliveira. Outro atleta que faz parte dos sondados é Diego Ribas. O ex-companheiro de Robinho no Santos já não é um menino. Tem 30 anos. Há 11 circula pela Europa. Nômade, já passou pelo Porto, Werder Bremen, Juventus, Wolfburg, Atlético de Madrid. Assinou no ano passado contrato de três anos com o Fenerbhaçe da Turquia. Ele recebe R$ 15 milhões por ano, ou R$ 1,2 milhões anuais. Diante de tanto dinheiro, o mercado argentino está sendo dissecado. Federico Mancuello do Independiente é um meia canhoto, habilidoso, rápido. Mas instável. Foi sondado por Mattos no meio do ano, e seu preço também assustou: 5 milhões de dólares, cerca de R$ 19 milhões. Sem a menor chance de empréstimo.

O meia Wagner, ex-Fluminense, pode ser uma opção menos balada. Ele foi atuar na China, no Tianjin Teda. O clube faz péssima campanha. É o penúltimo colocado. E deve reformular o elenco ao final da temporada. No mercado nacional, atletas são admirados por Marcelo Oliveira. Só que as contratações são perto do impossível. Lucas Lima do Santos quer, de qualquer maneira, ir para a Europa no final do ano. D"Alessandro renovou seu contrato até 2017 e é patrimônio do Internacional. Apesar de toda instabilidade, o São Paulo não liberaria Paulo Henrique Ganso para o mercado nacional. Principalmente para o Palmeiras. O jogador que deveria ser uma esperança do clube, o meia chileno Arancibia, de 18 anos, não está correspondendo. Tem qualidades técnicas, mas segue tímido em campo. Seu empréstimo é de um ano e meio. Nesta insana busca por um meia habilidoso, inteligente e capaz de ditar o ritmo da equipe, só um nome não pode ser citado por Mattos, Marcelo Oliveira e Paulo Nobre. Valdivia...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 13 Sep 2015 08:28:40

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