domingo, 13 de setembro de 2015

São Paulo usou alma e o talento de Pato para quebrar a invencibilidade do Grêmio em Porto Alegre. "Agora espero a Seleção. Não vejo ninguém melhor do que eu", resume o 'humilde' Pato...

São Paulo usou alma e o talento de Pato para quebrar a invencibilidade do Grêmio em Porto Alegre. "Agora espero a Seleção. Não vejo ninguém melhor do que eu", resume o 'humilde' Pato...




O São Paulo arrancou a vitória a fórceps em Porto Alegre. O time de Juan Pablo Osório não se intimidou, encarou o Grêmio e sua empolgante torcida na nova arena. Com ótimas atuações de Alexandre Pato e Rodrigo Caio, jogou de forma inteligente, recuperou a autoestima, e venceu por 2 a 1. Foi a primeira derrota gremista no seu estádio neste Campeonato Brasileiro. Os paulistas ganharam três pontos importantíssimos, fundamentais na sua luta para tentar disputar a Libertadores de 2016. É o quinto colocado, com 41 pontos. Os mesmos do Flamengo, quarto. O time de Roger lamentou muito. Se vencesse, chegaria a 48 pontos, assim com o segundo colocado, o Atlético Mineiro. Mas parou diante do inteligente sistema de marcação muito bem montado por seu rival colombiano. "Eu tenho muito a agradecer ao Osório. Ele me deixa à vontade em campo. Jogo como eu gosto. Hoje ele me pediu para marcar lateral e também ajudar na frente. Fiz meu gol e ainda colaborei com o time. Estou muito ansioso em relação à Seleção Brasileira. Até porque não vejo ninguém melhor do que eu. Acredito que o professor Dunga vai lembrar de mim", disse o jogador empolgadíssimo após a vitória do São Paulo. Osório concorda. É comanda a campanha para a convocação de Dunga. "Ele é um dos melhores pontas do mundo. Tem técnica, velocidade, conduz bem a bola. Neste domingo, ele atacou, correu, ajudou a recuperar a bola. No momento, merece estar na Seleção Brasileira." O São Paulo precisava recuperar sua autoestima, depois de perder por 3 a 0 para o Santos. Já o Grêmio queria confirmar a arrancada. Não só pelo G4. Mas para a disputa real do título do Brasileiro. Antes de ser tático, o duelo entre Osório e Roger foi psicológico. Ambos sabem o limite de seus jogadores. O colombiano é muito estudioso e sabia muito bem que o Grêmio de Roger é a equipe de maior intensidade do país. O ponto forte está na aglutinação da defesa, meio de campo e ataque. Assim, com muita luta se soma aos espasmos de talento de Luan e Douglas. O excelente histórico gremista em casa se explica por essa postura firme, que sufoca o adversário na sua própria intermediária. Marcando a saída de bola, força o erro e com seu ataque veloz, costuma costurar as vitórias. Só que Osório montou uma armadilha. Tratou de superpopular o meio de campo. Com direito ao lateral Carlinhos improvisado como meia. Na verdade, foi algo inusitado no futebol brasileiro. O São Paulo atuou no 3-6-1. Bruno, Thiago Mendes, Michel Bastos, Carlinhos, Ganso se desdobravam, impediam o toque de bola gaúcho. E Pato encarava sozinho a zaga gremista. A ousadia deu resultado. Roger esperava aquela equipe apática que foi derrotada facilmente na Vila Belmiro, na quarta-feira. Não esperava mesmo o rival daquela maneira. Walace, Edinho, Giuliano e Douglas de repente se viram cercado por meia dúzia de adversários. Galhardo e Marcelo Oliveira também eram bem vigiados. Não havia espaço para o time mais acostumado a roubar espaço. A partida foi eletrizante porque quando roubava a bola, o São Paulo comprava a briga. E buscava em velocidade marcar seus gols. Alexandre Pato estava especialmente motivado. Driblava, tabelava, cobrava os companheiros. Justificava com bom futebol ser o artilheiro do time na temporada, com 22 gols. Como também a vontade de Carlos Miguel Aidar em comprar os 60% de seus direitos que pertencem ao Corinthians.

Pato não fugiu das dividas, das encaradas. E foi decisivo com a bola nos pés. Ele já havia mostrado toda a sua vontade. Havia cobrado falta, driblado, criado chance. Até que aos 34 minutos, falta perigosíssima para o Grêmio. Sim, para o Grêmio. Douglas cobra mal, na barreira. O São Paulo sai no contragolpe fulminante. Ganso, Thiago Mendes, Carlinhos e a bola chega no pé de Pato. Ele dribla como que Erazo e Marcelo Oliveira. E fulmina Bruno Grassi. Golaço. São Paulo 1 a 0 aos 34 minutos do primeiro tempo. O gol mexeu com o espírito gremista. Não esperava um adversário tão bem montado e aguerrido. E sim o frouxo de cabeça baixa da Vila Belmiro. A resposta não veio no minuto seguinte graças a Renan Ribeiro. Fernandinho estava livre, cara a cara com ele, em rara bobeada da zaga são paulina. O gremista tentou cortá-lo e empurrar a bola para as redes. Mas o goleiro percebeu a manobra e salvou o empate. Mas logo o São Paulo se recompôs. E segurou a vitória parcial. No segundo tempo, mais emoção. O Grêmio com uma postura mais competitiva. Seu time estava adiantado, corajoso, lutando pelo empate. E o São Paulo firme, agora com duas linhas de quatro jogadores. E contragolpes treinados e velozes pelas pontas, organizados nas costas dos volantes do time gaúcho. Sandro Meira Ricci teve participação negativa no jogo. Aos 11 minutos da segunda etapa. Não como os gremistas alegam. Não foi pênalti de Matheus Reis em Fernandinho. Foi falta fora da área e que mereceria o segundo amarelo, a expulsão. Só que o árbitro que Sérgio Correa mais ama ver apitar, nada marcou. O lance foi importantíssimo porque os gremistas ficariam com um jogador a mais. Lastimável. Roger mostrou que coragem não lhe falta. E deixou o Grêmio com quatro atacantes, lutando ao menos pelo empate. O São Paulo seguiu firme. E Osório mostrou sua inteligência. Tirou Carlinhos, que jogou bem, e colocou aberto o velocista e driblador Rogério. Aquele que abandonou o apelido de Neymar do Nordeste. Rodrigo Caio, o melhor da defesa do São Paulo, cortou de cabeça na sua grande área. A bola caiu nos pés de Rogério na intermediária paulista. Ele correu com a bola dominada pela esquerda. Pato na direita. Mas ele teve personalidade e sorte. Cortou Edinho com um drible sensacional na corrida, travou o chutão que Galhardo tentou dar e rolou na saída do goleiro Bruno Grassi, São Paulo 2 a 0, aos 45 minutos do segundo tempo. Vitória decidida. Mas ainda haveria alguns minutos de emoção. Renan Ribeiro repôs mal, seu chute foi fraco. A bola sobrou nos pés de Pedro Rocha correndo pela direita. Ele cruzou, Bobô furou. Mas Everton, não. A batida acabou sendo forte no canto direito de Rena Ribeiro. São Paulo 2, Grêmio 1, aos 47 minutos. Não houve tempo para mais nada. A não ser o São Paulo comemorar uma vitória importantíssima. Para o Brasileiro e para a autoestima. E para Pato reivindicar seu lugar na Seleção. "Não vejo ninguém melhor do que eu", vale a pena repetir...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 13 Sep 2015 18:12:30

Nenhum comentário:

Postar um comentário